Inibidores de CDK 4/6 na oncologia mamária
Dennis Slamon (foto), principal investigador do estudo MONALEESA-3, discute os resultados de sobrevida global apresentados na ESMO 2019. “Há um aumento significativo de sobrevida com a combinação de ribociclibe mais fulvestranto, da ordem de 28%. É um resultado com impacto clínico e estatisticamente significativo, que deve mudar a prática clínica”, avalia. Assista em vídeo, com legendas em português.
Leia mais: MONALEESA-3 mostra resultados de sobrevida global
Gustavo Werutsky (foto), chair do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e médico oncologista do Hospital São Lucas PUCRS é autor de estudo em colaboração com o German Breast Group (GBG), Alemanha, apresentado em pôster na ESMO 2019, que define os fatores de risco para recorrência locorregional após quimioterapia adjuvante (NACT) no câncer de mama.
Os resultados do estudo MONALEESA 3 mostram que o tratamento de primeira linha e de segunda linha com o inibidor de CDK4/6 ribociclibe associado a fulvestranto melhora significativamente a sobrevida global de pacientes com câncer de mama avançado HR + HER2-, na pós-menopausa. O estudo foi um dos destaques da Sessão Presidencial de domingo na ESMO 2019, em apresentação de Dennis Slamon, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA.
Niraparibe demonstrou benefício de sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com câncer de ovário após quimioterapia à base de platina, independentemente do status de BRCA. Os dados são de estudo Fase III destacado na ESMO 2019, que avaliou niraparibe em pacientes com câncer de ovário seroso ou endometrioide avançado de alto grau recém diagnosticado, e em pacientes com câncer peritoneal (primário) ou de trompa de Falópio com resposta completa (CR) ou parcial (PR) à quimioterapia baseada em platina. Os resultados foram apresentados por Antonio González Martín (foto), oncologista da Clínica Universidad de Navarra.
Estudo brasileiro apresentado na sessão de pôster da ESMO 2019 investigou a associação entre as citocinas salivares e marcadores de apoptose (TUNEL) e anti-apoptose (BCL-2), bem como se essas proteínas se relacionavam com mucosite oral em pacientes submetidos a transplante de células hematopoiéticas (TCH). O trabalho foi apresentado pela cirurgiã-dentista Luciana Corrêa (foto), Professora Associada da Faculdade de Odontologia da USP e assessora do curso de Pós-Graduação em Odontologia Hospital do Hospital Israelita Albert Einstein.
Estudo apresentado na sessão de pôster pela bióloga Bianca Cabral (foto), mestranda em Ciências da Saúde na PUCPR, buscou avaliar a expressão imunoistoquímica de Parkina, APEX1 e BCL2L1 em amostras parafinadas de pacientes da região sul do Brasil com câncer de mama de diferentes subtipos moleculares, e sua associação com variáveis clínicas.
Em vídeo gravado na ESMO 2019, os oncologistas Diogo Assed Bastos, Igor Morbeck e Fabio Schutz analisam os estudos apresentados na oncologia geniturinária (não próstata), compreendendo avanços no tratamento do câncer renal, de bexiga e em tumores testiculares. Em perspectiva, a chegada de novos anticorpos droga-conjugados e o papel dos TKIs e dos inibidores de checkpoint imune na adjuvância, em pacientes de alto risco. Assista.
Novos dados apresentados na ESMO 2019 mostraram que o regime de manutenção com o inibidor da PARP olaparibe adicionado ao bevacizumabe melhora a sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de ovário com e sem mutação BRCA. Os resultados do estudo PAOLA-1/ENGOT-ov25 foram apresentados pela oncologista Isabelle Ray-Coquard, do Centre Leon Bérard, Université Claude Bernard, em Lyon, e presidente do grupo francês GINECO.
Apontado como um dos grandes destaques da ESMO 2019, o estudo FLAURA apresentou dados de sobrevida global com osimertinibe, um inibidor de tirosina quinase do receptor de fator de crescimento epidérmico (TKI-EGFR) de terceira geração para pacientes com câncer de pulmão não pequenas células com mutação Ex19del / L858R EGFR. “Os resultados da sobrevida são estatisticamente e clinicamente significativos com osimertinibe em primeira linha para pacientes com EGFR mutado”, disse o autor do estudo, Suresh Ramalingam, (foto) do Instituto de Câncer Winship da Universidade Emory, Atlanta, EUA.
Resultados do estudo de fase III CheckMate-227 (NCT02477826) apresentados no Congresso ESMO 2019 demonstraram que a combinação do anti-PD-1 nivolumabe com o anti-CTLA4 ipilimumabe em baixa dose melhorou a sobrevida global em um subgrupo de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células avançado e pode ser uma opção sem quimioterapia para o tratamento de primeira linha desses pacientes. Os resultados foram apresentados pela oncologista Solange Peters (foto), médica no Center Hospitalier Universitaire Vaudois, em Lausanne, Suíça, e primeira autora do estudo.
O perfil de DNA pode revelar novas opções de tratamento para pacientes com carcinoma de primário desconhecido (CUP, da sigla em inglês), situação que afeta um em cada 15 pacientes com câncer metastático. Estudos apresentados no Congresso ESMO 2019 mostraram que identificar o perfil de DNA pode abrir uma janela de oportunidade para esses pacientes.