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A síndrome de Lynch (SL) é uma síndrome autossômica dominante de predisposição hereditária ao câncer causada por variantes patogênicas (VPs) em um dos genes de reparo de incompatibilidade MLH1, MSH2/EPCAM, MSH6 ou PMS2. Indivíduos que têm VP MLH1 têm alto risco de desenvolver câncer colorretal (CCR) e câncer endometrial (CE) ao longo da vida. Há controvérsias sobre se uma idade mais jovem ao diagnóstico (ou antecipação) ocorre na SL associada a MLH1. Estudo relatado na Cancer mostrou tendência à antecipação em famílias com SL associada a MLH1, indicando a necessidade de triagem entre indivíduos mais jovens.

À medida que a prevalência do comprometimento cognitivo relacionado à quimioterapia aumenta, a pesquisa sobre opções de tratamento é crítica. Estudo canadense que avaliou os efeitos de uma intervenção com exercícios aeróbicos iniciada durante a quimioterapia mostra que a estratégia teve impacto positivo na qualidade de vida e na função cognitiva autorrelatada. “ Identificar intervenções validadas para manter/melhorar a função cognitiva e, assim, preservar ou melhorar a qualidade de vida é fundamental para reduzir a carga individual e social do câncer”, destacam os autores, em artigo na Cancer.

Estudo de coorte retrospectivo buscou estimar a mortalidade entre pessoas que vivem com HIV e são diagnosticadas com câncer em comparação com pacientes com câncer sem HIV. Os resultados foram publicados no Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention e indicam que pessoas que vivem com HIV em tratamento podem ter aumento de mortalidade por certos tipos de câncer, embora as disparidades diminuam ao longo do tempo e não persistam além de 5 anos após o diagnóstico.

Análise que considerou dados de cerca de 250 mil mulheres, a partir de 9 registros de base populacional, é o primeiro estudo a apresentar a dinâmica de risco e o prognóstico do segundo câncer primário após radioterapia (RT) em sobreviventes de câncer de mama. “Nossos resultados sugerem que cerca de 6,6% dos segundos cânceres sólidos podem estar relacionados à RT para o primeiro câncer. A RT foi considerada um fator de risco importante para o desenvolvimento de câncer de mama, câncer no sistema respiratório, câncer de pele, leucemia, câncer de tecido mole (incluindo coração) e câncer de olho e órbita em sobreviventes de câncer de mama”, destacam os autores.

A acupuntura é uma abordagem promissora para anorexia induzida por quimioterapia, como apontam Zhang et al. na Nutrition and Cancer. Os resultados identificam os pontos de acupuntura mais relevantes e mostram que a acupuntura não apenas reduziu a incidência de anorexia, como também preservou a massa corporal e aumentou a força física dos pacientes durante a quimioterapia.

Revisão sistemática com meta-análise que envolveu dados de mais de 100 mil pacientes sintetizou as evidências sobre resultados perioperatórios e oncológicos associados à segmentectomia e/ou lobectomia no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio inicial (estágio IA). Os resultados apoiam abordagens cirúrgicas personalizadas com base nas especificidades do paciente, demonstrando que a sobrevida global com a segmentectomia foi comparável à lobectomia no CPCNP em estágio inicial.

Micotoxinas (foto), metabólitos fúngicos prevalentes em muitos alimentos, são reconhecidos por seu papel na carcinogênese, especialmente quando interagem com vírus oncogênicos. Pesquisa que sintetiza evidências atuais sobre o risco de câncer associado à exposição a micotoxinas e infecções por vírus oncogênicos se apresenta como o primeiro estudo de revisão já realizado sobre o tema.

A U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou zolbetuximabe (VyloyTM, Astellas), um anticorpo direcionado à claudina 18.2 (CLDN18.2), com quimioterapia contendo fluoropirimidina e platina, para o tratamento de primeira linha de adultos com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (JEG) localmente avançado, irressecável ou metastático, HER2-negativo cujos tumores são positivos para CLDN18.2, conforme determinado por um teste aprovado pela FDA. A decisão é baseada nos resultados dos estudos SPOTLIGHT e GLOW.

Um modelo de predição pode ser implementado na prática clínica para identificar pacientes com alto risco de reações de hipersensibilidade a paclitaxel, facilitando estratégias de gerenciamento proativo, como monitoramento aprimorado e tratamentos profiláticos precoces. “Esta abordagem melhora a segurança do paciente e otimiza o atendimento”, analisam os autores, em artigo no JCO Global Oncology.

Com o objetivo de melhorar globalmente a qualidade do tratamento do câncer, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) começou a oferecer programas internacionais de qualidade para práticas oncológicas. Artigo de Abdul Rahman Jazieh (foto) e colegas descreve as experiências com duas iniciativas em países de baixa e média renda, com dados inspiradores que podem ter impacto no atendimento a pacientes com câncer em diferentes cenários.

Resultados de uma grande coorte multiétnica com exposição a poluentes atmosféricos de longo prazo e estudos de coorte prospectivos apoiam o papel de partículas finas (PM2.5) como fator de risco para câncer de mama. “Nossos dados destacam que a prevenção do câncer de mama deve incluir não apenas abordagens centradas no comportamento individual, mas também políticas e regulamentações para toda a população para reduzir a exposição ao PM2,5”, descrevem os autores em artigo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).