Estudo aponta que sobrediagnóstico de câncer de mama baseado em rastreamento é menor do que o estimado
Resultados de uma grande coorte de mulheres que receberam mamografias de rastreamento no Breast Cancer Surveillance Consortium (BCSC) sugerem que o sobrediagnóstico de câncer de mama devido à mamografia de rastreamento é cerca de 15% menor do que o estimado. Financiado pelo National Cancer Institute, o trabalho foi publicado no Annals of Internal Medicine.
Dados já reportados sugerem que a gastrectomia laparoscópica com navegação do linfonodo sentinela (LSNNS) pode melhorar a qualidade de vida e a nutrição pela preservação do estômago em sobreviventes de longo prazo de câncer gástrico. Agora, estudo randomizado que comparou LSNNS com gastrectomia laparoscópica padrão (LSG) mostrou que a LSNNS se equiparou à LSG em termos de sobrevida livre de doença em 3 anos, com margem de 5%, mas promoveu melhor qualidade de vida e nutrição a longo prazo. Os resultados estão em artigo de Kim et al. no Journal of Clinical Oncology (JCO). O cirurgião Laercio Gomes Lourenço (foto), professor associado de cirurgia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), comenta os resultados.
Modelo preditivo de base populacional se propõe a identificar candidatos ideais para ressecção do tumor entre pacientes com câncer de pâncreas limítrofe e localmente avançado. Os resultados estão na edição de março da Pancreatology e podem apoiar a tomada de decisão. “É muito oportuna a tentativa de organizar critérios mais objetivos para seleção do paciente em cada etapa do tratamento”, avalia o cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto), diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do AC Camargo Cancer Center.
A sarcopenia é importante fator prognóstico para pacientes com câncer. Artigo de Emori et al. publicado em março no periódico Pancreatology descreve resultados de estudo que avaliou os efeitos da sarcopenia na sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) de pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC) submetidos a tratamento com gencitabina de primeira linha e nab-paclitaxel (GEM e nab-PTX). Os resultados reforçam evidências e mostram que sarcopenia é um indicador independente de mau prognóstico.
A agência norte-americana Food and Drug Administration aprovou lutetium Lu 177 vipivotide tetraxetan (Pluvicto®) para o tratamento do câncer de próstata metastático resistente à castração positivo para PSMA, em pacientes previamente tratados com inibidor da via do receptor androgênico e quimioterapia à base de taxano. A decisão foi anunciada 23 de março e é baseada nos resultados de eficácia e segurança do ensaio VISION (
Estudo que explorou a incidência de câncer de próstata metastático (mPCa) nos Estados Unidos antes e depois das recomendações contra a triagem de rotina baseada no antígeno prostático específico (PSA) sugere que as taxas de incidência de mPCa aumentaram significativamente e coincidiram temporalmente com as recomendações contra o rastreamento. Os resultados estão em artigo de Desai et al, no Jama Network Open.
A quimioterapia sistêmica neoadjuvante no câncer de mama triplo negativo (TNBC, da sigla em inglês) pode afetar o subtipo molecular? Estudo de Masuda et al. reportado online no JCO Precision Oncology mostra que tanto o subtipo molecular do TNBC quanto as assinaturas imunomoduladoras mudam frequentemente após a quimioterapia neoadjuvante. “Este estudo corrobora com os dados de mudança do perfil molecular do câncer de mama entre tumor primário e a metástase", avalia Gustavo Werutsky (foto), chair do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e médico oncologista do Hospital São Lucas PUCRS.
Entre as pacientes com câncer de mama metastático HER2-positivo previamente tratadas com trastuzumabe e um taxano, trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo-AstraZeneca) conferiu menor risco de progressão da doença ou morte em comparação com aquelas que receberam trastuzumabe emtansina. Com resultados previamente apresentados no Congresso Europeu de Oncologia (ESMO 2021), o estudo DESTINY-Breast03 foi publicado dia 24 de março na New England Journal of Medicine (NEJM), em artigo com participação do mastologista Roberto Hegg e da oncologista Vanessa Petry (foto).
Mais da metade dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado são submetidos a testes de biomarcadores, número que aumentou nos últimos cinco anos, como revelam dados do mundo real de um estudo espanhol selecionado no programa científico do Congresso Europeu de Câncer de Pulmão (ELCC), de 30 de março a 2 de abril de 2022.