Bristol reforça estratégia em imuno-oncologia
A Bristol-Myers Squibb anunciou no último dia 30 de agosto mais uma parceria para avançar nas pesquisas com imuno-oncologia. Desta vez, o acordo é com um consagrado centro de pesquisa translacional australiano, o QIMR Berghofer Medical Research Institute, em Brisbane. O acordo de colaboração tem o objetivo de descobrir novos anticorpos terapêuticos para uso na imuno-oncologia.
"A QIMR Berghofer está empenhada em pesquisa translacional e é gratificante saber que esta cooperação estratégica é inteiramente baseada na pesquisa de alta qualidade", disse Frank Gannon, professor e CEO do Instituto QIMR Berghofer. "Nossa expectativa é de uma cooperação frutífera e de longo prazo, para oferecer novas terapias para pacientes com câncer", declarou na assinatura do acordo.
Os termos financeiros não foram divulgados.
Pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard e do Brigham and Women's Hospital, em Boston, avaliaram o risco de câncer associado ao consumo moderado de álcool. Os resultados mostraram risco aumentado de câncer na população feminina associado ao consumo regular de álcool, mesmo em doses abaixo de 15 gramas por dia (risco relativo de 1,13), enquanto o risco relativo permaneceu praticamente inalterado em homens para o consumo abaixo de 30 g/dia (p=0,18).
Apesar da inclusão de um novo medicamento para câncer de próstata no Rol da ANS, o cenário do câncer de mama metastático na saúde suplementar tem preocupado médicos e pacientes. Entre as alterações propostas pela consulta pública finalizada no último dia 18 de agosto está a retirada da indicação do medicamento everolimo nesse cenário.
Não é segredo que a enzalutamida (Xtand®, da Astellas) levou tempo para receber o sinal verde da Anvisa, mas depois de ter o registro no Brasil, com indicação no câncer de próstata metastático resistente a castração no cenário pós-docetaxel, a expectativa agora é chegar à saúde suplementar como parte do novo Rol proposto pela Agência Nacional de Saúde.
Uma revisão do Sistema Internacional de Estadiamento (do inglês, ISS) para mieloma múltiplo, publicada online no JCO, traz um novo algoritmo de estratificação de risco com maior poder prognóstico em comparação com o ISS individual. "É um avanço importante, mas vale ressaltar que o novo sistema não substitui o clássico ISS, mais simples”, afirma Angelo Maiolino, professor de hematologia e coordenador do serviço de transplante de medula óssea da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Resultados de um estudo publicado no periódico Clinical Cancer Research indicam que uma dieta pobre em metionina, um aminoácido essencial, aumenta a eficácia de um anticorpo alvo no tratamento de células de câncer de mama triplo-negativo.
Pesquisadores canadenses estimaram a mortalidade por câncer de mama 10 e 20 anos após o diagnóstico de carcinoma ductal in situ em uma população de 108.196 mulheres para estabelecer se a taxa de mortalidade é influenciada pelo tratamento inicial e por fatores como quadro clínico, etnia e idade no momento do diagnóstico. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology, com acesso livre.
Com o objetivo de analisar os dados atuais e estabelecer diretrizes para gestão do carcinoma da vesícula biliar, a American Hepato-Pancreato-Biliary Association (AHPBA) reuniu um painel de especialistas para criar um consenso para o manejo multidisciplinar da doença. O paper, publicado no jornal oficial da AHPBA, tem entre seus autores o cirurgião oncológico e diretor de Cirurgia Abdominal do A.C.Camargo Cancer Center, Felipe José Fernández Coimbra (foto), único brasileiro a fazer parte do time de especialistas que redigiu o trabalho.
Cientistas do MD Anderson Cancer Center mostraram que o EGFR pode ser desligado com a ajuda de uma citocina conhecida como MIF (fator inibidor da migração de macrófagos). Os pesquisadores acreditam que a descoberta pode sinalizar um novo olhar para o tratamento de tumores.
A agência norte-americana FDA aprovou o uso de brentuximabe vedotina (Adcetris®) como tratamento de consolidação pós-transplante autólogo em pacientes com linfoma de Hodgkin com alto risco de recaída ou progressão. A aprovação baseia-se nos resultados do estudo AETHERA, de fase III, que demonstrou a superioridade do novo agente neste cenário.
Um consenso de experts definiu um novo protocolo para a ressonância magnética (MRI) em ensaios clínicos de tumores cerebrais para melhor avaliar a eficácia de novos tratamentos. As recomendações do consenso foram publicadas na edição online da revista Neuro-Oncology. Marcos Maldaun, presidente da Sociedade Latino Americana de Neuro-Oncologia (SNOLA), comentou o consenso para o Onconews.
O estudo BIRCH, um ensaio pivotal de Fase II com a imunoterapia atezolizumab alcançou o objetivo primário e demonstrou que o anti PD-L1 se revelou efetivo no câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático.
Oktay et al apresentaram no JCO de agosto (vol. 33 nº 22) os resultados do estudo que avaliou o uso de letrozol em altas doses, por curto prazo, para a estimulação ovariana e criopreservação de embriões em mulheres diagnosticadas com câncer de mama, antes da quimioterapia. Os métodos de fertilização foram publicados em 2005 e agora os autores reforçam a segurança e eficácia do uso do letrozol em pacientes com câncer de mama sensível a estrógenos.
O FDA aprovou o medicamento Odomzo (sonidegib), da Novartis, para tratamento de pacientes com carcinoma basocelular localmente avançado que tenham recidivado após cirurgia ou radioterapia, ou que não são candidatos a esses tratamentos.
O British Journal of Cancer publicou os resultados do trabalho que investigou o uso de um exame de urina específico para o diagnóstico precoce do câncer de bexiga, baseado nos níveis da proteína tirosina fosforilada urinária (PFU). Os resultados mostraram uma diferença significativa nos níveis de PFU entre pacientes com câncer de bexiga na comparação com indivíduos saudáveis do grupo controle. O
O comentado estudo CHAARTED foi publicado no New England Journal of Medicine, na edição de 5 de agosto. O estudo mostrou que a adição de docetaxel à terapia de privação de androgênio (ADT) na doença metastática melhorou significativamente a sobrevida de pacientes com diagnóstico recente na comparação com ADT isoladamente, principalmente naqueles com alto volume de doença. Igor Morbeck (foto), do Grupo Brasileiro de Tumores Urológicos, comenta os resultados.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia publicaram na Nature os resultados do estudo que investiga a recorrência do câncer de ovário seroso de alto grau. As células tumorais que não expressam a proteína CA 125 têm capacidade aumentada para intervir nos genes de reparo do DNA e resistir a apoptose, ativando a recorrência pós-quimioterapia com carboplatina.