Quimioterapia de consolidação após quimiorradioterapia concomitante para CPNPC estádio III
Estudo do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) e do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) mostrou que a quimioterapia de consolidação não melhorou a sobrevida global em pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) estadio III submetidos à quimiorradioterapia concomitante. O oncologista Vladmir C. de Lima (foto), do A.C.Camargo Cancer Center, comentou os resultados para o Onconews.
O Lancet Oncology publicou orientações de consenso do grupo de trabalho RECIST com informações sobre resposta objetiva e progressão da doença em estudos clínicos que utilizam imunoterapia no tratamento do câncer. Os critérios passam a compor o iRECIST, com recomendações de conduta, interpretação e análise para ensaios com imunoterapias.
A edição de março da Nature traz artigo de Katarzyna Pisanski e colegas1, que não economizam adjetivos para acusar publicações "predatórias" de alimentar esquemas de marketing questionáveis e processos de revisão por pares pouco comprometidos com rigor científico ou transparência. “Milhares de periódicos acadêmicos não aspiram à qualidade. Eles existem principalmente para extrair taxas dos autores”, denunciam.
Em 2011, a agência norte-americana FDA identificou uma possível associação entre implantes mamários e o desenvolvimento de linfoma anaplásico de grandes células (LAGC), um tipo raro de linfoma não-Hodgkin. Agora, novo alerta do FDA enfatiza a necessidade de coletar dados adicionais sobre a associação de LAGC em mulheres com implantes mamários. O mastologista Gustavo Zucca-Matthes, coordenador do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos, comenta para o Onconews.
Estudo de Fase II apresentado na sessão plenária do 2017 Multidisciplinary Thoracic Cancers Symposium, em San Francisco, Califórnia, mostrou que 30 Gy em fração única foi equivalente ao esquema de tratamento padrão de 60 Gy em três frações no tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) que recebem radioterapia estereotáxica (SBRT).
Em artigo1 publicado em fevereiro no Lancet Oncology, especialistas brasileiros analisam o trabalho de Robert Glynne-Jones e colegas que fornece evidência definitiva que a regressão do tumor no câncer anal é um evento tempo-dependente. A cirurgiã Angelita Habr-Gama (foto), primeira autora do editorial, comenta com exclusividade para o Onconews.
O estudo de Fase III ENGOT-OV16 / NOVA que avalia o inibidor de PARP niraparib em câncer de ovário recorrente apresentou novos dados no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Ginecológica (SGO).
Avanços terapêuticos têm contribuído para melhorar significativamente os resultados clínicos para pacientes com mieloma múltiplo, mas o aumento da expectativa de vida também desperta preocupação com o risco de segundas malignidades a longo prazo. Um painel de especialistas revisou os dados disponíveis e publicou recomendações importantes para a prática clínica. Quem comenta o Consenso é o hematologista Ângelo Maiolino (foto), do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), uma das maiores autoridades brasileiras em mieloma múltiplo.
A gravidez aumenta o risco de morte em mulheres com câncer de mama? Estudo canadense que avaliou uma coorte de 7553 mulheres com câncer de mama mostrou que a sobrevida global em 5 anos foi de 87,5% para aquelas sem gravidez, 82,1% para mulheres com câncer de mama associado à gravidez e de 96,7% para mulheres que tiveram gravidez 6 meses ou mais após o diagnóstico de câncer de mama. A diferença na não foi estatisticamente significativa.
Estudo norte-americano que avaliou mais de 10 mil mulheres com câncer do colo do útero inicial (estadio IA a 2 A) concluiu que a menor sobrevida câncer específica foi significativamente associada com a não adesão às diretrizes do NCCN. O estudo foi um dos destaques da 48ª reunião anual da Sociedade Americana de Ginecologia Oncológica (SGO), de 12 a 15 de março nos Estados Unidos.
Estudo publicado na revista Clinical Cancer Research, da American Association for Cancer Research, buscou avaliar as características e barreiras para a seleção de pacientes para ensaios clínicos de câncer, a fim de identificar maneiras de melhorar o recrutamento dos estudos.
O Cancer Care Ontario e a ASCO atualizaram as recomendações para o uso de bisfosfonatos como terapia adjuvante para pacientes na pós-menopausa com câncer de mama não metastático. Nesta orientação, pós-menopausa inclui pacientes com menopausa natural ou induzida por supressão ou ablação ovariana. A oncologista Ana Lucia Coradazzi (foto), médica do Centro Avançado de Terapias de Suporte e Medicina Integrativa (CATSMI) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comenta para o Onconews.
Os cirurgiões oncológicos Glauco Baiocchi Neto e Audrey Tsunoda, membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), comentam o estudo FIRES, que defende o mapeamento do linfonodo sentinela como alternativa de estadiamento para o câncer de endométrio. Publicado na edição de fevereiro do Lancet Oncology, o trabalho mostra que a técnica é comparável com o padrão-ouro de linfadenectomia na detecção da doença metastática.
Novos dados fortalecem evidências do valor do rastreamento do câncer de ovário em mulheres de alto risco. É o que mostra estudo publicado no JCO que avaliou mais de 4 mil mulheres no Reino Unido para estabelecer o desempenho da triagem com o antígeno CA-125 com base no algoritmo de risco (ROCA - Risk of Ovarian Cancer Algorithm).
A inibição combinada de PD-1 e CTLA-4 no carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço (SCCHN) pode ajudar a aumentar a resposta à imunoterapia. Os resultados de análises exploratórias1 de células imunes circulantes obtidas de participantes do estudo CheckMate 141 foram apresentados durante o 2017 ASCO-SITC Clinical Immuno-Oncology Symposium.
Um grande estudo de base populacional sugere que a utilidade dos biomarcadores conhecidos como linfócitos infiltrantes de tumores (TILs) para prever a sobrevida do câncer colorretal depende de local de origem do tumor. Os resultados do estudo demonstraram que o impacto prognóstico de certos subconjuntos de células T no câncer colorretal é mais evidente nos tumores do lado direito. O estudo será apresentado no próximo 2017 ASCO-SITC Clinical Immuno-Oncology Symposium.