Anvisa aprova ribociclibe para tratamento do câncer de mama metastático
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do inibidor de CDK4/6 succinato de ribociclibe (Kisqali®, Novartis), em combinação com um inibidor de aromatase, como tratamento em primeira linha de pacientes na pós-menopausa com câncer de mama RH+/HER2- em estágio avançado ou metastático. Baseada nos resultados do estudo de fase III MONALEESA-21, a aprovação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 30 de julho.
A Comissão Europeia (CE) aprovou o Trazimera™1 (Pfizer), biossimilar do trastuzumabe (Herceptin, Roche) indicado para o tratamento do câncer de mama, câncer gástrico metastático ou adenocarcinoma de junção gastroesofágica com superexpressão HER2.2 A aprovação segue a recomendação do Comitê dos Medicamentos para Uso Humano, de maio de 2018.1 “A entrada dos biossimilares no mercado da oncologia é uma realidade, especialmente na Europa, que se mostrou pioneira no desenvolvimento de um robusto corpo regulatório para que esse processo seja feito com segurança. A experiência até o momento é positiva, com redução de custos e aumento de acesso sem comprometimento da eficácia e segurança”, avalia o Márcio Debiasi* (foto), oncologista clínico do Breast International Group (BIG).
Estudo publicado no JAMA Oncology com participação do brasileiro Antonio Wolff mostrou que a detecção de células tumorais circulantes (CTC) em pacientes com câncer de mama localizado após 5 anos do diagnóstico foi associada a um maior risco de recorrência entre pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo (RH+). “Este achado representa uma prova de conceito de que biomarcadores líquidos podem ser utilizados para estratificar o risco de recidiva tardia em pacientes com câncer de mama RH+”, afirma o oncologista Rodrigo Guindalini (foto), médico da clínica CLION, em Salvador.
A taxa global de mortalidade por câncer de pulmão padronizada por idade entre as mulheres deve aumentar em 43% entre 2015 e 2030. A análise de dados de 52 países foi liderada por José M. Martínez-Sánchez, professor associado e diretor do Departamento de Saúde Pública, Epidemiologia e Bioestatística da Universitat Internacional de Catalunya, em Barcelona, e publicada na Cancer Research, periódico da American Association for Cancer Research. “No Brasil, as políticas anti-tabaco têm sido mais eficientes para o sexo masculino em comparação com as mulheres. É preciso insistir em alertar e disseminar informações efetivas sobre o risco do tabagismo e o câncer na mulher”, afirma a epidemiologista Maria Paula Curado (foto), do AC Camargo Cancer Center.
O inibidor de EGFR osimertinibe demonstrou eficácia superior ao esquema platina-pemetrexede em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC), com mutação T790M e metástases cerebrais. Os dados são do estudo AURA3 e foram publicados 30 de julho em artigo de Wu et al no Journal of Clinical Oncology.
Embora o tabagismo seja o mais importante fator de risco para câncer do trato respiratório, a exposição a carcinógenos ambientais não pode mais ser desprezada. O alerta é de estudo de A.G. Ribeiro et al., publicado na Cancer Epidemiology. “Nosso estudo mostrou que áreas com alta densidade de tráfego coincidiram com áreas que apresentaram maior risco relativo para a incidência de câncer de vias aéreas em indivíduos com mais de 20 anos de idade residindo na cidade de São Paulo”, concluem os autores.
Pesquisadores da Johns Hopkins relataram que, em modelos animais, as células do mioepitélio funcionam como uma barreira para evitar que células cancerígenas se espalhem pelo corpo. Os resultados revelam que essa camada de células não é uma barreira estacionária, mas uma defesa ativa contra metástases do câncer de mama. Os resultados foram publicados 30 de julho no Journal of Cell Biology.
