Fulvestranto + anastrazol: combinação mostra ganho de sobrevida na 1ª linha
A adição de fulvestranto a anastrozol foi associada a ganho de sobrevida (50 meses) e sobrevida livre de progressão (15 meses), em comparação com anastrozol em monoterapia (42 e 13,5 meses, respectivamente) como primeira linha no tratamento de mulheres pós-menopausa com câncer de mama receptor hormonal positivo. Os resultados foram publicados na New England Journal of Medicine e indicam que o benefício foi maior em pacientes sem exposição prévia à terapia endócrina adjuvante. A oncologista Laura Testa, chefe da equipe de oncologia mamária do ICESP, comenta os resultados.
Mulheres assintomáticas com risco médio para câncer de mama devem discutir com seus médicos sobre a necessidade do rastreamento com mamografia antes dos 50 anos de idade. Publicadas no Annals of Internal Medicine, em acesso aberto, as novas recomendações do American College of Physicians sugerem que os potenciais danos superam os benefícios na maioria das mulheres com idade entre 40 e 49 anos. O oncologista José Bines (foto), Coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital São Vicente, no Rio de janeiro, e membro do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM/LACOG), comenta as diretrizes.
Uma nova plataforma promete melhorar a eficiência dos estudos clínicos em neuro-oncologia e avançar em abordagens na oncologia de precisão. É o que sinalizam os resultados do INSIGhT (Individualized Screening Trial of Innovative Glioblastoma Therapy), publicados no JCO Precision Oncology. A oncologista Camilla A.F. Yamada (foto), chair do LACOG Neuro-Oncology Group, comenta os achados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de cemiplimabe (Libtayo®, Sanofi Genzyme), para o tratamento de pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular de pele localmente avançado ou metastático que não sejam candidatos a cirurgia ou radioterapia.
“Autoridades do Memorial Sloan Kettering Cancer Center violaram repetidamente políticas de conflitos de interesse, fomentando uma cultura na qual os lucros parecem ter precedência sobre as pesquisas e a assistência ao paciente”. A denúncia foi publicada 4 de abril no New York Times (NYT), depois que uma auditoria externa, a Debevoise & Plimpton’s Advogados, apontou “descumprimento de políticas” e “lapsos éticos” nas relações entre médicos e corporações, especialmente farmacêuticas.
Estudo clínico randomizado que avaliou 100 mulheres com câncer de mama estádio I a III, sedentárias e com sobrepeso ou obesidade, constatou que o risco de desenvolver doença cardiovascular em 10 anos, avaliado pelo Framingham Risk Score, foi significativamente menor entre aquelas que participaram de programas de exercício físico supervisionado. Os resultados estão no JAMA Oncology.
Que complicações relacionadas ao tratamento oncológico estão associadas à admissão hospitalar de pacientes com câncer nos serviços de emergência e qual o impacto financeiro desses atendimentos? Estudo publicado em abril no JAMA Oncology revela que as visitas à emergência por complicações relacionadas ao tratamento oncológico aumentaram 10,8% ao ano em 10 anos nos Estados Unidos, quando cresceram a uma taxa 5,5 vezes maior na comparação com visitas por causas não oncológicas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o primeiro medicamento rituximabe biossimilar (Riximyo®, Sandoz) para todas as indicações do biológico de referência (MabThera®). O anticorpo monoclonal é indicado para tratamento de linfoma não-Hodgkin (linfoma folicular e linfoma difuso de grandes células B) e leucemia linfocítica crônica, além de doenças imunológicas como artrite reumatoide, granulomatose com poliangiite e poliangiite microscópica.
Revisão publicada no Lancet Oncology discute o efeito do comprometimento renal e hepático na farmacocinética de drogas anticâncer, fornecendo um conjunto prático de recomendações para ajustes de dose de 160 medicamentos antineoplásicos em pacientes com insuficiência hepática ou renal. Neste estudo de revisão, os autores sintetizam em um apêndice informações sobre via metabólica e doses, considerando desde o comprometimento hepático ou renal moderado, até situações mais severas.
Estudo de coorte com mais de 200 mil sobreviventes avaliou o risco de neoplasias subsequentes para 16 tipos de câncer em adolescentes e adultos jovens. A análise considerou os registros de câncer e estatísticas nacionais da Inglaterra e País de Gales. Os resultados foram publicados na edição de abril do Lancet Oncology (vol.20).
O câncer urotelial permanece com limitadas opções terapêuticas no cenário localmente avançado ou metastático. Agora, uma nova promessa vem do anticorpo conjugado enfortumab-vedotin, que anunciou resultados encorajadores de estudo Fase II (EV-201) com uma primeira coorte de pacientes, mostrando taxa de resposta objetiva de 44%.
Mesmo anos depois das primeiras análises, a chamada biópsia líquida continua à espera de evidências mais robustas. É o que sugere editorial de Paweletz et al. publicado na JCO Precision Oncology, que discute os resultados do estudo de Stetson D et al.
Anvisa aprovou o inibidor de BCL-2 venectoclax (AbbVie) em combinação com rituximabe para o tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica resistente/reincidente (LLC R/R), que tenham recebido pelo menos um tratamento anterior. A decisão é baseada no estudo randomizado de Fase III MURANO, que avaliou a segurança e eficácia da combinação em comparação com bendamustina e rituximabe, padrão de tratamento quimioterápico para pacientes com LLC R/R.
Estudo de coorte realizado na Suécia com idosos com idade ≥ 65 anos que morreram de câncer entre 2007 e 2013 revelou que medicamentos preventivos continuaram a ser prescritos durante o último ano de vida e muitas vezes foram mantidos até as semanas finais antes da morte. “Estratégias adequadas são necessárias para reduzir a carga de drogas com benefício clínico limitado nos cuidados de fim da vida”, concluíram os autores. Os resultados foram publicados 25 de março na Cancer.