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Na assistência oncológica, os médicos respeitam a autonomia do paciente durante os cuidados de fim da vida? Estudo de Júlia Drummond de Camargo e Daniel Neves Forte (foto) avaliou o padrão de decisões médicas durante os cuidados de pacientes com câncer no fim da vida e mostra que modelos bastante heterogêneos embasaram a tomada de decisão na amostra avaliada, com apenas 38,0% baseados em uma abordagem de decisão compartilhada.

Diretrizes recomendam que pacientes com síndrome de Li-Fraumeni devem seguir um protocolo de vigilância abrangente, mas estudo publicado na Cancer Prevention Research mostra que o custo do rastreamento, o tempo envolvido e as dificuldades de agendamento são barreiras que dificultam a adesão aos protocolos de vigilância nessa população.

Artigo de revisão publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, avalia a disponibilidade de medicamentos em países de diferentes rendas e propõe soluções para lidar com a desigualdade no acesso a novos tratamentos contra o câncer. “Prevenir, rastrear e tratar o câncer deve ser uma prioridade global com diferenças mínimas no acesso à terapia entre os países”, defendem os autores.

A pandemia da COVID-19 contribuiu para a rápida adoção de consultas via telemedicina para a prestação de cuidados oncológicos. No entanto, as experiências dos pacientes com a prática de atendimento online ainda não foram avaliadas e totalmente compreendidas. Agora, survey com 27.435 pacientes com câncer tratados em um único centro de câncer dos EUA entre 2020 e 2023 identificou altos níveis de satisfação com consultas de telemedicina. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open.

A adição de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) à cirurgia citorredutora após resposta à quimioterapia à base de platina na primeira recorrência de câncer epitelial de ovário melhora significativamente a sobrevida global, como indicam resultados de Jean-Marc Classe (foto) e colegas, em artigo no Lancet Oncology. “Ao tratar pacientes com primeira recidiva tardia de câncer de ovário seroso de alto grau ou endometrioide de alto grau passível de cirurgia citorredutora completa em centros especializados, HIPEC à base de platina deve ser considerada para estender a sobrevida global”, destacam os autores.

A Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (IARC) publicou um novo volume sobre avaliação de viés epidemiológico na identificação de riscos. Em sete capítulos, a publicação resume diferentes métodos práticos que podem ser usados ​​para avaliar o impacto de potencial viés, apresentados de forma acessível para revisores, estatísticos, epidemiologistas e outros pesquisadores. A publicação foi apoiada por um workshop científico da IARC e recebeu financiamento  do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos.

A supressão da função ovariana (SFO) com agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRHas) é um padrão de tratamento para pacientes na pré-menopausa com câncer de mama (CM) positivo para receptor hormonal, com doença estágio II/III de alto risco. Como os oncologistas usam OFS no tratamento de rotina? Um survey encaminhado a oncologistas de três continentes buscou compreender a prática clínica e revela que oncologistas precisam de orientação sobre a escolha ideal de GnRHa, cronograma e duração do tratamento, além de atualização sobre o monitoramento e interpretação dos níveis de estradiol. Os resultados estão em artigo de Catherine M. Kelly e colegas, no JCO Oncology Practice.

Programas antitabaco devem ser um pilar do bom tratamento do câncer, considerando que parar de fumar melhora a sobrevida e os resultados relacionados à qualidade de vida. Pesquisa que envolveu participantes do programa Cancer Center Cessation Initiative aponta caminhos para implementar ou aprimorar programas  institucionais especializados na cessação do tabagismo no tratamento do câncer.

Revisão sistemática e meta-análise buscou resumir as associações entre estilos de vida saudáveis ​​combinados e resultados psicossociais (qualidade de vida relacionada à saúde, depressão, ansiedade, distress psicológico e transtorno de estresse pós-traumático) entre sobreviventes de câncer. “Embora as evidências sejam limitadas, demonstramos que a combinação de estilos de vida mais saudáveis ​​está associada a melhores resultados psicossociais em sobreviventes de câncer”, destacaram os autores. O trabalho foi publicado no Journal of Cancer Survivorship.

Sobreviventes de câncer de mama com sobrepeso ou obesidade que ganharam peso durante o tratamento do câncer tiveram menor probabilidade de atingir uma perda de peso clinicamente significativa (≥ 5% de perda de peso) durante uma intervenção pós-tratamento. Os resultados são de análise publicada no Journal of Cancer Survivorship que considerou participantes do estudo Lifestyle, Exercise, and Nutrition (LEAN).

Estudo publicado no Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention mostrou que sobreviventes de câncer LGBTQ+ têm uma carga elevada de todas as condições crônicas de saúde, incapacidade e limitações físicas e cognitivas avaliadas. “Sobreviventes de câncer transgêneros ou não conforme (TGNC) experimentam uma carga ainda maior dos mesmos resultados”, observaram os autores.