Anvisa aprova niraparibe no tratamento do câncer de ovário
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de niraparibe (Zejula™, GSK) como tratamento de manutenção no câncer de ovário, com indicação para pacientes recém-diagnosticadas e naquelas com recorrência da doença após resposta completa ou parcial à quimioterapia baseada em platina.
O cirurgião de cabeça e pescoço Leandro Matos (foto), do ICESP, é primeiro autor de estudo multicêntrico que propõe uma ferramenta online capaz de prever o risco de morte de pacientes com câncer de cabeça e pescoço devido à pandemia da COVID-19. A calculadora de impacto do câncer COVID-19 (COCIC) também pode contribuir para desenvolver estratégias de mitigação após o pico da pandemia, com base em um modelo matemático. “O impacto da pandemia de COVID-19 em pacientes com câncer é inevitável, mas é possível minimizá-lo com um esforço medido pelo modelo proposto”, destacam os autores do trabalho publicado na Cancer Causes & Control.
Estudo brasileiro publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) avaliou os efeitos da imunoterapia com o OncoTherad associada ao Plasma Rico em Plaquetas na regulação do sistema RANK/RANKL e células T regulatórias no microambiente tumoral do câncer de bexiga não-músculo invasivo induzido quimicamente em camundongos. A bióloga Bianca Ribeiro de Souza Sasaki (foto), do Laboratório de Carcinogênese Urogenital e Imunoterapia da UNICAMP, é a primeira autora do trabalho, selecionado para a seção de pôster do ASCO GU 2021. Wagner Fávaro, anatomista e pesquisador em oncologia e nanomedicina, é o autor sênior do trabalho.
O oncologista Bruno de Paula (foto), clinical fellow na Universidade de Cambridge, é coautor de editorial publicado na British Journal of Cancer1 que discute estudo de nabiximois em spray oromucoso em combinação com temozolomida de dose intensa em pacientes com glioblastoma multiforme recorrente. “Este é o primeiro estudo a avaliar a segurança de nabiximois em combinação com temozolomida de dose intensa, realizado em uma população de pacientes desafiadora”, destaca a publicação.
Revisão multicêntrica retrospectiva conduzida em 12 instituições de seis países latino-americanos buscou descrever os resultados oncológicos e obstétricos em pacientes com diagnóstico de câncer do colo do útero durante a gravidez que tiveram um parto bem-sucedido após quimioterapia neoadjuvante. O oncologista Cristiano de Souza Pádua (foto), do Hospital de Câncer de Barretos, é coautor do trabalho publicado no International Journal of Gynecological Cancer.
Artigo de Riera et al. publicado no JCO Global Oncology discute atrasos e interrupções no tratamento do câncer provocados pela carga da COVID-19, além de propor caminhos para harmonizar as métricas sobre o impacto da pandemia. As interrupções afetaram amplamente as instalações (até 77,5%), a cadeia de suprimentos (até 79%) e a disponibilidade de pessoal (até 60%), reportam os autores.
Rachel Riera (foto) e colegas já publicaram dados sobre o impacto da COVID-19 em atrasos e interrupções no tratamento oncológico. Agora, reportam no JCO Global Oncology resultados de revisão que reforça a necessidade de métodos padronizados para monitorar as estratégias propostas para mitigar os efeitos da pandemia no tratamento do câncer. “Os resultados enfatizam a raridade de medir e relatar estratégias que abordem especificamente os resultados dos pacientes e, portanto, a escassez de evidências de alta qualidade”, destacam os autores.
O Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) desenvolveu um consenso brasileiro para o manejo dos carcinomas do esôfago e da junção esofagogástrica (JEG), com recomendações em diferentes cenários e ambientes clínicos. O trabalho foi publicado no periódico e-cancer, em artigo1 que tem o oncologista Duilio Rocha Filho como primeiro autor.
A US Preventive Services Task Force (USPSTF) atualizou suas recomendações para o rastreamento do câncer de pulmão com tomografia computadorizada de baixa dose (LDCT, da sigla em inglês). As recomendações atualizadas expandem as indicações, incluindo adultos entre 50 e 80 anos, tabagistas ou que pararam de fumar nos últimos 15 anos, com um histórico de tabagismo de 20 maços/ano. O cirurgião oncológico Riad Younes (foto), diretor do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, comenta as diretrizes publicadas no JAMA Network Open.
Daniel Tiezzi (foto), professor associado da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, é autor sênior de estudo que explora a incidência, as características de apresentação e os desfechos do câncer de mama em mulheres jovens no Brasil. Os resultados foram publicados no JCO Global Oncology.
A análise da primeira coorte brasileira de pacientes com câncer e COVID-19 foi reportada na Plos One, com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), e mostra que as taxas de complicações e morte-específica por COVID-19 foram significativamente altas, chegando no período avaliado a 37,7% em pacientes com tumores sólidos e 23,5% em pacientes com doenças oncohematológicas. O estudo tem como autor sênior o pesquisador João P. B. Viola (foto), chefe da divisão de pesquisa experimental e translacional do INCA, e como primeira autora a oncologista Andreia C. Melo, chefe da Divisão de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento Tecnológico.
O cirurgião oncológico Glauco Baiocchi (foto), diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center, é primeiro autor de estudo que buscou avaliar os resultados de curto prazo de pacientes submetidas à transposição uterina após traquelectomia para câncer cervical ou antes da quimiorradiação para câncer vaginal. Os resultados foram publicados no International Journal of Gynecological Cancer.
Estudo publicado na Nature Communications identificou o receptor 1 de quimiocina CX3C (CX3CR1), um marcador de diferenciação de células T, como um novo biomarcador preditivo de resposta aos inibidores do checkpoint imune (ICI) logo após o início do tratamento em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP). “O estudo propõe um método minimamente invasivo (coleta de sangue periférico) para auxiliar na avaliação de eficácia ao longo do tratamento, que ainda precisa ser validado em coortes maiores e independentes”, observa o oncologista Gustavo Schvartsman (foto), do Hospital Israelita Albert Einstein.
Diferentes populações virais do SARS-CoV-2 podem estar presentes no mesmo sujeito e variar em frequências dinâmicas no curso da infecção. É o que conclui estudo de pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que ajuda a entender aspectos relevantes da reinfecção por SARS-CoV-2. “A detecção dessas variantes em eventos distintos de doença de um mesmo indivíduo destaca uma interação complexa entre a reativação viral de uma variante minoritária pré-existente e a reinfecção por um vírus diferente”, reportam os autores, em artigo na Infection, Genetics and Evolution.
Há amplo consenso para a adição da radioterapia da próstata ao tratamento padrão (SOC) como primeira linha em homens com diagnóstico recente de câncer de próstata de novo, mas não há consenso sobre a associação da carga metastática óssea nos resultados terapêuticos e desfechos clínicos. É o que sustenta artigo de Ali et al. no Jama Oncology, indicando que a carga metastática é preditiva de sobrevida, com ganho de 22% em 3 anos na população M1a. Quem comenta é Robson Ferrigno, médico especialista em radioterapia.