Menopausa, terapia hormonal e câncer de mama: qual o aumento do risco?
Artigo de Anthony Swerdlow e colegas apresenta os resultados do estudo que buscou dimensionar a real magnitude do risco de câncer de mama associado ao uso de terapia hormonal na menopausa, a partir de informações coletadas nas séries do Breakthrough Generations Study (BGS). O mastologista Afonso Celso Pinto Nazário (foto), Professor da EPM-UNIFESP, comenta para o Onconews.
O rastreamento é fundamental para diagnosticar e tratar o câncer de pulmão em estágios iniciais. Estudo do Moffit Cancer Center1 a partir de dados de mais de 50 mil pessoas mostra que subgrupos de alto risco rastreados por tomografia computadorizada apresentaram características diferentes, com impacto nos desfechos de sobrevida. O estudo avaliou dados de prevalência de câncer de pulmão na triagem inicial e na sequência de intervalos do exame tomográfico, a partir de dados do National Lung Screening Test.
A Janssen Biotech submeteu ao FDA pedido para ampliar a indicação de daratumumab (Darzalex®), agora em combinação com lenalidomida e dexametasona ou bortezomib e dexametasona para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo que receberam pelo menos uma terapia anterior.
A Sociedade de Cirurgia Oncológica (SSO), em conjunto com a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e a Sociedade Americana para Radiação Oncológica (ASTRO), publicou dia 15 de agosto um guideline para o tratamento do câncer de mama ductal in situ (CDIS) com cirurgia conservadora da mama e irradiação da mama inteira. A diretriz estabelece a margem de 2 mm como o padrão adequado para evitar a recorrência do tumor ipsilateral e diminuir as taxas de re-excisão. Segundo os autores, a nova orientação tem o potencial de evitar cirurgias desnecessárias, além de reduzir os custos para o sistema de saúde.
Estudo da Sociedade Europeia de Cardiologia publicado em agosto no European Heart Journal mostra que em 12 países da Europa a mortalidade por câncer ultrapassou o número de mortes por doenças cardiovasculares.
Estudo prospectivo realizado por pesquisadores da Unicamp com 42 pacientes com nódulos tireoidianos suspeitos sugere que técnicas como cintilografia por SPECT/CT e biópsia radioguiada do linfonodo sentinela podem reduzir o subestadiamento do carcinoma papilar de tireóide (CPT), auxiliando a identificação de metástases ocultas. Os resultados foram publicados no JAMA Otolaryngology Head and Neck Surgery e podem impactar a gestão do CPT. O cirurgião Marco Aurélio Vamondes Kulcsar comenta para o Onconews, ao lado do patologista Venâncio Alves.
Resultados do estudo TANIA, randomizado de fase III, demonstraram que associar bevacizumabe à quimioterapia de segunda linha melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação com quimioterapia sozinha (HR = 0,75) em pacientes com câncer de mama HER2 negativo que progrediram após tratamento de primeira linha contendo bevacizumabe. Os dados foram publicados no Annals of Oncology de 8 de agosto.
O FDA aprovou o uso do inibidor de PD-1 pembrolizumabe (Keytruda), agora em nova indicação, para o tratamento de pacientes com carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço recorrente ou metastático após progressão à quimioterapia baseada em platina.
O FDA concedeu a designação Breakthrough Therapy para a quinase dependente de ciclina seletiva (CDK4/6) LEE011 (ribociclibe), em combinação com o letrozol, para o tratamento de câncer de mama metastático HR+/ HER2-.
O Surgical Oncology publicou os resultados do estudo retrospectivo que identificou fatores prognósticos no adenocarcinoma cervical (AC) e no adenocarcinoma escamoso (ASC) tratados com cirurgia primária e terapia adjuvante. “Dentro das limitações de uma análise retrospectiva, o estudo sugere que tratamento adjuvante (após histerectomia radical associada à dissecção linfonodal pélvica) para adenocarcinoma cervical precoce não melhora a sobrevida de pacientes com score de mau prognóstico, à exceção das pacientes com acometimento linfonodal pélvico”, avalia Allex Jardim da Fonseca, do EVA/GBTG.
A cirurgia citorredutora (CRS) com quimioterapia intraperitoneal aquecida (HIPEC) ganhou aceitação no tratamento da carcinomatose peritoneal com morbidade e mortalidade relatada de 27-56% e 0-11%, respectivamente. No entanto, a segurança e o resultado da HIPEC-CRS em idosos permaneciam obscuros. Agora, estudo com acesso aberto publicado no Surgical Oncology traz os resultados da HIPEC-CRS em pacientes acima de 65 anos. O cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto), presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), comenta o estudo para o Onconews.
Um guia com recomendações para quimioterapia neoadjuvante e citorredução de intervalo em mulheres com câncer epitelial de ovário avançado recém diagnosticado foi publicado dia 8 de agosto pela ASCO. O painel indica que para mulheres selecionadas com câncer epitelial de ovário estádio IIIC ou IV a quimioterapia neoadjuvante e a citorredução de intervalo são não-inferiores à citorredução primária seguida de quimioterapia adjuvante em termos de sobrevida global e livre de progressão e estão associadas com menor morbidade e mortalidade peri-operatória.
Um estudo prospectivo, multicêntrico, de fase II mostrou que pacientes com carcinoma de células renais metastático cuidadosamente selecionados acompanhados com vigilância ativa adiaram com segurança o início do tratamento sistêmico por uma média de 14,9 meses. Os dados do estudo liderado pelo oncologista Brian Rini, da Cleveland Clinic, foram publicados dia 03 de agosto na edição online do
Cerca de 15% dos pacientes com câncer de endométrio têm características de alto risco, com maior risco de metástases à distância e morte relacionada à doença. O estudo PORTEC-3 avaliou o benefício de quimiorradioterapia adjuvante em comparação com radioterapia exclusiva para mulheres com câncer endometrial de alto risco. Os resultados de qualidade de vida foram publicados no Lancet Oncology.
Um grupo de pesquisadores brasileiros explorou as diferentes necessidades de atenção psicossocial de pacientes com câncer nos cenários público e privado de cuidados de saúde no Brasil. O trabalho liderado pela psico-oncologista Cristiane Bergerot (foto), Preceptora da Residência Multiprofissional em Oncologia (área Psicologia) da Unifesp, foi publicado no dia 20 de julho no Journal of Global Oncology (JGO/ASCO).