ASCO 2017: Quimioterapia oral prolonga a sobrevida no câncer do trato biliar
Um ensaio clínico randomizado de fase III com 447 pacientes com câncer de vias biliares (BTCs, câncer de duto biliar e vesícula biliar) demonstrou que a administração de capecitabina após a cirurgia prolonga a sobrevida por cerca de 15 meses, em média, em comparação com a cirurgia isolada. Os dados do estudo britânico BILCAP serão apresentados no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2017), em Chicago, e podem fornecer a base para um novo padrão de cuidados na doença. A oncologista Renata D'Alpino Peixoto comenta o estudo.
Dois trabalhos que serão apresentados na 53ª ASCO, em Chicago, mostram a importância da nutrição e da atividade física na qualidade de vida do sobrevivente de câncer de cólon. Um estudo avaliou os benefícios de um estilo de vida saudável para diminuir a chance de recorrência e morte pela doença (abstract
Em um dos primeiros grandes estudos a explorar o possível impacto da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) nas infecções orais pelo HPV, os pesquisadores confirmaram que ela pode conferir um alto grau de proteção. No entanto, as taxas de vacinação contra o HPV permanecem baixas, especialmente entre os homens, o que limita os benefícios da vacina em nível populacional nos EUA. O estudo será apresentado na próxima reunião anual da ASCO, em Chicago.
O brasileiro Gilberto Lopes (foto) está no programa da sessão educacional, na sexta-feira, dia 2, com apresentação que destaca a importância de diretrizes de conduta para diferentes contextos e realidades1.
Os números são superlativos. São 30 mil inscritos na 53ª reunião anual da ASCO, o maior encontro da oncologia mundial, que acontece de 2 a 6 de junho no tradicional centro de convenções McCormick Place, em Chicago. Com o tema Making a Difference in Cancer Care With You, a edição deste ano é um apelo à responsabilidade de cada um na linha de cuidados com o paciente oncológico. Este ano, 2.150 abstracts foram aceitos para apresentação durante a conferência e mais 2.890 abstracts terão publicação online.
Os dez estudos em câncer de mama que foram destaque em 2017 no San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS) são abordados em artigo dos membros da LACOG/GBECAM Tomás Reinert, médico do Hospital do Câncer Mãe de Deus, e Marcio Debiasi, oncologista Clínico do Breast International Group (Bélgica).
Douglas Crispim, médico geriatra e secretário geral da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), e André Filipe Junqueira dos Santos, vice-presidente da ANCP, comentam os estudos em cuidados paliativos que foram destaque em 2017.
Mais uma vez, o melanoma está entre as neoplasias com maior mudança na prática clínica. Em artigo, os médicos Francisco Belfort, Alberto Wainstein e Rafael Schmerling, membros Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM), discutem os progressos que impactaram o tratamento da doença.
Três estudos clínicos de maior impacto – IDEA, FLOT4 e BILCAP – estão na análise do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) como os destaques do panorama GI em 2017. Leia artigo de Anelisa Coutinho, Rachel Riechelmann, Renata D'Alpino Peixoto e Rui Weschenfelder.
O Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) aponta progressos e desafios que marcaram o ano no tratamento do câncer de pulmão, em análise de Clarissa Mathias, Samira Mascarenhas e Ana Gelatti.
A Sociedade Latino-Americana de Neuro-Oncologia (SNOLA) discute o que foi destaque em 2017 nos dois principais congressos– ASCO e SNO - além de apontar as evidência e controvérsias de publicações de alto impacto que marcaram o ano. O artigo é de Caroline Chaul Barbosa, neuro-oncologista do Hospital Sírio Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).