Onconews - ÚLTIMAS NOTÍCIAS - Page #91

Últimas Notícias

Jessé Lopes da Silva (foto) é primeiro autor de estudo que analisou fatores e tendências associados ao local de morte por câncer no Brasil, no período de 2002 a 2021. A oncologista Andreia Cristina de Melo é autora sênior (na foto, à direita). Os resultados foram publicados no Lancet Regional Health Americas e mostram que apenas 17,7% das mortes por câncer no Brasil ocorrem no domicílio, com tendências distintas ao longo do tempo, associadas a diferenças regionais, raciais e de nível educacional.

Cerca de 1,5 mil participantes da Argentina, Brasil, Chile, México e Uruguai compõem a base de análise do Estudo de Perfil Molecular do Câncer de Mama, com resultados que representam avanços significativos na compreensão de procedimentos oncológicos em cenários de mundo real na América Latina. As pesquisadoras Dirce Maria Carraro (foto), do AC Camargo Cancer Center, Maria Aparecida Nagai, do ICESP, e Marcia Maria Marques, do Hospital de Câncer de Barretos, participam do estudo, publicado no JCO Global Oncology.

Estudo que buscou definir referências globalmente aplicáveis para exenteração pélvica em pacientes com câncer retal primário localmente avançado (LARC) e recidivado (LRRC) estabeleceu 10 parâmetros que representam o melhor padrão de cuidados, a partir de indicadores de 16 centros mundiais altamente especializados. Os resultados estão no Annals of Surgery, em publicação ahead of print, com participação dos brasileiros Samuel Aguiar Jr e Tiago Bezerra (foto), do A. C. Camargo Cancer Center.

Pesquisadores da Johns Hopkins identificaram que variações específicas em três genes relacionados à manutenção do comprimento dos telômeros – as extremidades protetoras do DNA nos cromossomos – podem explicar até 4,5% dos cânceres papilares da tireoide. Os achados estão no The American Journal of Human Genetics e confirmam pesquisas anteriores da mesma instituição, indicando que telômeros muito longos estão ligados ao desenvolvimento de certos tipos de câncer.

A Sociedade Internacional de Neoplasia Anal (IANS) desenvolveu diretrizes de consenso para o rastreamento do câncer anal entre vários grupos de alto risco. As diretrizes foram publicadas no Internal Journal of Cancer e fornecem uma base fundamental para definir consensos e implementar rastreamentos orientados para o risco com foco na prevenção do câncer anal. A coloproctologista Bruna Vailati (foto) analisa as recomendações. 

Entre 2001 e 2018, 41% das indicações de medicamentos contra o câncer que incluíam avaliação de sobrevida global não tinham dados completos no momento da aprovação da Food and Drug Administration (FDA). Dados adicionais disponibilizados após a aprovação revelam que mais de 60% destas indicações não mostraram nenhum benefício de sobrevida estatisticamente significativo nas indicações aprovadas, como descreve artigo de Naci et al. no Lancet Oncology.

Artigo de revisão publicado no Journal of Cancer Survivorship analisou a literatura publicada após o think tank do National Cancer Institute realizado em 2018 - “Medindo o Envelhecimento e Identificando Fenótipos de Envelhecimento em Sobreviventes de Câncer”, que discutiu resultados funcionais físicos e cognitivos entre sobreviventes de câncer tratados com quimioterapia.

A taxa global de mortalidade por câncer nos Estados Unidos diminuiu 33% entre 1991 e 2020, em grande parte devido aos avanços na prevenção, detecção precoce e tratamento. Estes avanços, no entanto, não beneficiaram a todos igualmente. “Uma longa história de racismo, segregação e discriminação contra grupos populacionais marginalizados conduziu a desigualdades estruturais e injustiças sistêmicas que têm um impacto negativo na assistência contra o câncer”, destaca o Relatório de Progresso das Disparidades do Câncer 2024, produzido pela Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR).