O Ministério da Saúde vai garantir o acesso a mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS) a mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sinais ou sintomas de câncer. A medida faz parte de um conjunto de ações anunciadas terça-feira, 23/09, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Garantir a mamografia a partir dos 40 anos no SUS é uma decisão histórica. Estamos ampliando o acesso ao diagnóstico precoce em uma faixa etária que concentra quase um quarto dos casos de câncer de mama”, afirmou Padilha.
O anúncio de um pacote de medidas para fortalecer a detecção precoce do câncer e redes de assistência também marca o início do atendimento móvel em 22 estados pelo programa "Agora Tem Especialistas". As unidades móveis vão oferecer serviços para o diagnóstico precoce de câncer de mama e de colo do útero, incluindo mamografia, ultrassonografia, punção e biópsia de mama, colposcopia e consultas médicas presenciais e por telemedicina. A expectativa é alcançar até 120 mil atendimentos ao longo de outubro, com investimento de R$ 18 milhões.
A recomendação para as mulheres a partir dos 40 anos é que o exame seja feito sob demanda, em decisão conjunta com o profissional de saúde, envolvendo orientações sobre os benefícios e desvantagens de fazer o rastreamento. As mamografias no SUS em pacientes com menos de 50 anos representam 30% do total, o equivalente a mais de 1 milhão em 2024.
Inovação
Além do esforço para ampliar a detecção precoce do câncer de mama, o Ministério da Saúde também passa a incorporar no Sistema Único de Saúde medicamentos mais modernos para o tratamento. A partir de outubro, o SUS vai disponibilizar o conjugado trastuzumabe entansina, indicado para mulheres com câncer de mama que ainda apresentam sinais da doença mesmo após a primeira fase do tratamento com quimioterapia antes da cirurgia. Outra inovação na rede pública são os inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe) para pacientes com câncer de mama avançado ou metastático receptor hormonal positivo.
“Estamos incorporando medicamentos de última geração ao SUS, com negociações que garantiram até 50% de desconto. Isso significa que milhares de mulheres terão acesso a terapias modernas, que em outros países só chegam a quem pode pagar. Essa é a diferença de um sistema universal: aqui, saúde é direito e não privilégio”, finalizou Alexandre Padilha.