HIPEC, resistência à platina e sensibilidade aos inibidores da PARP no câncer de ovário
Vale a pena adicionar quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) ao manejo do câncer epitelial de ovário (EOC) avançado na era dos inibidores da PARP (PARPi)? A questão é tema de artigo publicado no periódico Cancer Drug Resistence, que tem como autores os médicos Thales Paulo Batista*, cirurgião oncologista do Real Instituto de Cirurgia Oncológica, em Recife, e Graziela Zibetti Dal Molin, oncologista clínica na BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Giovana Tardin Torrezan (foto), do AC Camargo Cancer Center, é autora sênior de estudo brasileiro publicado na Cancers com novos dados para compreender a relação entre sarcomas e a síndrome de Lynch (LS). A conclusão dos autores indica que sarcomas representam uma manifestação clínica rara em pacientes com LS, especialmente em portadores de alterações em MSH2, e a análise das características biológicas do tumor pode ser útil para definição da etiologia e de novas opções terapêuticas.
A gravidez após o câncer de mama precoce em mulheres com mutações germinativas, patogênicas, nos genes BRCA1/2, é segura, sem piora do prognóstico materno e está associada a resultados fetais favoráveis. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology, em estudo que conta com a participação da oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Diretora de Corpo Clínico do ICESP/FMUSP e médica da Rede D’Or.
Estudo de pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center demonstrou que a proteína neuregulina 1 (NRG1), encontrada em quantidade elevada em células estromais, contribui para a resistência à terapia antiandrogênica do câncer de próstata. Os resultados foram publicados no periódico Cancer Cell, em acesso aberto. “Demonstramos a existência de um mecanismo de resistência aos anti-andrógenos em câncer de próstata antes completamente desconhecido. Esse trabalho tem potencial para desenhar novas estratégias de tratamento para esses pacientes”, destaca o oncologista José Mauricio Mota (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica Geniturinária do ICESP/FMUSP e coautor do trabalho.
Estudo liderado pelo oncologista brasileiro Marcelo Negrão (foto), do MD Anderson Cancer Center, em Houston (EUA), demonstrou que certas mutações não-V600 no câncer de pulmão de células não pequenas BRAF-mutado são responsivas aos inibidores de MEK e BRAF. Os resultados foram publicados no Journal of Thoracic Oncology (JTO), periódico da International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC).
Pólipos serrilhados proximais, especialmente os maiores de 1cm, estão associados a um risco aumentado de câncer colorretal. Resultados de estudo de pesquisadores do Kaiser Permanente Santa Clara Medical Center1, na California, apoiam a recomendação da Task Force norte-americana para a colonoscopia de acompanhamento aos 3 anos após o diagnóstico de um SSL grande (≥1 cm) e entre 5 e 10 anos após o diagnóstico de um SSL menor2. Artigo de Mike Fillon3 discute os dados no periódico da American Cancer Society (ACS). Quem comenta é a médica endoscopista Denise Guimarães (foto), coordenadora do programa de rastreamento do câncer colorretal do Hospital de Amor (Hospital do Câncer de Barretos).
Qual a real necessidade de se indicar quimioterapia adjuvante para pacientes com tumores triplo negativos estadio I? Estudo chinês publicado no periódico Breast Cancer Research and Treatment buscou avaliar a eficácia da QT na melhoria do prognóstico dessas pacientes. O trabalho é tema de mais um PODCAST ONCONEWS, com apresentação e análise do mastologista Silvio Bromberg, do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante. Ouça.
A radioterapia adjuvante hipofracionada para câncer de mama inicial prevê 15 ou 16 frações (fr) como padrão de tratamento. O estudo FAST avaliou os efeitos a longo prazo para os tecidos normais da mama e os resultados de controle local após regime encurtado, de apenas 5 frações, uma vez por semana. Agora, resultados de 10 anos comparando os dois regimes de tratamento estão em artigo de Brunt et. al., no Journal of Clinical Oncology (JCO). O médico especialista em radioterapia Robson Ferrigno (foto), Coordenador dos Serviços de Radioterapia dos Hospitais BP Paulista e BP Mirante, analisa os achados.
Em artigo no British Journal of Cancer, Chapman et al. reportam os resultados iniciais de cinco centros de diagnóstico multidisciplinar (CDMs), com foco na detecção do câncer a partir de sintomas inespecíficos. Os primeiros resultados mostram que o modelo proposto foi capaz de diagnosticar 240 casos de câncer (8%) em uma população de 2961 pacientes. Quem comenta é a oncologista Ana Lucia Coradazzi (foto), responsável pela equipe de Oncologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botucatu, São Paulo.
A Divisão de Detecção Precoce do Instituto Nacional do Câncer (INCA) elaborou uma nota técnica com orientações atualizadas sobre o rastreamento do câncer durante a pandemia de covid-19. Arn Migowski (foto), médico epidemiologista e Chefe da Divisão de Detecção Precoce de Câncer e apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional do Câncer (INCA), comenta as recomendações.
O Termômetro de Distress da National Comprehensive Cancer Network® (NCCN®), ferramenta que auxilia profissionais de saúde a identificar e abordar os aspectos multifatoriais do distress em pacientes com câncer, agora está disponível em 46 idiomas, entre eles o português. “É uma ferramenta relevante para identificação das reais necessidades biopsicossociais do paciente”, avalia Cristiane Bergerot (foto), psico-onologista do Centro de Câncer de Brasília (CETTRO) e responsável pela tradução e validação no Brasil.