09052024Qui
AtualizadoQui, 09 Maio 2024 3pm
  • PRECEDE: consórcio global refina vigilância para indivíduos de alto risco de câncer pancreático

    O Consórcio de Detecção Precoce do Câncer de Pâncreas (PRECEDE) é uma colaboração multicêntrica internacional que realizou estudo de coorte prospectivo, com achados que fornecem suporte para aumentar o acesso à vigilância clínica em todo o mundo para indivíduos de alto risco de câncer pancreático. Os resultados estão em artigo de Zogopoulos et al., no periódico da National Comprehensive Cancer Network (NCCN).

  • PREOPANC: resultados de longo prazo mostram benefício da neoadjuvância no câncer de pâncreas

    orlando torres 22 bxArtigo de Versteijne et al. no Journal of Clinical Oncology apresenta resultados de longo prazo do estudo PREOPANC revelando que, em um acompanhamento mediano de 59 meses, pacientes com câncer de pâncreas ressecável e borderline ressecável tiveram maior sobrevida global com quimiorradioterapia neoadjuvante à base de gencitabina do que com cirurgia inicial (razão de risco 0,73; P = 0,025). A taxa de SG em 5 anos foi de 20,5% no grupo que recebeu tratamento neoadjuvante versus 6,5% no grupo tratado com cirurgia. Quem comenta os resultados é o cirurgião Orlando Torres (foto), professor titular e chefe do Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo – Unidade Hepatopancreatobiliar - do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão.

  • Preservação de órgão no câncer retal

    Rui_Weschenfelder_NET_OK.jpgEvitar a cirurgia tem o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes com câncer retal, evitando, por exemplo, uma colostomia. Estudo retrospectivo apresentado no Simpósio de Câncer Gastrointestinal 2015 da ASCO em São Francisco, nos Estados Unidos, mostrou que a observação pode ser uma estratégia tão efetiva quanto a cirurgia imediata. 

  • Preservação de órgão no câncer retal

    cancer retoEstudo de fase II que buscou determinar a taxa de preservação de órgãos e os resultados de pacientes com câncer de reto em estágio inicial tratados com quimioterapia neoadjuvante seguida de cirurgia de excisão transanal (TES) mostrou que três meses de quimioterapia de indução podem permitir a cirurgia de preservação de órgãos bem tolerada nessa população de pacientes. Os resultados foram publicados 18 de agosto no Journal of Clinical Oncology (JCO).

  • Preservação de órgãos no câncer de esôfago

    felipecoimbra NET OKA necessidade de esofagectomia padrão após quimiorradioterapia neoadjuvante deve ser reconsiderada para pacientes que respondem ao tratamento neoadjuvante. É o que conclui estudo de Noordmann et al, do grupo holandês de pesquisa (SANO Study Group), publicado na edição de julho do Lancet Oncology. Quem comenta os resultados do trabalho é o cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto), diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do AC Camargo Cancer Center.

  • PRODIGE 23: resultados de longo prazo confirmam benefício de FOLFIRINOX neoadjuvante no câncer retal localmente avançado

    cancer retoDados já relatados do ensaio randomizado de fase 3 PRODIGE mostram que a quimioterapia neoadjuvante (NACT) com FOLFIRINOX seguida de quimiorradioterapia (CRT), cirurgia e quimioterapia adjuvante (ACT) melhorou significativamente os resultados de pacientes com câncer retal localmente avançado (LARC) em comparação com pacientes que receberam CRT padrão, cirurgia e ACT. No ASCO 2023, o grupo francês UNICANCER apresentou dados maduros dos principais endpoints, em 7 anos de acompanhamento.

  • PRODIGE 7: resultados finais não mostram benefício da HIPEC

    felipe coimbra 2020 bxArtigo de Quenèt F et al. publicado online 18 de janeiro no Lancet Oncology reporta resultados finais do ensaio de Fase III (PRODIGE 7) mostrando que a adição de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) à cirurgia citorredutora não mostrou benefício de sobrevida global e ainda aumentou as complicações pós-operatórias em pacientes com metástase peritoneal do câncer colorretal. “A partir de agora, este é um estudo de referência no tratamento dos pacientes com tumores colorretais avançados”, destaca o cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto), diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do AC Camargo Cancer Center.

