Irradiação parcial e prevenção da recorrência no câncer de mama
Em pacientes com câncer de mama inicial, estudo com 10 anos de acompanhamento indica que a irradiação parcial da mama pode ser tão eficaz quanto a irradiação total na prevenção da recorrência. “A irradiação acelerada parcial da mama pode produzir excelente controle da doença, em casos selecionados”, disse Icro Meattini (foto), da Universidade de Florença, Itália, que apresentou os resultados no San Antonio Breast Cancer Symposium 2019.
A adição do anti-PD 1 pembrolizumabe à quimioterapia neoadjuvante e à terapia adjuvante aumentou as taxas de resposta patológica completa ( pCR) em pacientes com câncer de mama triplo negativo. Os dados do estudo KEYNOTE-522, um dos destaques do programa científico do San Antonio Breast Cancer Symposium 2019, foram apresentados por Peter Schmid (foto), do Barts Cancer Institute, em Londres.
Os oncologistas Gilberto Amorim e Daniel Gimenes analisam os trabalhos que concentraram as atenções na General Session 1, principal sessão do encontro de San Antonio. Em pauta, estudos que discutiram essencialmente o câncer de mama com expressão de HER2, tanto no cenário metastático quanto na adjuvância. Assista.
Em vídeo, os oncologistas Daniela Rosa e Felipe Ades trazem um overview da General Session 2 do SABCS 2019. Em sessão marcada por estudos pré-clínicos, destaque para os trabalhos que avaliaram o uso de inibidores de CDK4/6 na doença receptor hormonal positivo. Confira.
No ensaio SOPHIA, de Fase III, o anti-HER 2 margetuximabe mostrou benefício em pacientes com câncer de mama metastático HER2+ comparado a trastuzumabe. Agora, dados apresentados pela oncologista Hope Rugo (foto) no San Antonio Breast Cancer Symposium 2019 compõem a primeira análise prospectiva do efeito do genótipo CD16A na eficácia desse anti-HER 2.
Afonso Celso Pinto Nazário (foto), Simone Elias, Gil Facina e Vanessa Monteiro Sanvido, da Universidade Federal de São Paulo, assinam estudo aceito para apresentação em poster no San Antonio Breast Cancer Symposium 2019. “A sobrevida global e a recorrência locorregional em pacientes com linfonodo sentinela axilar metastático tratados apenas com SLND não diferiram daqueles submetidos à ALND, corroborando os dados do ACOSOG Z0011”, concluíram os autores.
Quase 2 mil mulheres atendidas no Hospital Estadual Pérola Byington realizaram a chamada biópsia estereotáxica assistida a vácuo (VASB) para a remoção e análise de lesões de mama suspeitas de câncer. O mastologista Luiz Henrique Gebrim (foto) é autor senior do estudo, selecionado para apresentação em poster no San Antonio Breast Cancer Symposium 2019.
Estudo da Universidade Federal de Goiás selecionado para o San Antonio Breast Cancer Symposium 2019 analisou tendências na incidência de câncer de mama na população goiana, 25 anos depois do acidente radiológico de 1987, o maior já registrado em área urbana. Os resultados mostram aumento anual significativo de 4,8% na incidência de câncer de mama entre 1988 e 2005 (p <0,0001) 1. Os dados foram apresentados pela mastologista Rosemar Rahal (foto), professora da Faculdade de Medicina da UFG e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (Regional Goiás).
O estudo MONALEESA-7 demonstrou que a adição de ribociclibe a um inibidor da aromatase não esteroide ou tamoxifeno + goserrelina prolongou significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP; HR= 0,55; Tripathy D et al., Lancet Oncol. 2018) e a sobrevida global (SG; HR= 0,71; Im SA et al. N Engl J Med. 2019) de mulheres com câncer de mama receptor hormonal positivo (RH+), sem expressão de HER2 (HER2-). Agora, os dados de qualidade de vida foram tema de apresentação em pôster dia 11 de dezembro, no San Antonio Breast Cancer Symposium 2019. O MONALEESA-7 tem a participação do brasileiro Fabio Franke (foto), do Hospital de Caridade de Ijuí.
O ensaio CORALLEEN, randomizado, de Fase II, desenhado para avaliar o benefício clínico de ribociclibe associado a letrozol como tratamento neoadjuvante em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama Luminal B, HER2-negativo mostrou taxas de resposta semelhantes à quimioterapia, com menor toxicidade. Os resultados foram apresentados no SABCS 2019 e reportados simultaneamente no Lancet Oncology. “Acreditamos que vale à pena explorar essa combinação como alternativa à quimioterapia para pacientes com câncer de mama luminal de alto risco”, destacou o pesquisador principal, o oncologista Joaquin Gavilá (foto), do Instituto Valenciano de Oncologia.
A oncologista Débora Gagliato (foto) é uma das autoras de estudo de mundo real que busca avaliar a eficácia e segurança do tratamento adjuvante com trastuzumabe biossimilar (Zedora) em pacientes brasileiros com câncer de mama inicial HER2+. O trabalho foi selecionado para a sessão de estudos em andamento do SABCS 2019.