Diabetes, alteração de peso e risco de câncer de pâncreas
Existe uma associação entre a duração do diabetes e a perda de peso recente com o risco de câncer de pâncreas? Análise1 com mais de 150 mil indivíduos inscritos em 2 estudos de coorte nos Estados Unidos indica que diabetes de início recente acompanhada por perda de peso de 0,5kg a 3,6kg ou mais representa um risco substancialmente aumentado da doença. Os resultados foram pulicados no JAMA Oncology. O oncologista Rivadávio Antunes de Oliveira (foto), coordenador da residência médica do Hospital do Câncer de Londrina, analisa os resultados.
Estudo tipo basket de Fase 1-2 que avalia a atividade e segurança de olaparibe em combinação com o inibidor de PD-L1 durvalumabe em tumores sólidos reportou os resultados da coorte de pacientes com câncer de mama BRCA 1/2 mutados, em artigo no Lancet Oncology.
O proto-oncogene que ativa a transição epitélio-mesenquimal (MET) tem sido cada vez mais explorado no ambiente de pesquisa e assistência da oncologia torácica. Ramon Andrade de Mello (foto), professor de Oncologia Clínica da UNIFESP, é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Clinical Medicine, que revisa dados da literatura sobre a eficácia e segurança de novos agentes que atuam seletivamente na via MET no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP).
Em 2010, a ASCO/CAP mudou a definição de Receptor Estrogênio (RE) positivo para ≥ 1%. A positividade do receptor é o suficiente para indicar terapia hormonal e eventualmente descartar a quimioterapia? O mastologista Silvio Bromberg, do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, analisa artigo publicado no British Journal of Cancer que avalia retrospectivamente as características e o manejo de pacientes classificadas como receptor de estrogênio low em comparação com pacientes RE-negativo e RE high. Ouça, em mais um PODCAST ONCONEWS.
A agência norte-americana Food and Drug Administration aprovou o Guardant360 CDx, primeiro teste diagnóstico complementar de biopsia líquida por Next Generation Sequencing (NGS) para identificar pacientes com mutações do EGFR no câncer de pulmão de células não pequenas metastático. Esta é a primeira aprovação a combinar duas tecnologias - NGS e biópsia líquida - em um teste diagnóstico para orientar as decisões de tratamento.
A atividade proliferativa do índice Ki-67 é importante na tomada de decisão de tratamento adjuvante no câncer de mama receptor hormonal, em pacientes com doença inicial. Análise1 realizada a partir de dados de 5 anos da experiência institucional do St. Gallen Breast Center mostrou que os valores de corte para os subtipos luminal A e B foram comparáveis com os critérios de St. Gallen 2013 e as recomendações do Grupo de Milão. O mastologista César Cabello dos Santos (foto), Coordenador de Mastologia da Divisão de Oncologia Ginecológica e Mamária do Hospital da Mulher - CAISM/ UNICAMP, analisa os resultados.
Nova análise do estudo STAMPEDE buscou caracterizar o perfil genômico do câncer de próstata metastático de novo. Os resultados estão em artigo de Gilson, C et al. no JCO Precision Oncology e devem apoiar futuros ensaios sobre biomarcadores no câncer de próstata. Os autores destacam que a doença de novo hormônio sensível tem perfil distinto daquele observado na doença metastática resistente à castração e nas coortes de prostatectomia. Quem analisa os resultados é Bernardo Garicochea (foto), oncologista e hematologista do Centro Paulista de Oncologia/Grupo Oncoclínicas e diretor médico do Laboratório OC Precision.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou uma atualização do guideline sobre câncer de pâncreas metastático, com recomendações para a terapia de segunda linha. As diretrizes consideram novas evidências de testes de linhagem germinativa e somática para alta instabilidade de microssatélites/deficiência de mismatch repair, mutações no BRCA e alterações de TRK. A recomendação também incluiu estudos de tratamento de manutenção após terapia de primeira linha. Quem comenta as diretrizes é a oncologista Rachel Riechelmann (foto), diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
Estudo liderado por pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center demonstrou, pela primeira vez, a necessidade de carregar mutações bialélicas no gene TP53 para apresentar instabilidade do genoma e um fenótipo clínico de alto risco na síndrome mielodisplásica. Os resultados do trabalho foram publicados na Nature Medicine, em artigo que conta com a participação dos onco-hematologistas brasileiros Fabio Pires (na foto, à esquerda), do Hospital Israelita Albert Einstein, e Ronald Pinheiro, da Universidade Federal do Ceará.
Estudo publicado na Cancer Prevention Research, periódico da American Association for Cancer Research (AACR), sugere associação entre doença periodontal e pólipos serrilhados e adenomas convencionais, dois precursores do câncer colorretal. Quem discute os resultados é o estomatologista Daniel Cohen (foto), pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA).