Existe benefício do tratamento cirúrgico no câncer de mama estádio IV?
Estudo publicado no Annals of Surgical Oncology demonstrou que adicionar a cirurgia à terapia sistêmica traz benefício de sobrevida para pacientes com câncer de mama estádio IV em pacientes RE-positivo e HER-2-positivo. Os resultados são tema da análise do mastologista Silvio Bromberg, médico do Hospital Israelita Albert Einstein e da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Paulo. Ouça no PODCAST ONCONEWS.
A eficácia e segurança de acalabrutinibe em pacientes com linfoma de células do manto (MCL) recidivado/refratário (R/R) foi demonstrada em um estudo de Fase II de braço único (ACE-LY-004; NCT02213926) após um acompanhamento médio de 26 meses (Wang M, et al. Leukemia. 2019; 33: 2762-6). Agora, resultados após um ano adicional de acompanhamento apresentados no ASH 2020 suportam o uso a longo prazo de acalabrutinibe nesses pacientes.
Pacientes com COVID-19 que receberam tratamentos imunossupressores contra o câncer podem permanecer contagiosos e capazes de disseminar o coronavírus por dois meses ou mais. “As recomendações atuais de saúde pública para pacientes com COVID-19 com sistema imunológico debilitado são baseadas em dados limitados e pode ser necessário revisá-las”, afirmaram os pesquisadores em uma carta publicada no New England Journal of Medicine.
Limiares para definir um biomarcador positivo em um ensaio clínico não são padronizados, assim como não há padronização sobre o que constitui um biomarcador positivo. A crítica foi tema de artigo de Salgado et al. no Lancet Oncology (How current assay approval policies are leading to unintended imprecision medicine) e coloca em perspectiva a reprodutibilidade e sensibilidade de testes diagnósticos e sua complexa relação com riscos, custos e benefícios impostos a sistemas de saúde públicos e privados. A geneticista molecular Gabriela Felix (foto) sintetiza a seguir alguns dos entraves que ainda dificultam a validação e padronização de testes diagnósticos com qualidade.
Artigo publicado no Lancet Oncology destaca a importância da enfermagem oncológica para reduzir a morbidade por doenças não transmissíveis em um terço até 2030 e proporcionar a cobertura universal de saúde, metas que fazem parte da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O trabalho conta com a participação da brasileira Tamara Otsuru Teixeira (foto), enfermeira oncologista responsável pela Melhoria Contínua e Navegação de Pacientes do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Estudo norueguês (OSLO-COMET) randomizado que avaliou os resultados oncológicos de longo prazo após a ressecção hepática laparoscópica versus aberta em pacientes com metástases colorretais concluiu que nenhuma diferença nos resultados de sobrevida foi encontrada entre os grupos de tratamento até 30 dias do pós-operatório, mas ressalta que a diferença de sobrevida global em 5 anos não pode ser desprezada. Os resultados foram publicados por Aghayan et al. no Annals of Internal Medicine.
Artigo de Kessous et al. no Internal Journal of Cancer (ahead of print) avaliou o efeito da resposta de cada linha de tratamento no resultado do paciente com câncer de ovário de alto grau.
Estudo publicado no Annals of Surgical Oncology buscou avaliar o impacto da cirurgia citorredutora secundária no câncer de ovário recorrente de acordo com o status BRCA1/2. O oncologista Alexandre André da Costa, médico do A.C.Camargo Cancer Center, é primeiro autor do trabalho.
Estudo publicado na Breast Cancer Research Treatment buscou avaliar se o teste genômico de 21 genes é preditivo de resposta à quimioterapia neoadjuvante em pacientes jovens com câncer de mama receptor de estrogênio positivo, HER2-negativo. O trabalho é tema de análise do mastologista Silvio Bromberg, médico do Hospital Israelita Albert Einstein e da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ouça, em mais um PODCAST ONCONEWS.
Resultados de estudo publicado no Journal of the National Comprehensive Cancer Network sugerem que olaparibe de manutenção é potencialmente custo-efetivo em comparação com placebo para pacientes com câncer de pâncreas metastático com mutação BRCA da linhagem germinativa.
Ricardo Pastorello (foto), atualmente patologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, é primeiro autor de estudo que avalia o padrão de doença residual em pacientes com câncer de mama tratadas com quimioterapia neoadjuvante que não apresentam resposta patológica completa. “As características clínico-patológicas pré-tratamento que predizem o padrão do tumor residual não estão bem estabelecidas”, observam os autores. Os resultados foram publicados na Modern Pathology, periódico do Grupo Nature.
Estudo publicado no periódico PLOS One buscou determinar a proporção de casos de câncer de mama com resultados equívocos para HER2 por FISH que são reclassificados como HER2-negativo e o impacto da terapia anti-HER2 na sobrevida nesses casos HER2-equívocos. O oncologista James Crespo (foto), médico do Americas Centro de Oncologia Integrado, é o primeiro autor do trabalho.
Artigo de Smith et al. no Lancet Oncology reportou os resultados de longo prazo de estudo randomizado de Fase III (POETIC) que avaliou mulheres com câncer de mama positivo para receptor de estrogênio, comparando o valor preditivo do KI67 tumoral no início do tratamento com inibidor de aromatase (KI67 basal) com o resultado do KI67 após 2 semanas de tratamento endócrino pré-operatório (Ki672W). A oncologista Daniella Ramone (foto), médica do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte (MG), comenta os resultados.
Parcela de pacientes com câncer com doença avançada tem excelente resposta ao tratamento e sobrevida significativamente maior. Wheeler et al. avaliaram o perfil genômico de 111 pacientes com resposta terapêutica excepcional, com o objetivo de explicar esse fenótipo e explorar potenciais relações moleculares capazes de favorecer o sucesso terapêutico. Os resultados foram publicados na Cancer Cell e mostram que características moleculares raras foram identificadas em cerca de 23% dos casos de super-respondedores. Quem analisa o trabalho é o oncogeneticista José Claudio Casali da Rocha (foto), médico do AC Camargo Cancer Center.
Estudo do Dana-Farber Cancer Institute (Boston) recentemente publicado na Clinical Cancer Research por Iorgulescu e cols mostrou que pacientes com glioblastoma em uso de dexametasona no início da terapia com anti-PD-1 apresentaram sobrevida significativamente reduzida, com efeito dose-dependente. O oncologista Marcos André Costa (foto), do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, discute os resultados.
A atividade física de intensidade vigorosa está associada à redução do risco de mortalidade em comparação com a atividade física de intensidade moderada? Estudo de coorte com 403681 adultos norte-americanos avaliou a associação da proporção de atividade física vigorosa com a mortalidade por todas as causas, por doenças cardiovasculares e por câncer. Os resultados foram publicados no JAMA Internal Medicine, em artigo com participação de Leandro Fórnias Machado de Rezende (foto), professor-adjunto do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP).
Estudo liderado pelo oncologista Guilherme Nader Marta (foto), médico do Instituto do Câncer do estado de São Paulo (ICESP), buscou descrever as tendências de mortalidade por melanoma no sudeste do Brasil e sua relação com variáveis demográficas. Os resultados foram publicados no JCO Global Oncology.