Quimio adjuvante no CPNPC estádio I com alto risco de recorrência
O papel da quimioterapia adjuvante no câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) estádio I é controverso. Agora, estudo apresentado na ASCO 2019 por Yasuhiro Tsutani (foto), da Hiroshima University, Japão, demonstrou que o tratamento adjuvante pode melhorar a sobrevida de pacientes com CPNPC estádio I com fatores de alto risco para recorrência.
O oncologista Max Mano (foto) é primeiro autor de estudo apresentado na Sessão de Pôster da ASCO 2019, com os resultados de um survey enviado a cerca de 8 mil membros de sociedades médicasde oncologia latino-americanas. O objetivo foi avaliar competências de liderança, no esteio de Citaku et el, autores que identificaram um conjunto de competências em líderes norte-americanos e europeus envolvidos com a educação médica.
Os dados do International Duration Evaluation of Adjuvant Chemotherapy (IDEA) Collaboration estão novamente em destaque na ASCO, agora com apresentação dos resultados de uma análise prospectiva pré-planejada de pacientes com câncer colorretal estádio II de alto risco em 4 estudos randomizados de fase III conduzidos concomitantemente (SCOT, TOSCA, ACHIEVE-2, HORG). O objetivo foi avaliar a não-inferioridade de três meses de tratamento com FOLFOX/CAPOX adjuvante em comparação com seis meses nessa população. O oncologista Timothy Iveson (foto), do Hospital Universitário Southampton NHS Foundation Trust, Reino Unido, é o primeiro autor.
Em pacientes com câncer de cólon estádios II e III de alto risco, a sobrevida livre de doença em três anos depende do regime adjuvante administrado, e a escolha e duração da quimioterapia devem ser personalizadas. Os resultados são da participação do Hellenic Oncology Research Group (HORG) no estudo IDEA (International Duration Evaluation of Adjuvant Chemotherapy Collaboration) e foram apresentados na ASCO 2019 por Ioannis Sougklakos (foto), professor de oncologia na Universidade de Creta, Grécia.
O oncologista Thiago Bueno, do A C Camargo Cancer Center, é primeiro autor de estudo brasileiro apresentado sábado, 1º de junho, na sessão de pôster da 55ª ASCO (Abstract #: 6061).
Daniel D’Almeida Preto, do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor), é o primeiro autor de estudo aceito para publicação eletrônica na ASCO 2019, avaliando o impacto da sequência de antraciclinas e taxanos na quimioterapia neoadjuvante no câncer de mama HER2-negativo. Os resultados da experiência institucional com 235 pacientes mostram que a sequência de tratamento não influenciou a resposta patológica completa ou os resultados de sobrevida na população avaliada. O trabalho tem como autor sênior o oncologista Cristiano de Pádua Souza, também de Barretos.
Aline Chaves e Thiago Bueno, do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCCP), comentam os destaques da sessão oral de cabeça e pescoço da ASCO 2019, que surpreendeu ao apresentar resultados com impacto na prática clínica. No cenário da doença metastática, análise final do KEYNOTE- 048 demonstrou a eficácia e segurança da combinação de pembrolizumabe + platina +5-FU como tratamento de primeira linha em pacientes com carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço. Outra promessa vem dos resultados de Fase III do estudo TPEx, agora também uma opção importante ao regime EXTREME em pacientes selecionados. Assista.
Os oncologistas Fernando Maluf, Igor Morbeck e Felipe Moraes analisam os destaques da sessão oral de Geniturinário - Próstata apresentados na ASCO 2019, considerando diferentes cenários. Em perspectiva, resultados de longo prazo do estudo francês GETUG-AFU 16, assim como os dados do TITAN, com análises de sobrevida global e sobrevida livre de progressão de apalutamida no contexto da doença metastática hormônio sensível. Na doença metastática resistente a castração, novos dados ajudam a refinar a seleção de tratamento. Assista.
Estudo apresentado na ASCO 2019 demonstrou que a expressão de PSMA na membrana (mPSMA) em biópsias teciduais de câncer de próstata sensível à castração e metastático resistente à castração exibe grande heterogeneidade intra e inter-pacientes. “Mostramos pela primeira vez que as aberrações no gene de reparo de danos do DNA (DDR) estão associadas à alta expressão de mPSMA e podem servir como biomarcadores preditivos para terapias direcionadas ao PSMA”, observou o primeiro autor do estudo, Alec Paschalis.
A adição de apalutamida (APA) ao tratamento de deprivação androgênica (ADT) melhorou a sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP) e sobrevida global (SG) em pacientes com câncer de próstata metastático sensível à castração (mCSPC), com redução de 33% no risco de morte. Os dados são do estudo TITAN, apresentados na ASCO 2019 pelo oncologista Kim N. Chi (foto), médico do BC Cancer Agency, em Vancouver, Canadá, e primeiro autor do trabalho.
A radioterapia de resgate combinada com a hormonioterapia de curto prazo melhorou significativamente a sobrevida livre de metástase em dez anos em comparação com a radioterapia de resgate isolada. Os resultados do estudo randomizado de fase III GETUG-AFU 16 foram apresentados na sessão oral de Tumores Geniturinários – Próstata da ASCO 2019 pelo radioterapeuta Nicolás Magné (foto), da Universidade de Paris VI.