SYMPATICO: venetoclax + ibrutinibe no linfoma de células do manto recidivante/refratário
A combinação de ibrutinibe e venetoclax demonstrou melhoria estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão em comparação com ibrutinibe + placebo em pacientes com linfoma de células do manto recidivante/refratário. Os resultados são de análise primária do estudo de Fase 3 SYMPATICO, selecionado como Late Breaking Abstract (LBA-2) no ASH 2023. Michael Wang (foto), professor na Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center, é o primeiro autor do trabalho.
Ainda existem lacunas em nosso conhecimento sobre causas hereditárias e esporádicas de malignidades hematológicas (MH) e insuficiência da medula óssea (IMO) que impedem o diagnóstico ideal, a vigilância da doença e o tratamento. Estudo destacado no ASH 2023 relatou a descoberta do ERG como um novo gene de predisposição para IMO e MH.
Estudo brasileiro selecionado para o ASH 2023 buscou apresentar resultados e identificar fatores prognósticos para a sobrevida de adultos recém-diagnosticados com leucemia linfoblástica aguda de células T (LLA-T), utilizando dados de um estudo multicêntrico de registro de mundo real realizado na América Latina. O hematologista Wellington Fernandes da Silva (foto), médico do ICESP/FMUSP, é o autor sênior do trabalho.
O status da doença residual mensurável (DRM) no sangue periférico após dois ciclos de quimioterapia em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) com mutação de nucleofosmina (NPM1) foi preditivo da melhora na sobrevida após o transplante alogênico de células-tronco (alo-SCT) na primeira remissão completa (CR1). É o que demonstra estudo apresentado por Jad Othman (foto), da NHS Foundation Trust, em Londres, no ASH 2023.
A combinação de ibrutinibe e venetoclax melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global em comparação com o regime FCR (fludarabina, ciclofosfamida e rituximabe) em pacientes com leucemia linfocítica crônica sem tratamento prévio. “A eficácia observada no estudo FLAIR apoia a combinação com duração guiada por doença residual mensurável como o novo padrão de tratamento”, afirmaram os autores em apresentação no ASH 2023. Os foram publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).
Eduardo Magalhães Rego (foto), professor de onco-hematologia da USP e coordenador da Hematologia D’Or, é o primeiro autor de estudo selecionado para apresentação em pôster no ASH 2023 que busca descrever a epidemiologia, características clínicas e demográficas, padrões de tratamento, resultados de sobrevida e uso de recursos de saúde de pacientes latino-americanos com leucemia mieloide aguda recém-diagnosticada.
O tratamento com a terapia com células T do receptor de antígeno quimérico CD19 (CAR) lisocabtagene maraleucel (liso-cel) produziu respostas significativa e baixas taxas de eventos adversos graves em pacientes com linfoma folicular de alto risco ou refratário, como indicam resultados do estudo de fase II TRANSCEND, destacado no programa científico do 65º encontro anual da Sociedade Americana de Hematologia (ASH).
O estudo de fase III IsKia avaliou a eficácia e segurança de isatuximabe-carfilzomibe-lenalidomida-dexametasona (Isa/KRd) como indução pré- transplante autólogo (TACT) e consolidação pós-TACT versus KRd (carfilzomibe + lenalidomida + dexametasona) em pacientes com mieloma múltiplo recém-diagnosticado elegíveis para transplante. Os resultados mostram que a adição de isatuximabe à indução e consolidação com KRd aumentou significativamente as taxas de negatividade de doença residual mínima em todas as fases do tratamento em comparação com KRd, sem novas preocupações de segurança.
A combinação do anticorpo CD3xCD20 biespecífico epcoritamab com lenalidomida mostrou atividade antitumoral promissora com um perfil de segurança favorável em pacientes com linfoma difuso de grandes células B recidivante/refratário. Os resultados são de análise do estudo EPCORE NHL-5 (braço 1), selecionado para apresentação oral no ASH 2023.
Resultados preliminares mostraram que a infusão de 30 minutos do anticorpo anti-CD38 istauximabe é um método de administração viável, bem tolerado e conveniente para pacientes com mieloma múltiplo recém-diagnosticado. Os resultados são de estudo de fase 1b selecionado para publicação eletrônica n ASH 2023.
A brasileira Thais Fischer (foto), médica da Santa Casa de São Paulo e do A.C.Camargo Cancer Center, é primeira autora de estudo que descreveu a epidemiologia dos Linfomas Periféricos de Células T (LPCT) na América Latina, características clínicas e desfechos dos pacientes. Os resultados refletem a maior coorte agrupada de subtipos de LPCT na América Latina.