Combinação de novos agentes hormonais, níveis de testosterona e leuprorrelina no câncer de próstata
Estudo retrospectivo de mundo real selecionado para apresentação em pôster no ASCO GU 2024 analisou dados sobre testes de testosterona obtidos de uma instituição brasileira para avaliar a eficácia clínica da leuprorrelina, tanto em monoterapia quanto em combinações, no manejo do câncer de próstata. O oncologista Paulo Sérgio Lages (foto), da Oncoclínicas Brasília, é o primeiro autor do trabalho.
Yumi Ricucci Shinkado (foto), residente de oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), é primeira autora de estudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO GU 2024 que traz resultados de um coorte retrospectiva de pacientes com câncer de próstata resistente à castração metastático tratados com ciclofosfamida oral na instituição. José Mauricio Mota, chefe do grupo de tumores geniturinários do ICESP/FMUSP e Oncologia D’Or, é o autor sênior do trabalho.
Os oncologistas brasileiros João Guedes e Karina Vianna são coautores do ensaio clínico randomizado de Fase 3 PROpel, que demonstrou a eficácia de olaparibe (O) + abiraterona (A) no tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração. Agora, no ASCO GU 2024, foram relatados a eficácia por gene de O + A em pacientes com mutações de reparo de recombinação homóloga (HRRm).
Selecionado como Rapid Oral Abstract no ASCO GU 2024, estudo propôs desenvolver um questionário de qualidade de vida relacionada à saúde para pacientes com câncer de células renais metastático (CCRm). O estudo foi conduzido em três fases, incluindo a participação de pacientes, a expertise de especialistas e o engajamento de um grupo de patient advocates. A psico-oncologista Cristiane Decat Bergerot (foto), do Grupo Oncoclínicas (Brasília), é primeira autora do trabalho.
Abordagens que adotam consentimento remoto e kits de coleta domiciliar podem diminuir as barreiras e aumentar a adesão aos testes genéticos em homens com câncer de próstata metastático, facilitando a identificação de alterações da linhagem germinativa. É o que indica estudo selecionado no ASCO GU 2024, com dados prospectivos mostrando que testes genéticos ofertados por meio remoto aumentaram a aceitação na população-alvo.
Resultados que apoiam a biópsia transperineal da próstata em consultório como estratégia para a detecção do câncer de próstata foram selecionados para apresentação no ASCO GU 2024, em Rapid Oral Abstract Session.
Estudo multicêntrico, randomizado, aberto, de Fase 3 buscou avaliar o papel do camrelizumabe neoadjuvante mais quimioterapia seguida de camrelizumabe adjuvante, versus quimioterapia neoadjuvante isolada em pacientes com carcinoma espinocelular de esôfago localmente avançado ressecável. Os resultados foram selecionados para apresentação em sessão oral no ASCO GI 2024.
O ensaio multicêntrico de Fase 3 DOC GC avaliou a eficácia de docetaxel-oxaliplatina-capecitabina/5 fluorouracil (DOC/F) seguido de docetaxel versus CAPOX/mFOLFOX-7 em pacientes com adenocarcinoma gástrico e de junção esofagogástrica (JEG) avançado e função adequada de órgãos-alvo. Os resultados apresentados em sessão oral no ASCO GI 2024 não demonstraram melhora na sobrevida global com a adição de docetaxel ao regime duplo compreendendo 5-fluorouracil/capecitabina e oxaliplatina.
Ensaio randomizado de fase 3 (EMERALD-1) mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo do tratamento com durvalumabe + bevacizumabe em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável (uHCC) elegíveis para quimioembolização transarterial (TACE), com sobrevida livre de progressão (SLP) mediana de 15,0 vs 8,2 meses em relação a TACE isoladamente (HR = 0,77). Este é o primeiro regime baseado em inibidores de checkpoint imune a mostrar ganho de SLP nessa população, com potencial de estabelecer um novo padrão no uHCC. “O EMERALD-1 foi o primeiro estudo de fase III a mostrar ganho significativo em SLP ao associar durvalumabe e bevacizumabe ao TACE”, observa a oncologista Juliana Florinda Rego (foto).
Resultados do ensaio clínico de Fase 3 NETTER-2 apresentados no ASCO GI 2024 demonstraram que o tratamento em primeira linha com o radioligante [177Lu]Lu-DOTA-TATE melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão e as taxas de resposta objetiva em pacientes com tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos de alto grau, potencialmente estabelecendo um novo padrão de tratamento. “Este é o primeiro estudo de fase 3 a avaliar a terapia com radioligantes no cenário de primeira linha para qualquer tumor sólido metastático”, afirmaram os autores. A oncologista Rachel Riechelmann (foto) analisa os resultados.