Relatório anual da AACR destaca avanços na pesquisa e tratamento do câncer
A American Association for Cancer Research (AACR) pubicou a décima edição do Cancer Progress Report, destacando os principais progressos na pesquisa e tratamento do câncer entre 1º de agosto de 2019 e 31 de julho de 2020. Entre os avanços apresentados no relatório estão o número recorde de terapias aprovadas pela agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) nesse período e o papel dos pesquisadores de câncer frente aos desafios impostos pela pandemia da COVID-19.
A imunoterapia com inibidores de checkpoint anti-PD-1 e anti-PD-L1 foi implementada no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) no cenário da doença localmente avançada e metastática. No entanto, a maioria dos dados disponíveis deriva de ensaios com pacientes mais jovens e com performance status superior ao de pacientes idosos. Artigo1 da Sociedade Internacional de Geriatria Oncológica publicado no British Journal of Cancer reúne recomendações para preencher lacunas de evidência nesta população de pacientes. A geriatra Theodora Karnakis (foto) comenta o trabalho.
Em mais um PODCAST ONCONEWS, Silvio Bromberg, mastologista do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, discute a biologia tumoral e as células imunes presentes no tecido mamário. Ouça.
O oncologista Guilherme Harada (foto), do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, é primeiro autor de revisão sistemática que avalia a estratégia de testar para SARS-CoV-2 pacientes com câncer assintomáticos antes de iniciar o tratamento sistêmico. Os resultados foram publicados no periódico e-cancer.
O bloqueio duplo de CD47 e HER2 pode efetivamente eliminar as células resistentes à radioterapia no câncer de mama. É o que mostra estudo publicado 14 de setembro na Nature Communications, com dados que prometem reformular o cenário de tratamento. "Os resultados são impressionantes, assim como a grande complexidade cientifica do trabalho”, analisa o radio-oncologista Daniel Przybysz (foto), que comenta os principais achados.
Há uma forte necessidade não atendida de melhorar a terapia sistêmica no tratamento do mesotelioma. A edição de setembro do Lancet Oncology traz os resultados de estudo de Fase II que avaliou o anticorpo anti-PD-L1 durvalumabe durante e após quimioterapia de primeira linha com cisplatina e pemetrexede em pacientes com mesotelioma pleural maligno avançado. Nesta análise, a adição de durvalumabe mostrou atividade promissora e um perfil de segurança aceitável que justifica investigação em ensaio clínico de Fase III. O oncologista Vladmir Cordeiro de Lima (foto), do A.C.Camargo Cancer Center, comenta os resultados.
O oncologista André Murad (foto), diretor clínico da Personal - Oncologia de Precisão e Personalizada, é coautor de análise post hoc do estudo Fase III CheckMate 214 que avaliou a eficácia de nivolumabe mais ipilimumabe versus sunitinibe em pacientes com com carcinoma de células renais avançado com características sarcomatóides (sRCC). O estudo foi publicado na Clinical Cancer Research, periódico da American Association of Cancer Research (AACR).
O oncologista Daniel Vilarim Araújo (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital de Base, em São José do Rio Preto (SP), é coprimeiro autor de artigo1 publicado no JAMA Oncology que busca repensar os caminhos da pesquisa clínica em câncer após a pandemia da COVID-19. “É hora de incorporar novas tecnologias, revisitar velhas práticas e avançar em direção a melhores resultados para nossos pacientes”, defendem os autores.
Em pacientes com câncer de pulmão que recebem imunoterapia e radioterapia, a SBRT está associada a melhor resposta e sobrevida livre de progressão comparada à RT tradicional. É o que mostram resultados de estudo liderado por pesquisadores do M.D. Anderson Cancer Center e do Shandong First Medical University, publicado em agosto na Radiotherapy and Oncology. Quem comenta é o médico especialista em radioterapia Rodrigo Hanriot (foto), coordenador do serviço de Radioterapia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
A reexposição a irinotecano mais cetuximabe como tratamento de terceira linha para pacientes com câncer colorretal metastático (mCRC) KRAS selvagem que alcançaram benefício clínico com terapia de primeira linha contendo cetuximabe foi segura e demonstrou atividade promissora. Os resultados são de estudo de Fase II (JACCRO CC-08) publicado por Masuishi, T et al. no British Journal of Cancer. O oncologista Alexandre Palladino (foto), chefe da Seção de Oncologia Clínica do INCA, comenta os resultados.