  • PRODIGE: desintensificação terapêutica no câncer de pâncreas metastático

    rui fernando weschenfelder 21 bxDepois de demonstrar benefício de sobrevida global com a quimioterapia de 6 meses com fluorouracil, leucovorina, irinotecano e oxaliplatina (FOLFIRINOX) sobre a gencitabina no câncer de pâncreas metastático, pesquisadores franceses reportam novos dados da série PRODIGE, agora com resultados da neurotoxicidade relacionada à oxaliplatina avaliada em um regime intermitente (stop and go) e em uma estratégia sequencial. Os resultados apoiam a desintensificação da quimioterapia nessa população de pacientes. "A mensagem principal é que a gente não precisa manter tratamento pleno nos pacientes para garantir benefício a longo prazo, pode introduzir a oxaliplatina se possível no futuro", analisa Rui Weschenfelder (foto), coordenador do Centro de Oncologia Gastrointestinal do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre e vice-presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

  • PROSPECT: radiação pode ser omitida com segurança em pacientes selecionados com câncer de reto localmente avançado

    perez vailati asco2023Pacientes com câncer de reto localmente avançado com tumores que respondem à quimioterapia neoadjuvante podem abrir mão da radioterapia com segurança, reduzindo os efeitos colaterais de curto e longo prazo e melhorando a qualidade de vida sem comprometer a eficácia do tratamento. Os resultados são do estudo de Fase 3 PROSPECT1 foram apresentados em Sessão Plenária no ASCO 2023 (LBA2), com publicação simultânea na New England Journal of Medicine (eficácia) e no Journal of Clinical Oncology (resultados relatados pelo paciente). "O estudo PROSPECT finalmente encerra uma longa discussão sobre o não-emprego de radioterapia neoadjuvante a pacientes com baixo risco de recidiva locorregional", observam os coloproctologistas Bruna Vailati e Rodrigo Perez.

  • Proteômica na classificação de risco de GIST

    GIST 1 NET OK 2Estudo de Sun et al. publicado na Gastroentherology buscou elucidar a caracterização proteômica do tumor estromal gastrointestinal (GIST) para compreender processos biológicos e vulnerabilidades de tratamento. Os resultados podem refinar a estratificação de risco.

  • Prova de conceito mostra potencial de EUS-HIFU no tratamento do câncer

    hifuO ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) é um novo tratamento local minimamente invasivo de tumores sólidos. HIFU guiado por ultrassom endoscópico (EUS-HIFU) usando efeitos mecânicos teria benefícios potenciais, incluindo detecção precisa de lesões-alvo e melhora na administração de medicamentos. Foi com esse objetivo que pesquisadores desenvolveram o dispositivo EUS-HIFU e conseguiram demonstrar uma prova de conceito, em estudo relatado por Ashida et al. no Pancreatology.

  • Qual o melhor regime de conversão em câncer colorretal metastático para fígado?

    Renata DAlpino 2018 NET OKA oncologista Renata D’Alpino Peixoto (foto), membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e coordenadora do departamento de tumores gastrointestinais e neuroendócrinos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, analisa qual a melhor estratégia de conversão em metástases hepáticas do câncer colorretal.

  • Qual o padrão de tratamento adjuvante no câncer das vias biliares?

    Bottom line

    Diante das altas taxas de recorrência e pobres taxas de sobrevida após ressecção cirúrgica isolada, estratégias de tratamento adjuvante têm sido consideradas. O estudo BILCAP, apresentado na ASCO 2017, tornou-se o tratamento padrão de adjuvância para os tumores de vias biliares, com capecitabina 1250 mg/m², duas vezes ao dia, por 14 dias, a cada 21 dias, por 8 ciclos. Considerando o ganho de sobrevida de 20 meses, essa passou a ser a melhor evidência disponível para o tratamento adjuvante de tumores das vias biliares.

    miguel felipe tenorio 2019




    Miguel Felipe Tenório da Silva é oncologista na Clínica OncoHematos, em Aracaju/SE.

