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Coberturas Especiais

Uma dieta rica em ômega-3 e pobre em ômega-6 com óleo de peixe por 1 ano resultou em uma redução significativa no índice Ki-67 (em comparação ao grupo controle), um biomarcador para progressão, metástase e morte do câncer de próstata, em pacientes com doença grau 1 ou 2 em vigilância ativa. Os resultados são do ensaio clínico randomizado CAPFISH-3, apresentados por William Aronson (foto), urologista na Universidade da Califórnia (UCLA), em sessão Rapid Oral Abstract no ASCO GU 2025.

Análise interina do ensaio ENZA-p com acompanhamento mediano de 20 meses mostrou melhora na sobrevida livre de progressão do PSA e na profundidade da resposta do PSA com a adição de LuPSMA à enzalutamida como tratamento de primeira linha para câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm) de alto risco. No ASCO GU 2025, dados de acompanhamento mais prolongado apresentados por Louise Emmett (foto) mostram que LuPSMA mais enzalutamida melhorou a sobrevida global (mediana de 34 vs 26 meses) e foi superior em todos os desfechos avaliados, incluindo saúde global e qualidade de vida.

Revisão sistemática e meta-análise apresentada no ASCO GU 2025 pelo urologista Gustavo Franco Carvalhal (foto) buscou avaliar a incidência de insuficiência renal aguda (IRA) em pacientes com câncer de próstata em terapia de privação de andrógeno (ADT). Os resultados mostram que a ADT foi associada a um risco aumentado de IRA, enquanto nenhuma associação estatística foi encontrada entre o uso de agonistas de GnRH e IRA. A orquiectomia apresentou menor risco de comprometimento renal comparada aos agonistas de GnRH.

Análise secundária do estudo de Fase III VISION apresentada no ASCO GU 2025 comparou a eficácia e a segurança do radioligante 177Lu-PSMA-617 em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm) tratados com versus sem inibidores da via do receptor de andrógeno (ARPIs) concomitante. Os resultados indicam que a sobrevida global (SG) foi significativamente diferente em pacientes tratados com ARPIs concomitante vs aqueles sem, enquanto outros desfechos de eficácia não diferiram. “Esses achados devem ser considerados como geradores de hipóteses e uma análise multivariada foi planejada para verificar a influência de potenciais vieses, como a exposição variada a ARPIs e características diferentes dos pacientes”, analisam os pesquisadores.

Estudo selecionado como Late Breaking Abstract (LBA138) no ASCO GU 2025 demonstrou que a associação de mevrometostat (M), um potente inibidor do zeste homólogo 2, com enzalutamida (E), conferiu resultados superiores em comparação com enzalutamida isolada em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm), com um perfil de eventos adversos ​​manejável. Apresentados em sessão Rapid Oral, os resultados indicam que na combinação M+E, mevrometostat 875 mg com alimentos tem exposição plasmática semelhante a M 1250 mg com estômago vazio.

Avanços na triagem e tratamento do câncer de próstata estão entre os destaques do Simpósio de Cânceres Geniturinários da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO GU) de 2025, que acontece de 13 a 15 de fevereiro em São Francisco, Califórnia. O encontro é o único evento global multidisciplinar para novos dados de alto impacto sobre a pesquisa, diagnóstico e tratamento de malignidades GU, incluindo câncer de bexiga e urotelial, câncer de próstata, testículos, câncer renal e tumores de glândulas adrenais.

No estudo AEGEAN, durvalumabe perioperatório (D) + quimioterapia (QT) neoadjuvante melhorou significativamente a sobrevida livre de eventos e a resposta patológica completa em comparação a QT neoadjuvante isoladamente em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas ressecável (R-CPCNP), com perfil de segurança consistente com os agentes individuais. Na ELCC 2025, Giulia Pasello (foto), da Universidade de Padova, apresentou dados relatados pelos pacientes (PRO, de patient-reported outcomes), com resultados que apoiam ainda mais durvalumabe perioperatório como nova opção de tratamento para essa população de pacientes.

Suresh S. Ramalingam (foto), oncologista do Winship Cancer Institute da Emory University  apresentou na ELCC 2025  dados atualizados do ensaio de Fase III LAURA. Os resultados confirmam tendência do benefício de sobrevida global com osimertinibe no tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) estágio III em pacientes com mutação de EGFR.

Estudo apresentado no ELCC 2025 pelo cirurgião torácico Marco Nardini (foto), do NHS Trust, fornece uma pontuação de risco pré-operatório para prever a complexidade da cirurgia em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) estágio II-III após nivolumabe neoadjuvante. Os resultados mostram que a ferramenta pode dar suporte a um melhor planejamento e entrega mais segura dos procedimentos.

Estudo selecionado para apresentação em sessão mini-oral na ELCC 2025 buscou validar um escore de malignidade de nódulo pulmonar baseado em inteligência artificial (qXR-LNMS) para detectar nódulos pulmonares incidentais (NPIs) de alto risco em 5 países (Egito, Índia, Indonésia, México, Turquia). “O valor preditivo positivo e o valor preditivo negativo observados demonstram a utilidade do escore baseado em IA para prever o risco provável de NPI benigno e maligno na radiografia do tórax em comparação com a avaliação do radiologista da tomografia computadorizada de baixa dose”, destacaram os autores.