Osimertinibe adjuvante no câncer de pulmão de células não pequenas EGFR-mutado ressecado
Resultados atualizados do estudo de Fase III ADAURA publicados no New England Journal of Medicine (NEJM) demonstraram que a sobrevida livre de doença em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas estádios IB-IIIA com mutação no gene que codifica o EGFR (receptor do fator de crescimento epidérmico) foi significativamente maior com osimertinibe como tratamento adjuvante em comparação com placebo. Gilberto de Castro Jr. (foto), oncologista do ICESP e do Hospital Sírio Libanês, comenta os achados.
Revisão sistemática e meta-análise publicada no British Medicial Journal buscou quantificar a associação entre o atraso no início do tratamento do câncer e mortalidade. Os resultados demonstram que adiar o ínicio do tratamento em quatro semanas está associado ao aumento da mortalidade considerando indicações cirúrgicas, de tratamento sistêmico e radioterapia para sete diferentes tumores”, destacam os autores.
O teste genético universal detectou mais variantes clinicamente acionáveis em comparação com uma abordagem baseada em diretrizes, com uma associação significativa com o manejo clínico. Os resultados são de estudo publicado no JAMA Oncology, em artigo com a participação do oncologista Pedro Uson Junior (foto), pesquisador fellow na Mayo Clinic.
Estudo realizado por pesquisadores do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor) analisou a presença de três medicamentos anticâncer e dois metabólitos em efluentes da instituição e na estação de tratamento de águas residuais municipais afluente e efluente, e avaliou a toxicidade das misturas desses compostos por meio de testes ecotoxicológicos em peixes-zebra. O pesquisador Henrique Silveira (foto) é o autor sênior do trabalho, elaborado como tese de doutorado da aluna Mariana de Oliveira Klein. Os resultados foram publicados no periódico Environmental Pollution.
A U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou o teste de biopsia líquida FoundationOne®Liquid CDx para identificar pacientes com alterações BRCA1, BRCA2 e/ou ATM no câncer de próstata metastático resistente à castração que podem ser apropriados para o tratamento com olaparibe. O anúncio foi feito no dia 09 de novembro pela Foundation Medicine.
O oncologista Allan Pereira (foto), médico do Hospital Sírio Libanês e chefe da oncologia do Hospital de Base, em Brasília, é primeiro autor de estudo retrospectivo que avaliou dados moleculares e patológicos de pacientes brasileiros com câncer colorretal metastático, estratificando os achados em diferentes faixas etárias a partir da idade recomendada para o rastreamento da doença. Os resultados foram publicados no periódico Clinical Colorectal Cancer.
Cada vez mais pacientes com câncer de mama unilateral em estágio inicial estão optando pela mastectomia bilateral, seja pela ansiedade, medo de recorrência, desejo estético ou indução do médico assistente. No entanto, os dados sobre a prática encontrados na literatura são conflitantes. O mastologista Silvio Bromberg, médico do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, analisa os resultados de dois estudos recém-publicados que discutem o tema. Ouça, em mais um PODCAST ONCONEWS.
A União Europeia aprovou o uso de olaparibe (Lynparza®, Astrazeneca) para o tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm) BRCA-mutado que progrediram após terapia anterior que incluía um novo agente hormonal. O inibidor de PARP também foi aprovado em combinação com bevacizumabe para o tratamento de manutenção no câncer epitelial avançado de ovário com deficiência de recombinação homóloga (DRH).
Várias publicações demonstraram que o microbioma humano desempenha papel crítico no desenvolvimento e progressão do câncer, além de influenciar a resposta ao tratamento. Agora, resultados reportados na Nature Communication mostram como a microbiota gastrointestinal (GI) afeta pacientes com câncer de próstata tratados com acetato de abiraterona. Dan Waitzberg (foto), professor associado do departamento de Gastroenterologia da FMUSP e Diretor científico da Bioma4me, analisa os resultados.
Vinícius Vazquez (foto), médico do Departamento de Melanoma e Sarcoma do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor), é autor sênior de estudo que buscou padronizar uma plataforma de biópsia líquida para identificar mutações de hotspot em BRAF, NRAS e TERT em amostras de plasma de pacientes com melanoma avançado e investigar sua associação à evolução clínica. Os resultados foram publicados na Scientific Reports, do grupo Nature.
Pesquisadores do Hospital de Câncer de Barretos realizaram um estudo de coorte retrospectivo para relatar a prática institucional da mastectomia combinada com o uso de retalho miocutâneo oblíquo externo modificado (M-EOMF) em pacientes com câncer de mama localmente avançado. O mastologista René A.C. Vieira (foto) é o primeiro autor do trabalho publicado no Annals of Surgical Oncology.
Artigo no JAMA Surgery dá relevo a uma questão antiga: por que muitos pacientes com metástases hepáticas do câncer colorretal ainda não são referidos para avaliação para metastasectomia? O que explica a lacuna entre as melhores evidências disponíveis e a prática clínica de rotina? Mais ainda: o que podemos fazer para mudar esse cenário? Quem discute o tema são os médicos Duilio Rocha Filho (na foto, à esquerda), do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE), e Felipe Coimbra, do A.C.Camargo Cancer Center.
A ASCO atualizou as recomendações da adaptação do guideline do Cancer Care Ontario sobre a seleção dos regimes de quimioterapia e terapia-alvo adjuvantes para o câncer de mama inicial. Entre as atualizações estão o tratamento adjuvante com trastuzumabe emtansine (T-DM1), com base nos resultados do estudo de Fase III KATHERINE, bem como a recomendação de uso de biossimilares. O trabalho contou com a participação do professor Antonio Wolff (foto), médico do Serviço de Mama da Universidade Johns Hopkins.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu revisão prioritária ao anticorpo droga-conjugado trastuzumab deruxtecan (Enhertu®) para o tratamento de pacientes com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (GEJ) metastático HER2-positivo. O comunicado foi feito 28 de outubro pela AstraZeneca, parceira da Daiichi Sankyo nesse desenvolvimento.
Um fitoquímico do brócolis, o sulforafano (SF) tem recebido atenção considerável por suas propriedades anticâncer. Estudo publicado no British Journal of Cancer mostrou que sulforafano aumentou os efeitos da quimioterapia com cisplatina (CIS) e 5-fluorouracil (5-FU) no carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço. “Adicionar 3,50 µM de SF quase dobrou o efeito de CIS e multiplicou por 10 vezes o efeito de 5-FU, especialmente em doses mais baixas de quimioterapia. Uma concentração de 3,50 µM de SF no corpo humano pode ser alcançada simplesmente comendo brócolis fresco”, descrevem os autores.
Identificar a presença de lipopolissacarídeo intratumoral (LPS) por imuno-histoquímica pode servir como preditor negativo para a eficácia da gencitabina em pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático avançado, como indicam resultados do ensaio de Fase III AIO-PK0104 publicados no British Journal of Cancer.