  • Qualidade de vida e recuperação funcional do idoso após cirurgia oncológica

    IDOSO PACIENTE NET OKA qualidade de vida (QoL) e a recuperação funcional (FR) dos pacientes idosos podem ser restauradas após uma grande cirurgia oncológica? Quais são os fatores de risco para falhar nesses indicadores tão relevantes? Estudo multicêntrico internacional que avaliou pacientes geriátricos submetidos à cirurgia colorretal reportou resultados em publicação online no Journal of Clinical Oncology (JCO), demonstrando que a maioria dos pacientes idosos apresenta boa qualidade de vida e permanece independente após a cirurgia de câncer colorretal.

  • Quimioirradiação neoadjuvante em câncer retal

    ASTRO_2_NET_OK.jpgPacientes com câncer retal localmente avançado que receberam radioterapia pré-operatória com irinotecano mais capecitabina ou oxaliplatina e capecitabina têm uma taxa de sobrevida global em quatro anos de 85% e 75%, respectivamente. 

  • Quimiorradiação de longa duração versus radioterapia de curta duração no câncer de reto

    cancer retoEstudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO GI 2023 buscou determinar a eficácia da quimiorradiação de longa duração (LCRT) versus radioterapia de curta duração (SCRT) em relação à preservação de órgãos em pacientes com câncer de reto. “Nesta comparação não randomizada, embora as taxas de resposta clínica completa tenham sido semelhantes, observamos uma taxa de preservação de órgãos numericamente maior com a terapia neoadjuvante total com quimiorradiação de longa duração”, observaram os autores.

  • Quimiorradioterapia + quimioterapia de indução ou consolidação como terapia neoadjuvante total no câncer retal localmente avançado

    rodrigo perez 2021 bxQual é a sequência ideal de quimiorradioterapia (CRT) e quimioterapia antes da cirurgia de excisão mesorretal total para terapia neoadjuvante total no câncer retal? Resultados de longo prazo do ensaio clínico randomizado CAO/ARO/AIO-12 publicados no JAMA Oncology demonstraram que a CRT seguida por quimioterapia de consolidação levou a taxas mais altas de resposta patológica completa sem comprometer a sobrevida livre de doença, toxicidade crônica, estado de saúde global, qualidade de vida ou incontinência fecal em comparação com quimioterapia de indução seguida por CRT e excisão total do mesorreto. Quem analisa o trabalho é o cirurgião colorretal Rodrigo Oliva Perez (foto), médico do Instituto Angelita e Joaquim Gama.

  • Quimiorradioterapia definitiva no carcinoma espinocelular de esôfago localmente avançado

    Ensaio randomizado de fase 3 que comparou capecitabina ou capecitabina mais oxaliplatina (XELOX) com fluorouracil mais cisplatina (FP) na quimiorradioterapia definitiva no carcinoma espinocelular de esôfago localmente avançado irressecável (ESCC) mostrou que capecitabina ou XELOX não melhoraram a taxa de sobrevida global em 2 anos em relação ao regime FP.

  • Quimiorradioterapia neoadjuvante e resposta imune no câncer retal localmente avançado

    cancer canal analA quimiorradioterapia pré-operatória seguida de excisão total do mesorreto é o tratamento padrão para o câncer retal localmente avançado, mas apesar dos avanços nos tratamentos neoadjuvantes, a recorrência local ainda é um desafio. Neste estudo, os pesquisadores avaliaram parâmetros clínicos, laboratoriais, radiológicos e histopatológicos que predizem as respostas à terapia neoadjuvante.

  • Quimiorradioterapia neoadjuvante mais cirurgia para câncer de esôfago – resultados de longo prazo do estudo CROSS

    daniel fernandes 21 bxO estudo CROSS estabeleceu a quimiorradioterapia neoadjuvante para câncer de esôfago seguida de cirurgia como padrão-ouro de tratamento para pacientes com câncer de esôfago ou de junção gastroesofágica localmente avançado ressecável. No entanto, existiam dúvidas sobre os resultados a longo prazo. “Essa análise publicada no Journal of Clinical Oncology1 demonstrou os resultados do acompanhamento de 10 anos dos pacientes do estudo CROSS publicado em 2012 no NEJM2 e confirmou o benefício da abordagem”, afirma o cirurgião oncológico Daniel Fernandes (foto), diretor da Unidade II do Instituto Nacional do Câncer (INCA).