O oncologista André Murad (foto) explica a técnica de hibridização in situ por fluorescência (FISH), uma poderosa técnica molecular usada para detectar e localizar sequências específicas de DNA em cromossomos. Confira, em mais um tópico da coluna ‘Drops de Genômica’.
Por André Marcio Murad*
Como funciona:
1. As células são primeiramente fixadas e o DNA é desnaturado (transformado em fita simples).
2. Uma sonda de DNA marcada com fluorescência (sequência curta de DNA complementar) é adicionada.
3. A sonda hibridiza (liga-se) à sua sequência de DNA correspondente no cromossomo.
4. Sob um microscópio de fluorescência, as sondas ligadas brilham, revelando a localização do gene ou sequência de DNA alvo.
Aplicações:
-Detecção de distúrbios genéticos e anormalidades cromossômicas.
-Identificação de genes específicos ligados ao câncer.
-Mapeamento cromossômico e pesquisa em genômica.
-Usado em diagnóstico pré-natal e medicina personalizada.
Em palavras simples: a técnica FISH é a utilização de um marcador luminoso para marcar o ponto exato de um gene dentro de um cromossomo.

*André Murad é diretor científico do Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão (GBOP), diretor clínico da Personal - Oncologia de Precisão e Personalizada, professor adjunto coordenador da Disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da UFMG, e oncologista e oncogeneticista da Clínica OncoLavras