TOPAZ-1: uso de antibióticos em pacientes com câncer do trato biliar avançado
Pacientes com câncer do trato biliar avançado tratados com durvalumabe podem ser tratados com antibióticos quando clinicamente indicado. Os resultados são de análise exploratória de subgrupo que avaliou a sobrevida global e sobrevida livre de progressão por uso de antibiótico sistêmico durante o estudo TOPAZ-1, e foram selecionados para apresentação em pôster no ASCO GI 2023.
Kaique Ferreira Costa de Almeida (foto) é primeiro autor de estudo aceito para apresentação em poster no ASCO GI`2023, com resultados do mundo real de pacientes com tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos tratados com análogos da somatostatina em um hospital universitário do sistema único de saúde.
Destacado no ASCO GI`23 em sessão oral, o anticorpo zolbetuximab demonstrou benefício clínico e estatisticamente significativo como primeira linha de tratamento de pacientes com câncer gástrico ou de junção gastroesofágica (GEJ, da sigla em inglês) avançado com expressão da proteína Claudin 18.2 (CLD18.2). Os dados de estudo randomizado de fase 3 (SPOTLIGHT) mostram que zolbetuximab aumentou a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global nessa população de pacientes, combinado ao padrão mFOLFOX6. “É a primeira terapia-alvo que modifica a abordagem de primeira linha do câncer gastroesofágico avançado desde a introdução do trastuzumabe, há 12 anos”, observa o oncologista Duílio Rocha Filho (foto).
A associação da radioterapia estereotática corporal (SBRT) ao tratamento com sorafenibe melhorou a sobrevida global e sobrevida livre de progressão em pacientes com carcinoma hepatocelular, sem aumento significativo de eventos adversos e com benefício de qualidade de vida em 6 meses. Os resultados são de estudo selecionado para apresentação oral no ASCO GI 2023.
Resultados do ensaio de fase 2 (INFINITY) que avalia a combinação de tremelimumabe e durvalumabe no adenocarcinoma gástrico ou de junção gastroesofágica (GAC/GEJAC) foram selecionados para apresentação em Rapid Abstract Session no simpósio ASCO GI`23.
Uma nova terapia anti-HER2 eficaz para tumores com baixa expressão de HER2 é necessária no tratamento do câncer gástrico avançado. A conclusão é de estudo apresentado no ASCO GI`23 por Nakayama et al., pesquisadores da Japanese Foundation For Cancer Research (JFCR).
Estudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO GI 2023 buscou determinar a eficácia da quimiorradiação de longa duração (LCRT) versus radioterapia de curta duração (SCRT) em relação à preservação de órgãos em pacientes com câncer de reto. “Nesta comparação não randomizada, embora as taxas de resposta clínica completa tenham sido semelhantes, observamos uma taxa de preservação de órgãos numericamente maior com a terapia neoadjuvante total com quimiorradiação de longa duração”, observaram os autores.
Qual o momento ideal da coleta de sangue para detecção confiável de doença residual mínima (DRM) após cirurgia ou terapia adjuvante no câncer colorretal? É o que buscou avaliar estudo apresentado no ASCO GI`23 por Stacey A. Cohen, do Fred Hutchinson Cancer Center.
Estudo de fase 3 (OPERA) destacado no ASCOGI`23 buscou avaliar o escalonamento da dose de radiação comparando braquiterapia de raios-X de contato [CXB] (Papillon) versus External Beam Radiation Therapy (EBRT) no câncer retal. Os resultados finais apresentados por Arthur Sun Myint, do Clatterbridge Cancer Centre, sugerem que esta opção deve ser discutida com os pacientes que desejam evitar a cirurgia e um estoma como tratamento inicial.
Análise interina de estudo de Fase II (QUILT-88) que avalia a chamada Nant Cancer Vaccine em pacientes com câncer de pâncreas metastático apresentou resultados na ASCO GI 2022, mostrando que a taxa de sobrevida global em três meses dobrou em comparação com a taxa de sobrevida histórica, com toxicidade manejável. “Trata-se de um estudo de fase II pequeno e ainda com dados muito imaturos sobre um tratamento em câncer de pâncreas que embora inovador, é algo complexo e com toxicidade não desprezível”, salienta Allan Pereira (foto), oncologista do Hospital Sírio-Libanês e supervisor do Programa de Residência em Oncologia do Hospital de Base do Distrito Federal.
Estudos pré-clínicos e clínicos em vários tumores sólidos demonstraram atividade imunomoduladora favorável do anti-VEGFR2/MET/AXL com amplo espectro inibitório de multiquinases cabozantibe, com sinergia clínica observada quando combinado com inibidores de PD-1/PD-L1. Agora, no ASCO GI 2022 foram apresentados os resultados do estudo FASE II da coorte colorretal do basket trial gastrointestinal de fase Ib CAMILLA. “CAMILLA é um estudo basket fase Ib/II que avalia cabozantinibe em combinação com durvalumabe com ou sem tremelimumabe em pacientes com câncer avançado gastroesofágico e gastrointestinal”, esclarece o oncologista Rivadávio Antunes de Oliveira (foto), coordenador da residência médica do Hospital do Câncer de Londrina.