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Revisão mostra que muitos registros de câncer de base populacional não coletam rotineiramente dados de longo prazo para informar pesquisadores e profissionais de saúde sobre o prognóstico do câncer de mama. “Informações sobre risco e tempo de recorrência metastática permitiriam análises aprofundadas, fornecendo insights sobre o cenário do câncer de mama recorrente e o desenvolvimento de modelos de previsão de risco, além da alocação de recursos para o gerenciamento do câncer de mama”, analisam os autores.

A combinação de sarcopenia pré-operatória e comprometimento imunonutricional teve um impacto clínico negativo nos resultados pós-operatórios de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas, independente de fatores tumorais. “Pacientes com essas duas condições tiveram um prognóstico particularmente ruim”, afirmaram os autores em artigo publicado no Lung Cancer Journal.

O estudo de Fase II NOBROLA mostrou atividade antitumoral da monoterapia com olaparibe em 50% dos pacientes com câncer de mama triplo negativo avançado com deficiência de recombinação homóloga e sem mutações germinativas BRCA1/2, um grupo raro de pacientes com opções de tratamento limitadas e que não foram considerados em estudos clínicos anteriores. Os resultados do estudo foram publicados no The Breast.

Revisão sistemática e análise quantitativa avaliou os resultados oncológicos para pacientes com pequenas massas renais que passaram por vigilância ativa em comparação com intervenções cirúrgicas. Os resultados publicados no European Urology Oncology demonstram sobrevida global semelhante entre as duas abordagens. “No entanto, as evidências ainda são limitadas e mais estudos são necessários para ajudar a identificar os melhores candidatos para vigilância ativa”, observam os autores.

O carcinoma espinocelular vulvar (VSCC), uma rara malignidade ginecológica, tem aumentado em incidência. “A classificação molecular com base no vírus do papiloma humano (HPV) e no status da proteína tumoral 53 (p53) identificou três subtipos clinicamente distintos, mas ainda tratamos todos os casos de VSCC da mesma forma”, destacam Helen Mackay e colegas, em trabalho que revisa a classificação molecular do VSCC, descreve o cenário atual de tratamento e destaca o potencial para terapias-alvo na doença avançada.

Fumar após o diagnóstico de câncer aumenta a mortalidade e o risco de segundo câncer, enquanto a cessação do tabagismo durante ou após um diagnóstico de câncer melhora a sobrevida, como demonstram dados do MD Anderson Cancer Center, indicando que a abstinência em 3 meses, 6 meses e 9 meses após o início do tratamento antitabaco reduziu a mortalidade em todos os tipos de câncer em 26%, 22% e 16%, respectivamente. Esses resultados fornecem a mais forte evidência até o momento da importância de receber o mais cedo possível tratamento para parar de fumar após o diagnóstico de câncer.

Os idosos representam cerca de 60% dos pacientes com câncer recém-diagnosticados, população que tem maior risco de toxicidades com medicamentos anticâncer em razão das comorbidades e alterações fisiológicas relacionadas à idade. Revisão que considerou a segurança de medicamentos oncológicos em pacientes idosos fornece informações que podem otimizar o tratamento sistêmico e valorizar uma abordagem preventiva para esta população vulnerável, enfatizando características únicas de cada classe terapêutica.

Estudos de coorte já relatados mostraram achados conflitantes sobre as associações entre obesidade e risco de câncer de tireoide. Meta-análise que revisou as principais bases de dados concluiu que a obesidade foi significativamente associada ao risco aumentado de câncer de tireoide. Os resultados estão na Nutrition and Cancer, em artigo de Hisan et al.

Estudo publicado no periódico Cancers explora o impacto de fatores do estilo de vida moderno, como exposição à luz artificial, trabalho em turnos e hábitos alimentares, no relógio interno do nosso corpo e sua associação com o aumento dos depósitos de gordura corporal e risco de câncer. “Esta revisão mostra como os hábitos modernos levam a mudanças moleculares no cortisol e na melatonina, criando microambientes adiposos que dão suporte ao desenvolvimento do câncer”, destacam os autores.

Testes de sangue de DNA livre de células (cf-bDNA) e teste fecal de última geração têm o potencial de mudar o rastreamento do câncer colorretal (CCR). Estudo que  buscou estimar os impactos clínicos e econômicos dos novos métodos de rastreamento do CCR concluiu que testes de biópsia líquida baseados em cf-bDNA são uma opção para indivíduos que não aceitam outras alternativas disponíveis, mas não são tão eficazes quanto a colonoscopia ou o teste fecal. “A primeira geração de testes a partir do sangue representa  um novo e empolgante paradigma na triagem do câncer colorretal, mas, por enquanto, se puder fazer colonoscopia ou teste fecal, não mude para um exame de sangue”, disse Uri Ladabaum (foto), professor de gastroenterologia da Stanford Medicine e primeiro autor do artigo, publicado no Annals of Internal Medicine.