Envelhecimento acelerado pode aumentar o risco de câncer de início precoce nas gerações mais jovens
O envelhecimento acelerado foi mais comum nas últimas gerações, em coortes de nascimentos recentes, e foi associado ao aumento da incidência de tumores sólidos de início precoce, como indica pesquisa apresentada no AACR 2024, encontro da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer, realizado de 5 a 10 de Abril. “Vários tipos de câncer têm se tornado cada vez mais comuns entre adultos jovens nos Estados Unidos e em todo o mundo”, disse Ruiyi Tian (foto), da Escola de Medicina da Universidade de Washington, à frente da pesquisa. “Compreender os fatores que impulsionam este aumento será fundamental para melhorar a prevenção ou detecção precoce do câncer nas gerações mais jovens e futuras”, destacou.
Dos 46 medicamentos contra o câncer que receberam aprovação acelerada da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA entre 2013-2017, 63% foram convertidos para aprovação regular, mas apenas 43% demonstraram benefício clínico em ensaios confirmatórios após mais de cinco anos de acompanhamento. Os dados são de estudo apresentado no encontro anual da Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR), com publicação simultânea no JAMA. “Os pacientes devem ser claramente informados sobre os muitos medicamentos contra o câncer que utilizam a via de aprovação acelerada e acabam não mostrando benefícios”, disse Ian Liu (foto), coautor do estudo.
O estudo CORRELATE buscou descrever os resultados pós-progressão e os padrões de tratamento de segunda e terceira linhas em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático após tratamento com imunoterapia em primeira linha. “Compreender os resultados de mundo real dessa população pode ajudar a identificar necessidades não atendidas e informar estratégias futuras de tratamento”, afirmaram os autores. Os resultados foram apresentados por Stephen Liu (foto) no ELCC 2024.
Estudo selecionado para apresentação em pôster no ELCC 2024 demonstrou a importância da dieta para reforçar o papel do microbioma intestinal como um alvo terapêutico e melhorar a resposta aos inibidores de checkpoint imune em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas.
Dados de qualidade de vida do ensaio FLAURA 2 reportados pelos próprios pacientes (PROs, de patient reported outcomes) foram selecionados em poster no ELCC 2024. A análise apresentada por Chee K. Lee (foto), da Universidade de Sydney, mostra que osimertinibe (TAGRISSO®) com ou sem quimioterapia é bem tolerado, com tendência de melhora significativa de sintomas como dispneia, dor torácica e tosse em ambos os braços.
Indivíduos entre 50 e 75 anos submetidos ao rastreamento de câncer de pulmão por tomografia computadorizada de baixas doses (TCBD) tiveram a mortalidade por todas as causas reduzida em comparação com a população geral. Os resultados são de estudo polonês selecionado para apresentação em pôster no ELCC 2024.
No estudo de fase 3 AEGEAN, durvalumabe perioperatório mais quimioterapia (QT) neoadjuvante melhorou significativamente a sobrevida livre de eventos e a resposta patológica completa versus QT neoadjuvante isoladamente em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) ressecável, com um perfil de segurança gerenciável. No ELCC 2024, apresentação de Laszlo Urban atualizou os resultados de segurança do estudo AEGEAN, com seguimento adicional de aproximadamente 9 meses.
Estudo selecionado para apresentação em pôster no ELCC 2024 buscou analisar as características de indivíduos nunca fumantes com diagnóstico de câncer de pulmão de células pequenas. “O câncer de pulmão de células pequenas (CPCP) é responsável por 15% de todos os tumores de pulmão e é o mais agressivo, e evidência disponível para CPCP em pessoas que nunca fumaram é escassa”, afirmaram os autores.
Andrea Riccardo Filippi (foto), Diretor de Radioterapia da Fundação IRCCS Policlinico San Matteo, Itália, apresentou no ELCC 2024 a análise preliminar de segurança do estudo de fase 2 DEDALUS, que avalia quimioimunoterapia de indução seguida de radioterapia hipofracionada (RT) desintensificada mais durvalumabe, seguida de manutenção com durvalumabe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) irressecável em estágio III, considerados não elegíveis para quimiorradioterapia concomitante. Os resultados apoiam a sequência experimental e indicam a viabilidade e tolerabilidade do estudo DEDALUS.
No EMPOWER-Lung 3 Parte 1, pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado e PD-L1 < 50% foram randomizados para 3 braços de tratamento: Quimioterapia (QT), cemiplimabe (CEMI) + QT ou CEMI + ipilimumabe (IPI) + QT. Os resultados clínicos para CEMI + IPI + QT versus QT (incluindo SG [HR: 0,615 (IC 95%, 0,441–0,857)]) foram relatados anteriormente. No ELCC 2024 foram relatados os resultados relatados pelos pacientes (PROs).