Classificador genômico prognóstico em pacientes com câncer de próstata
Estudo de fase 3 apresentado em sessão oral no ASCO GU 2020 buscou validar o Decipher, um classificador genômico que estima o risco de metástases à distância do câncer de próstata pós-prostatectomia radical. O radio-oncologista Felix Feng (foto), do UCSF Helen Diller Family Comprehensive Cancer Center, em São Francisco, é o primeiro autor do estudo.
Testes preditivos com base na análise de RNAs não codificantes (sncRNA), isolados de exossomos urinários, podem distinguir entre a presença ou ausência de câncer de próstata, além de discriminar doença de baixo e alto grau. Os resultados foram tema de sessão oral no ASCO GU 2020, em apresentação de Laurence Klotz (foto) , da Universidade de Toronto.
Análise post hoc do estudo TITAN apresentada em sessão oral no Simpósio ASCO GU 2020 mostrou que a adição de apalutamida à terapia de privação androgênica (ADT) reduziu o risco de segunda progressão em pacientes com câncer de próstata metastático hormônio sensível, independentemente da terapia subsequente (hormônio ou taxano).
Aproximadamente 20% dos casos de câncer de próstata resistentes ao tratamento perdem a sinalização do receptor de androgênio e podem se transformar em tumores neuroendócrinos resistentes à castração (CRPC-NE). Estudo destacado no ASCO GU 2020 utilizou uma abordagem de biópsia líquida baseada no DNA tumoral circulante (ctDNA) como ferramenta para identificar alterações genômicas e epigenômicas associadas ao CRPC-NE. O Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão (GBOP) analisa os resultados.
O uso de cabozantinibe pode melhorar a resposta aos inibidores de checkpoint imune em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (CPRCm). É o que mostram os resultados de uma das coortes do estudo COSMIC-021 apresentado por Neeraj Agarwal (foto), oncologista no Huntsman Cancer Institute, da Universidade de Utah, no ASCO GU 2020.
Revisão sistemática e meta-análise liderada pelo oncologista Alexandre Jácome (foto), do Grupo Oncoclínicas, avaliou o efeito da adição de bevacizumabe na resposta patológica à terapia pré-operatória de metástases hepáticas de câncer colorretal (CLM). Os resultados foram selecionados para apresentação no ASCO GI 2020, em San Francisco, em sessão de pôster.
Os resultados positivos do TAPUR (Targeted Agent and Profiling Utilization Registry) apresentados no Simpósio ASCO GI 2020 reafirmam o benefício de várias terapias-alvo em pacientes com câncer colorretal avançado. É o caso da combinação do inibidor de MEK cobimetinibe e do inibidor de BRAF vemurafenibe, que mostrou atividade antitumoral em uma coorte de pacientes com mutação BRAF V600E politratados. Os resultados foram relatados por Klute et al. (Abstract 122).
O oncologista Gustavo Sanches Faria Pinto (foto), médico do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor), é primeiro autor de estudo randomizado de fase II selecionado para apresentação no Simpósio ASCO GI. O trabalho avaliou cisplatina mais irinotecano versus cisplatina mais gencitabina no tratamento de câncer avançado ou metastático da vesícula biliar ou do trato biliar.
O radio-oncologista Daniel Moore F. Palhares (foto), do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, é primeiro autor de estudo que buscou avaliar o benefício da radioterapia estereotáxica (SRT) em pacientes com câncer colorretal oligometastático não candidatos à cirurgia. Os resultados foram apresentados no ASCO GI 2020, em sessão de pôster.
A oncologista Renata Reis Figueiredo (foto), fellow do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, apresentou na sessão de pôster do ASCO GI 2020 estudo retrospectivo, de centro único, avaliando o uso da radioterapia estereotáxica (SRT) no tratamento de tumores metastáticos do trato gastrointestinal.
O oncologista Paulo Hoff (foto), diretor-geral do ICESP, é co-autor de estudo multicêntrico selecionado para General Session no Simpósio ASCO GI 2020, com análise de sobrevida de 5.289 pacientes com câncer colorretal metastático. Os resultados correlacionam tratamento, idade e resultados clínicos, indicando que a chance de receber terapia de segunda linha diminuiu 11% a cada década adicional de vida.