ESMO atualiza diretrizes em neoplasias neuroendócrinas gastroenteropancreáticas
A edição de julho do Annals of Oncology traz diretrizes atualizadas da ESMO para o tratamento de neoplasias neuroendócrinas gastroenteropancreáticas (GEP-NENs). “As diretrizes anteriores do European Neuroendocrine Tumour Society (ENETS) eram bem fragmentadas, separadas por sítio tumoral, por condição, se é ou não funcionante. O guideline da ESMO é abrangente e prático, trazendo recomendações nos principais cenários, em um só documento”, observa a oncologista Rachel Riechelmann (foto), membro do corpo docente do grupo de Tumores Neuroendócrinos, Neoplasias Endócrinas e Carcinomas de Primário Desconhecido (CUP) da Sociedade Europeia.
Imagine um teste de biópsia líquida capaz de rastrear indivíduos assintomáticos, para vários tipos de câncer. Em editorial, a edição de junho do Lancet Oncology destaca questionamentos e implicações éticas que cercam o desenvolvimento de um teste universal de biópsia líquida, em debate que ganha novo relevo depois da publicação dos estudos CCGA e DETECT-A.
Uma calculadora de risco online aprimorada a partir de parâmetros clínico-patológicos alternativos pode ajudar a prever com mais precisão a probabilidade do linfonodo sentinela ser positivo em pacientes com melanoma cutâneo primário. O nomograma foi desenvolvido por pesquisadores australianos e publicado 12 de junho no Journal of Clinical Oncology. “É um modelo importante para auxiliar cirurgiões na discussão com os pacientes e permite um planejamento mais personalizado de conduta baseado no risco individual”, destaca o cirurgião oncológico Eduardo Bertolli (foto).
A interação do microbioma de tecidos tumorais com o desenvolvimento e tratamento do câncer continua a estimular a pesquisa e está sendo explorada em diferentes estudos, como discute artigo de Ashray Gunjur, no Lancet Oncology de junho. Afinal, como bactérias presentes nos tumores podem moldar o microambiente tumoral? Quem comenta é Dan Waitzberg (foto), professor associado do departamento de Gastroenterologia da FMUSP e Diretor científico da Bioma4me.
Ana Carolina de Carvalho (foto), pesquisadora do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital de Câncer de Barretos, é primeira autora de artigo na Scientific Reports que descreve o perfil genômico de uma população de pacientes com carcinoma de células escamosas de orofaringe atendidos na instituição.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu a designação de Fast Track para o uso de irinotecano lipossomal (ONIVYDE®, da Ipsen) em combinação com 5- fluorouracil / leucovorina (5-FU / LV) e oxaliplatina em pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático irressecável, localmente avançado e metastático. Quem comenta é o oncologista Duílio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE) e membro da diretoria do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou em 12 de junho nova indicação da vacina nonavalente (Gardasil 9), agora também para a prevenção de câncer de orofaringe e outros tumores de cabeça e pescoço causados pelo HPV tipos 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. “Essa é uma ótima notícia, pois amplia a indicação da vacina de HPV para a prevenção dos tumores de orofaringe, um problema crescente em saúde pública”, afirma a bióloga Luisa Lina Villa (foto), referência em pesquisa do HPV.
Resultados clínicos podem estar associados a um sentido de paz e conforto proporcionado pela fé? O significado atribuído à religiosidade e espiritualidade no câncer foi tema de estudo randomizado de Grossoehme et al. publicado 16 de junho no Jama Network Open, que avaliou adultos jovens e adolescentes com câncer.
Resultados de estudo brasileiro publicado na Oncotarget sugerem que o metabolismo do carbono-1 pode ser uma via central no carcinoma ductal invasivo (IDC) e até mesmo em tumores de mama em geral, representando um potencial alvo para seu tratamento e prevenção. Jéssica Reis Santos (foto), nutricionista especialista em oncologia e mestre em ciências pelo Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), é a primeira autora do trabalho.