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Estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) e instituições parceiras mostrou que o consumo de alimentos ultraprocessados ​​foi positivamente associado à mortalidade por todas as causas, assim como à mortalidade por doenças circulatórias e cerebrovasculares, doenças cardíacas isquêmicas e doenças digestivas, além da associação com doença de Parkinson. Os achados são do maior estudo conduzido até hoje sobre mortalidade e consumo de alimentos processados ​​e ultraprocessados, publicado no The Lancet Regional Health – Europe.

A ASCO publicou recomendações atualizadas para quimioterapia neoadjuvante e cirurgia citorredutora primária em pacientes com câncer epitelial de ovário, trompa de Falópio ou câncer peritoneal primário em estágio III-IV (câncer epitelial de ovário). O guideline está no Journal of Clinical Oncology (JCO) e são endossadas pela Sociedade Americana de Ginecologia Oncológica. "As diretrizes ressaltam a necessidade de avaliação completa da paciente, incluindo a biologia do tumor, performance status, comorbidades e potencial de citorredução completa, o que só pode ser obtido com a comunicação entre oncologista clínico, cirurgião, patologista e radiologista", observa a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto). 

Os testes de câncer feminino diminuíram globalmente, de acordo com o mais recente Índice Global de Saúde Feminina da Hologic, uma das maiores coleções de dados sobre bem-estar e saúde feminina. Globalmente, apenas 10% das mulheres pesquisadas foram testadas para qualquer tipo de câncer no ano passado, uma queda de dois pontos percentuais em relação aos dois primeiros anos do Índice.

O questionário EORTC QLQ-BR23, publicado em 1996, foi um dos primeiros a avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com câncer de mama. Agora, uma versão atualizada do QLQ-BR42 fornece uma avaliação mais precisa e abrangente do impacto das atuais modalidades de tratamento na qualidade de vida dos pacientes. O trabalho foi publicado na The Breast e tem participação de Rene Alosio da Costa Vieira (foto), do Hospital de Câncer de Barretos.

O estudo de fase II TROPION-Lung05 avaliou a segurança e a atividade clínica de datopotamab deruxtecan em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado/metastático com alterações genômicas acionáveis que ​​progrediram durante ou após a terapia-alvo e à quimioterapia baseada em platina. A elevada taxa global de controle da doença (78,8%) e a duração sustentada da resposta estão entre os principais desfechos de eficácia relatados por Jacob Sands e colegas no Journal of Clinical Oncology (JCO), resultados que suportam o estudo de fase III em andamento.

Baixos níveis de gordura corporal e altos níveis de atividade física são fatores-chave de estilo de vida na prevenção do câncer, mas a interação da obesidade abdominal e atividade física no risco de câncer permanece desconhecida. Estudo de Patrícia Bohmann e colegas explorou associações conjuntas e individuais de circunferência da cintura e atividade física com risco de câncer, com resultados que reforçam o valor das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “A adesão às diretrizes da OMS para circunferência da cintura e atividade física é essencial para a prevenção do câncer; atender a apenas uma dessas diretrizes é insuficiente”, alertam os autores. A oncologista Ana Luísa Baccarin (foto) analisa os resultados.

Artigo de Hoeppner et al. na New England Journal of Medicine (NEJM) apresentou os resultados do ensaio ESOPEC, indicando que a quimioterapia perioperatória com FLOT levou à melhora da sobrevida em pacientes com adenocarcinoma esofágico localmente avançado ressecável. “O estudo ESOPEC trouxe uma resposta importante para a neoadjuvância do adenocarcinoma de esôfago, demonstrando que a quimioterapia sistêmica foi superior à quimiorradiação em termos de sobrevida global”, avalia o oncologista Rui Weschenfelder (foto), coordenador do Núcleo de Oncologia Gastrointestinal do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS).

O estágio avançado do câncer é um fator determinante no mau prognóstico. Os carcinomas espinocelulares  de cabeça e pescoço (CEC) são altamente incidentes no Brasil e o diagnóstico em estágio avançado ainda é uma realidade, associado principalmente à idade, ao local do tumor primário e a fatores socioeconômicos, como aponta estudo de Flávia Nascimento de Carvalho (foto) e colegas, no Lancet Global Health Americas.

Nos últimos 15 anos, a norte-americana FDA e a europeia EMA aprovaram 19 e 13 medicamentos para sarcoma, enquanto suas contrapartes latino-americanas ANVISA, ANMAT e COFEPRIS aprovaram seis, oito e sete medicamentos, respectivamente. É o que mostra estudo do LACOG Sarcoma Group publicado no JCO Global Oncology, em análise que tem como primeiro autor o oncologista Douglas Dias e Silva (foto).

Acompanhamento de 12 anos do estudo C9741 confirmou o benefício sustentado de longo prazo da quimioterapia adjuvante de dose densa em pacientes com câncer de mama linfonodo positivo receptor de estrogênio positivo (RE+). É o que demonstram os resultados publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO), em artigo que tem o brasileiro Otto Metzger (foto), oncologista do Dana Farber Cancer Institute, como principal autor.