Guideline: ASCO e ASH reconhecem segurança da epoetina alfa biossimilar
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e a Sociedade Americana de Hematologia (ASH) publicaram uma diretriz atualizada sobre o uso de agentes estimuladores da eritropoiese (ESAs) no tratamento do câncer. Esta é a primeira diretriz a abordar a epoetina alfa biossimilar.
Anne S. Tsao, importante autoridade da oncologia torácica mundial, levantou dúvidas sobre a indicação do anti PD-1 pembrolizumabe para um amplo espectro de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células metastático (CPNPC). “Pembrolizumabe melhorou a sobrevida global versus quimioterapia, mas apenas em pacientes com escore de proporção tumoral (TPS) ≥ 50%. No entanto, o FDA surpreendentemente expandiu a indicação de pembrolizumabe na primeira linha para incluir todos os pacientes com TPS ≥1%”, escreveu Tsao, em artigo publicado na NEJM Journal Watch.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou um guideline1 sobre a duração da quimioterapia adjuvante com fluoropirimidina e oxaliplatina em pacientes com câncer de cólon estádio III completamente ressecados. As recomendações consideram os resultados dos ensaios clínicos randomizados do International Duration Evaluation of Adjuvant Chemotherapy (IDEA) Collaboration que compararam 6 meses versus 3 meses de quimioterapia baseada em oxaliplatina nesse subgrupo de pacientes. A oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Pesquisa do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e Diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center, comenta as diretrizes.
O Food and Drug Administration (FDA) aprovou o erdafitinib (Balversa™, Janssen Pharmaceutical), para o tratamento de adultos com carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático que apresentam mutações no FGFR3 ou FGFR2 e que progrediram a pelo menos uma linha de quimioterapia anterior com platina. Primeiro inibidor da quinase FGFR aprovado pelo FDA, o medicamento foi classificado como Breakthrough Therapy e recebeu aprovação acelerada da agência norte-americana.
Estudo publicado no JAMA Oncology demonstrou que um terço dos pacientes com diagnóstico de câncer nos Estados Unidos utiliza terapias complementares, como meditação, ioga, acupuntura, fitoterapia e suplementos. Liderado por pesquisadores do Southwestern Medical Center, o trabalho mostrou ainda que cerca de 29% daqueles que utilizam tratamentos não convencionais não relataram o uso aos seus médicos. “A falta de relato dos pacientes é, pelo menos em parte, culpa dos médicos, que censuram quando deviam acolher e explicar”, avalia o oncologista Ricardo Caponero (foto), coordenador do Centro Avançado de Terapia de Suporte e Medicina Integrativa do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
A imunoterapia de manutenção não melhora a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão pequenas células (CPPC) com doença estável após a quimioterapia. É o que indicam os resultados do estudo Fase III CheckMate451 apresentados no European Lung Cancer Congress (ELCC) 2019.
Os resultados de um estudo1 retrospectivo de mundo real com pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado tratados com imunoterapia sugerem que pacientes idosos (≥70 anos) podem ter uma sobrevida global mais curta do que pacientes mais jovens. Os dados foram apresentados no European Lung Cancer Congress 2019 que acontece entre os dias 10 e 13 de abril em Genebra, Suíça. O oncologista Mauro Zukin (foto), do Americas Centro de Oncologia Integrado, no Rio de Janeiro, comenta o trabalho.
A adição de fulvestranto a anastrozol foi associada a ganho de sobrevida (50 meses) e sobrevida livre de progressão (15 meses), em comparação com anastrozol em monoterapia (42 e 13,5 meses, respectivamente) como primeira linha no tratamento de mulheres pós-menopausa com câncer de mama receptor hormonal positivo. Os resultados foram publicados na New England Journal of Medicine e indicam que o benefício foi maior em pacientes sem exposição prévia à terapia endócrina adjuvante. A oncologista Laura Testa, chefe da equipe de oncologia mamária do ICESP, comenta os resultados.
Mulheres assintomáticas com risco médio para câncer de mama devem discutir com seus médicos sobre a necessidade do rastreamento com mamografia antes dos 50 anos de idade. Publicadas no Annals of Internal Medicine, em acesso aberto, as novas recomendações do American College of Physicians sugerem que os potenciais danos superam os benefícios na maioria das mulheres com idade entre 40 e 49 anos. O oncologista José Bines (foto), Coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital São Vicente, no Rio de janeiro, e membro do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM/LACOG), comenta as diretrizes.
Uma nova plataforma promete melhorar a eficiência dos estudos clínicos em neuro-oncologia e avançar em abordagens na oncologia de precisão. É o que sinalizam os resultados do INSIGhT (Individualized Screening Trial of Innovative Glioblastoma Therapy), publicados no JCO Precision Oncology. A oncologista Camilla A.F. Yamada (foto), chair do LACOG Neuro-Oncology Group, comenta os achados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de cemiplimabe (Libtayo®, Sanofi Genzyme), para o tratamento de pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular de pele localmente avançado ou metastático que não sejam candidatos a cirurgia ou radioterapia.