Rastreamento e gestão de risco em câncer de próstata
Fatores como idade, etnia e história familiar têm que ser considerados na gestão de risco do câncer de próstata, ao lado da classificação do score de Gleason, PSA total, PSA intacto e PSA livre. “Existem hoje algumas tentativas de selecionar pacientes por risco e esses são certamente fatores importantes para a avaliação de risco da doença agressiva e precisam ser considerados”, disse o urologista Lucas Mendes Nogueira, um dos conferencistas do painel geniturinário do 3º Simpósio Internacional do Grupo Oncoclínicas.
Em 2006, estudo publicado no Journal of Nuclear Medicine demonstrou vantagens importantes para o PET-CT com fluoreto quando comparado à cintilografia óssea (bone scan) com tecnécio e ao PET-CT FOV no câncer de próstata de alto risco. “São dados muito enfáticos de que o PET-CT com fluoreto é bastante superior à cintilografia óssea com tecnécio no rastreamento e, principalmente, na especificidade para identificar metástases ósseas”, enfatizou o radiologista Ronaldo Baroni, durante o 3º Simpósio Internacional do Grupo Oncoclínicas.
Terapias ablativas e o uso da robótica têm crescido também no tratamento do câncer de próstata, em resposta à crescente tendência de abordagens minimamente invasivas. “Nos Estados Unidos, a cirurgia robótica se transformou no padrão e na Europa vem se consolidando, a despeito das críticas em relação aos custos”, disse Gustavo Guimarães, do AC Camargo Cancer Center, durante o 3º Simpósio Internacional promovido pelo Grupo Oncoclínicas. “No nosso serviço, a robótica foi introduzida em 2013 e desde então a cirurgia aberta caiu para 33% em 2014 e este ano não vai passar de 15%”, ilustrou.
O cenário da linfadenectomia na recidiva bioquímica do câncer de próstata foi tema do 3º Simpósio Internacional do Grupo Oncoclínicas, em painel coordenado por Marcelo Wroclawski (foto), urologista do Hospital Israelita Albert Einstein. “Cerca de um terço dos pacientes vão evoluir com recorrência bioquímica”, explicou o especialista.
Andrey Soares (foto), oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia (CPO), fala dos desafios e progressos do câncer de bexiga, o segundo tumor urológico mais frequente. O especialista destaca não apenas a importância de selecionar pacientes que podem se beneficiar de terapias inovadoras, mas também de eleger a melhor sequência de tratamento.
Raphael Bueno (foto), chefe da cirurgia torácica do Brigham and Women`s Hospital, fala da abordagem atual do mesotelioma.
O câncer de pulmão representa a principal causa de morte por neoplasias nos países desenvolvidos. No Brasil é a primeira causa de morte por câncer em homens e a segunda entre as mulheres. Dados do INCA estimam 28.220 novos casos em 2016, sendo 17.330 homens e 10.890 mulheres.
Em vídeo, Gilberto Lopes (foto), diretor médico e científico do Grupo Oncoclínicas, discorre desde o surgimento da imunoterapia até os recentes avanços de agentes como o anti CTLA-4 ipilimumabe e os inibidores de checkpoint anti PD1 e anti PD-L1. Assista.
A compreensão molecular ganha importância crescente no câncer de pulmão. Atento a essa realidade, o 3º Simpósio Internacional do Grupo Oncoclínicas dedicou espaço à patologia pulmonar, em apresentação de Vera Capelozzi, professora associada do departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP. A especialista sintetizou o que o cirurgião deve saber sobre a terapia-personalizada em câncer de pulmão, contextualizando um cenário de aceleradas transformações.
Eduardo Moraes (na foto, à esquerda), do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), e Jeffrey Meyehardt , Diretor-Médico no Centro de Tratamento de Câncer Gastrointestinal no Dana-Farber Cancer Institute falam sobre o estado da arte no tratamento do câncer de cólon, tanto no cenário adjuvante quanto na doença metastática.