Análises que utilizam sequenciamento de próxima geração mapearam 19 microRNAs que podem classificar em benignas ou malignas as amostras indeterminadas de nódulos tireoideanos. Os resultados são de estudo publicado na Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention. “A amostra do estudo, embora ainda um pouco pequena, evidenciou alta sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo para este método”, avalia Giulianno Molina (foto), professor assistente no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou a indicação de uso da enzalutamida (xtandi®, Astellas), agora para o tratamento de pacientes com câncer de próstata resistente à castração não-metastático. Publicada no Diário Oficial da União (DOU) dia 30 de julho, a aprovação foi baseada nos resultados do estudo de fase III PROSPER, apresentados em fevereiro na ASCO GU e publicados no New England Journal of Medicine em junho. “A ampliação da indicação da enzalutamida vem suprir uma lacuna na história natural do câncer de próstata, onde a melhor terapia para o fenótipo de pacientes com carcinoma de próstata resistente a castração não metastático precisava ser preenchida”, avalia o oncologista Igor Morbeck (foto), médico do Hospital Sírio-Libanês e professor da PUC, em Brasília.
Uma grande análise prospectiva de coorte populacional publicada na revista Cancer Research, da American Association for Cancer Research
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu sua revisão do medicamento radium 223 (Xofigo®, Bayer) e recomendou restringir seu uso a pacientes que receberam dois tratamentos anteriores para câncer de próstata metastático (metástase óssea) ou que não podem receber outros tratamentos. O documento também recomenda que o radiofármaco não seja utilizado em conjunto com abiraterona (Zytiga) e com os corticosteroides prednisona ou prednisolona.
Um novo “índice de fragilidade” prevê a sobrevida global de pacientes recém-diagnosticados com mieloma múltiplo. Segundo os autores, essa ferramenta é a primeira do gênero a avaliar a fragilidade com base no acúmulo de doenças e incapacidades associadas ao envelhecimento (ou idade biológica), e não apenas na idade cronológica para prever a sobrevida global no mieloma múltiplo. Os dados foram publicados dia 25 de julho no JCO Clinical Cancer Informatics (JCO CCI).
A lenalidomida (Revlimid®, Celgene) já está disponível para comercialização no Brasil. O medicamento foi aprovado pela Anvisa em dezembro de 2017 para uso em combinação com a dexametasona no tratamento de pacientes adultos com mieloma múltiplo (MM) refratário/recidivado que já tenham recebido pelo menos uma terapia anteriormente. "Nos Estados Unidos, o medicamento já é usado há mais de 10 anos, com resultados positivos que proporcionam não só mais tempo de sobrevida aos pacientes com mieloma, como qualidade de vida", explica a hematologista e pesquisadora Vânia Hungria (foto), membro da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Publicada no Journal of Clinical Oncology (JCO), uma análise combinada dos estudos de fase III MILES-3 e MILES-4 demonstrou que a adição de cisplatina à quimioterapia de agente único no tratamento em primeira linha de pacientes idosos com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) avançado não prolonga significativamente a sobrevida global e nem melhora a qualidade de vida. “O grande mérito deste estudo foi demonstrar que a quimioterapia é uma opção para pacientes idosos, e principalmente que esta população pode e deve ser incluída em estudos clínicos”, afirma a oncologista Clarissa Baldotto (foto), Diretora Médica do Americas Centro de Oncologia Integrado, no Rio de Janeiro.
Resultados do maior estudo já realizado para avaliar duas técnicas de radioterapia na oncologia torácica mostram que a radioterapia estereotática corpórea (SBRT) pode levar a melhores resultados de sobrevida em comparação com a radioterapia convencional fracionada (CFRT) em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio inicial. O radio-oncologista Robson Ferrigno (foto), médico responsável pelos Serviços de Radioterapia dos Hospitais BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo - e BP Mirante, analisa os achados.
Estudo que avaliou registros de mais de 10 mil pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático discutiu causas de morte e sobrevida nessa população. Os dados foram publicados no Jama Oncology.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro genérico de everolimo, medicamento que chega ao país produzida pela indiana Natco Pharma, comercializado pela Natcofarma do Brasil.