Imunoterapia no câncer de mama triplo negativo e novidades do SABCS 2018
Sílvio Bromberg, mastologista do Hospital Albert Einstein, e Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia/Grupo Oncoclínicas, analisam os destaques apresentados no segundo dia (5/12) do San Antonio Breast Cancer Symposium. Entre os highlights, dados adicionais do estudo IMPassion 130, que avaliou o impacto do anti PD-L1 atezolizumabe no câncer de mama triplo negativo, assim como os resultados do estudo Katherine, com trastuzumabe-entansina (T-DM1) no câncer de mama HER 2+ invasor com doença residual após QT neo. Assista.
Os dados do ensaio NRG (NSABP B-39 / RTOG 0413) apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium indicam que as taxas de risco de recorrência do câncer de mama ipsilateral 10 anos após o tratamento são discretamente maiores em mulheres submetidas à irradiação parcial acelerada da mama (PBI, da sigla em inglês) após lumpectomia, em comparação com aquelas tratadas com irradiação de toda a mama (WBI, da sigla em inglês). Os resultados foram apresentados por Frank Vicini (foto), diretor do Instituto de Radioterapia em Pontiac, Michigan, e um dos autores do estudo.
Trastuzumabe entansina (T-DM1) adjuvante melhora a sobrevida livre de doença invasiva (IDFS) em pacientes com câncer de mama precoce HER2-positivo com doença residual invasiva na cirurgia após neoadjuvância com quimioterapia e trastuzumabe. Os dados do estudo fase III KATHERINE foram apresentados no 2018 San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS 2018) por Charles Geyer Jr., professor na Virginia Commonwealth University, e publicados simultaneamente no
Resultados de uma análise interina do estudo internacional de fase III MAIA mostraram que a adição da imunoterapia daratumumabe (DARA) à terapia padrão com lenalidomida e dexametasona (Rd) prolongou significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com mieloma múltiplo recém diagnosticados não elegíveis para transplante de células-tronco. Os dados do estudo MAIA, selecionado como late-breaking abstract na ASH 2018, foram apresentados por Thierry Facon (foto), principal autor do trabalho e médico do Hospital Claude Huriez em Lille, França.
Um novo estudo sugere que a administração do anticoagulante oral direto (DOAC) rivaroxabana pode reduzir o risco de tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes submetidos a tratamentos contra o câncer sem aumentar substancialmente o risco de problemas de sangramento. Os resultados do estudo CASSINI foram apresentados pelo oncologista Alok A. Khorana (foto), da Cleveland Clinic Lerner College of Medicine e Case Western Reserve University, na sessão de late-breaking abstracts da ASH 2018.
Pesquisadores australianos identificaram uma mutação genética (Gly101Val) na proteína BCL2 que causa resistência à terapia-alvo venetoclax em pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC). O estudo foi apresentado por Piers Blombery (foto), do Peter MacCallum Cancer Center e Royal Melbourne Hospital, durante a sessão de late-breaking abstracts do ASH 2018 e publicado simultaneamente no periódico
O tratamento adjuvante do câncer de mama triplo-negativo em estágio inicial com o agente quimioterápico capecitabina não melhorou significativamente a sobrevida global ou a sobrevida livre de doença em comparação com a observação. Os dados do estudo randomizado de fase III GEICAM/CIBOMA foram apresentados no 2018 San Antonio Breast Cancer Symposium por Miguel Martín (foto), professor e chefe do Serviço de Oncologia Médica do Hospital Gregorio Marañón, Universidad Complutense, em Madri, Espanha. O trabalho contou com a participação de especialistas brasileiros.