ASCO alerta para a relação entre consumo de álcool e câncer
Em 2012, 5,5% de todos os novos casos de câncer e 5,8% de todas as mortes pela doença no mundo são atribuíveis ao consumo de álcool. Os dados são da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em comunicado publicado no Journal of Clinical Oncology. O oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), diretor-geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta a declaração da ASCO.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou segunda-feira, 20 de novembro, o registro do medicamento genérico acetato de abiraterona para o tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração, em combinação com prednisona ou prednisolona.
Um estudo publicado no Annals of Oncology demonstrou que os níveis de DNA tumoral circulante (ctDNA) foram capazes de predizer piores resultados em pacientes com melanoma ressecado estádio II/III, incluindo intervalos livre de doença significativamente menores, bem como intervalo livre de metástases à distância e sobrevida global em 5 anos. O Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM) comenta os resultados.
Artigo publicado na Nature1 revela que um aplicativo criado para identificar sequências incorretas de genes encontrou falhas em mais de 60 artigos científicos, quase todos estudos em câncer. Em artigo de Nicky Phillips, a publicação descreve como uma versão inicial do aplicativo Seek & Blastn2 colocou em xeque a credibilidade científica. Para o oncologista e oncogeneticista José Claudio Casali da Rocha (foto), o trabalho de Nicky Phillips revela uma preocupação com a integridade dos dados publicados em revistas de renome internacional.
Estudo publicado na Cancer Research, periódico da American Association for Cancer Research (AACR), sugere que as mulheres afro-americanas com diabetes tipo 2 (DT2) estão em maior risco de desenvolver câncer de mama receptor de estrogênio negativo (ER-). Os resultados demonstram ainda que nessas pacientes, distúrbios metabólicos podem ser mais importantes do que a obesidade para este subtipo da doença.
Estudo da Universidade de Virgínia trouxe novos dados para compreender a biologia do câncer de mama triplo negativo (do inglês, TNBC – triple negative breast cancer) e identificou que o Fator de Diferenciação de Crescimento 11 (GDF-11) foi capaz de inibir a invasão tumoral em análises in vitro. O estudo foi publicado no Developmental Cell e coloca em perspectiva um potencial alvo terapêutico no câncer de mama triplo negativo. O oncologista Carlos Barrios (foto), diretor do Hospital do Câncer Mãe de Deus, em Porto Alegre, e do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG), comenta o estudo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o anti-PD-1 pembrolizumabe (Keytruda®) para o tratamento dos pacientes com carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático que não responderam ao tratamento com quimioterapia à base de platina. Publicada no
O inibidor de EGFR de terceira geração osimertinibe (Tagrisso®) mostrou resultados em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células com mutação EGFR, virgens de tratamento. Os resultados são do estudo FLAURA, publicado em novembro no New England Journal of Medicine1, e mostram a superioridade do novo agente como tratamento de primeira linha nessa população de pacientes. A oncologista Clarissa Mathias (foto), médica do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), do Grupo Oncoclínicas, e atual presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), comenta o estudo.
Estudo1 publicado no periódico Surgery buscou desenvolver um teste adaptativo computadorizado (do inglês, CAT) que permite avaliar de forma rápida e precisa parâmetros de qualidade de vida de sobreviventes de câncer de tireoide. O ThyCAT apresentou forte correlação (r = 0,96) com as 75 perguntas originais do North American Thyroid Cancer Survivorship Study (NATCSS)2 usando uma média de 9.94 perguntas (SD ± 3.03), administradas em <2 minutos. O cirurgião Luiz Paulo Kowalski (foto), Diretor do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do AC Camargo Cancer Center, comenta o estudo.
Estudo publicado na edição de novembro da Oncogene identificou e avaliou marcadores de risco para câncer de pulmão a partir de testes de sequenciamento genético. A conclusão dos autores indica 13 loci de risco e confirma que a pesquisa de microssatélites pode ajudar a estratificar o risco, fornecer suporte à decisão clínica e identificar potenciais alvos terapêuticos.
O inibidor de EGFR de terceira geração osimertinibe (Tagrisso®) mostrou eficácia superior ao tratamento padrão como primeira linha no câncer de pulmão não pequenas células em pacientes asiáticos virgens de tratamento, com mutação exon 19 ou L858R. Os dados são de uma análise de subgrupo do estudo FLAURA apresentada na ESMO-Asia1, que incluiu 322 pacientes asiáticos, sendo 46 chineses, 120 japoneses e 156 de outras partes da Ásia. A íntegra do estudo foi publicada no New England Journal of Medicine2.