PET PSMA na recorrência bioquímica do câncer de próstata
A recorrência bioquímica no câncer de próstata é um evento frequente e dados têm mostrado que PET-PSMA pode guiar o tratamento nesse cenário. Pesquisadores brasileiros avaliaram a sensibilidade do PET- PSMA na recorrência bioquímica do câncer de próstata, correlacionando os achados com informações sobre o nível de PSA e o escore de Gleason. “A sensibilidade variou de acordo com o nível de PSA e o score de Gleason”, destacou o oncologista clínico Paulo Sérgio Moraes Lages (na foto, à direita), primeiro autor do estudo.
Mateus De Bacco (foto) é o primeiro autor de estudo brasileiro apresentado no simpósio ASCO GU 2019 que avaliou a expressão de PD-L1 e p16 em pacientes com câncer de pênis de células escamosas, um tumor raro, mas que registra no Brasil uma das maiores taxas mundiais de incidência. Os achados mostram que a positividade para PD-L1 foi associada com maior tamanho do tumor (p=0,027), taxas mais elevadas de proliferação e piores desfechos clínicos.
Em vídeo, os médicos Gustavo Carvalhal e André Fay, do Hospital Moinhos de Vento e da PUC-RS, analisam os resultados do KEYNOTE 057, um dos destaques do 2° dia do Simpósio ASCO GU 2019. O estudo de fase II avaliou a eficácia e segurança do anti-PD-1 pembrolizumabe em pacientes com câncer de bexiga não músculo-invasivo de alto risco que não respondem ao BCG. Assista.
Karim Fizazi apresentou os resultados do estudo Fase III ARAMIS, que avaliou darolutamida no tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração (nmCPRC). O novo antagonista seletivo do receptor de androgênio alcançou o endpoint primário e prolongou significativamente a sobrevida livre de metástase na comparação com placebo. O estudo ARAMIS teve a participação de 21 centros brasileiros e entre os autores está o uro-oncologista Murilo Luz (foto), do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba.
O estudo Fase 3 ARCHES avaliando enzalutamida (XTANDI®) mais terapia de privação androgênica (ADT) em homens com câncer de próstata metastático hormônio sensível (CPHSm) atingiu seu endpoint primário, melhorando significativamente a sobrevida livre de progressão radiográfica versus ADT isoladamente. Em vídeo, Fernando Nunes, presidente da SBOC-Bahia, e Carlos Dzik, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, comentam os resultados.
O uro-oncologista Lucas Nogueira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o oncologista clínico Luís Eduardo Zucca, do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor), comentam a atualização do estudo LATITUDE, com resultados de longo prazo de abiraterona em pacientes com câncer de próstata metastático hormônio sensível. Assista.
O estudo Fase 3 ARCHES avaliando enzalutamida (XTANDI®) mais terapia de privação androgênica (ADT) em homens com câncer de próstata metastático hormônio sensível (CPHSm) atingiu seu endpoint primário, melhorando significativamente a sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP) versus ADT isoladamente. O estudo foi um dos destaques do primeiro dia do ASCO GU 2019, em apresentação de Andrew J. Armstrong (foto), da Duke University School of Medicine.
Os oncologistas Fernando Maluf e Andrey Soares comentam os estudos que marcaram o programa científico do primeiro dia do ASCO GU e prometem impactar a prática clínica. Entre os highlights estão grandes estudos randomizados como ARAMIS, ARCHES e a atualização do ensaio LATITUDE, além de estudos que discutem imunoterapia no câncer de próstata e comparam abordagens como a radioterapia estereotáxica (SBRT) com diferentes esquemas de fracionamento. Assista em vídeo na TV Onconews.
Em vídeo para a TV Onconews, o radio-oncologista João Victor Salvajoli, coordenador do Serviço de Radioterapia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP); e o urologista Rodolfo Reis, Professor Livre-docente e chefe do Departamento de Urologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, debatem os resultados preliminares do estudo randomizado PACE B, designado como Abstract número 1 no Simpósio ASCO GU 2019.
Em vídeo para a TV Onconews, Murilo Luz e Karim Fizazi, co-autores do estudo ARAMIS, analisam os resultados apresentados no ASCO GU. Darolutamida, o novo antagonista seletivo do receptor de androgênio, reduziu significativamente o risco de sobrevida livre de metástases em pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração (nmCPRC) e ainda mostrou impacto positivo em endpoints secundários, incluindo sobrevida global, tempo para o primeiro evento esquelético sintomático, tempo até a quimioterapia citotóxica e tempo para a progressão de dor. Assista.
Dados de atualização do estudo Fase III SPARTAN foram apresentados no ASCO-GU 2019, em nova análise de segurança e eficácia de apalutamida em pacientes com câncer de próstata resistente a castração de alto risco, sem disseminação metastática. Os resultados foram apresentados por Eric Small (foto), professor de medicina e urologia na Universidade da California.