Progresso nos cânceres raros, o avanço do ano
A ASCO publicou o relatório anual com os avanços clínicos em câncer. A 14ª edição do relatório Clinical Cancer Advances aponta o que foi destaque na pesquisa e desenvolvimento em 2018 e, pela primeira vez, sinaliza as futuras prioridades de pesquisa. “A proposta é servir como um indicador para orientar estudos em áreas que acreditamos ter maior potencial para acelerar o ritmo do progresso, com pesquisas que ajudem a preencher lacunas críticas na prevenção e tratamento do câncer”, aponta o relatório.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou uma nova indicação para pemetrexede (Alimta®) em combinação com o anti PD-1 pembrolizumabe (Keytruda®) e quimioterapia com platina para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células metastático não-escamoso (CPNPC), sem mutação EGFR ou translocação ALK.
Estudo brasileiro publicado na edição de janeiro do International Journal of Gynecological Cancer buscou avaliar os desfechos clínicos de pacientes com carcinoma epitelial de ovário submetidos à ressecção de linfonodo cardiofrênico. “Constatamos que os linfonodos cardiofrênicos podem ser sítios de metástases, e em casos suspeitos a remoção é necessária para não deixar doença residual. Por ser um local não tão comum de doença metastática, muitas vezes eles não são reportados nos exames de estadiamento”, explica André Lopes (foto), cirurgião oncológico do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) e primeiro autor do trabalho.
Estudo brasileiro buscou estimar atrasos no tratamento, bem como os fatores associados a esse atraso, entre mulheres com diagnóstico de câncer do colo do útero tratadas no Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro. Os resultados do trabalho realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Fernandes Figueira e INCA foram publicados no Journal of Global Oncology (JGO) e demonstraram atrasos significativos para o início e final do tratamento nesta população estudada.
O esôfago de Barrett (BE) é o único precursor conhecido do adenocarcinoma de esôfago (EAC). Embora a endoscopia e a biópsia sejam os métodos padrão para o diagnóstico de EB, o alto custo e o risco limitam seu uso como modalidade de rastreamento. Agora, um estudo publicado na Clinical Cancer Research buscou avaliar avaliou o EsophaCap, um teste que utiliza biomarcadores genéticos específicos para detectar alterações nas células que revestem o interior do esôfago.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está tomando as medidas sanitárias necessárias sobre o medicamento olaratumabe (Lartruvo), que em estudo clínico de fase III não teve confirmado seu benefício para o tratamento de pacientes com sarcoma de partes moles avançado ou metastático. A decisão da Agência foi tomada em conjunto com o laboratório Eli Lilly, fabricante do medicamento.
Qual é a prevalência da infecção pelos vírus da hepatite B, hepatite C e HIV entre pacientes com câncer recém-diagnosticado? Estudo publicado no JAMA Oncology sugere que a triagem de pacientes com câncer para identificar a infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) ou hepatite C (HCV) antes de iniciar o tratamento pode ser necessária para prevenir reativação viral e desfechos clínicos adversos.
Estudo realizado no Instituto Nacional de Câncer (INCA) demonstrou que a combinação de cisplatina, 5- fluorouracil em bolus e leucovorina (protocolo PFL) é ativa na primeira linha de tratamento do câncer gástrico avançado. Os resultados do estudo liderado pelo oncologista Rafael Coelho (foto) foram publicados no Journal of Global Oncology (JGO).
O estudo de fase II ImmunoProst Trial continua aberto a recrutamento, com a participação de dois centros brasileiros, o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e o ICESP, em São Paulo. “É importante frisar que esse é um estudo de iniciativa do investigador, não um estudo da indústria, o que é praticamente inédito no Brasil”, lembra o oncologista Pedro Henrique Isaacsson Velho (foto), que idealizou e escreveu o protocolo quando era residente do ICESP.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou dia 14 de janeiro o uso de venetoclax na Leucemia Mieloide Aguda (LMA), em pacientes inelegíveis para quimioterapia. A decisão da Anvisa considera o uso de venetoclax associado a um agente hipometilante ou em combinação com citarabina em baixas doses.
Estudo brasileiro aponta caminhos para ampliar acesso ao diagnóstico molecular e apoiar a decisão de tratamento em pacientes com tumores sólidos refratários à terapia convencional. Publicado em artigo de André Marcio Murad, José Claudio Casali da Rocha, Juliana Carneiro e Ana Godard, no Journal of Clinical & Medical Genomics, o estudo apresenta os resultados da aplicação clínica do ONCOTARGET (ONCOALVO), um painel de 57 genes que contempla as mutações mais relevantes para a oncologia de precisão.