O campo da oncologia está negligenciando a saúde sexual e as toxicidades reprodutivas das terapias contra o câncer? Análise de David J Benjamin e Mark P Lythgoe publicada no Lancet Oncology destaca dois exemplos recentes, ressaltando a importância do monitoramento de ensaios clínicos e de aprimorar relatórios de segurança.
A maioria dos oncologistas concorda que abordar a função sexual é uma responsabilidade fundamental, mas a escassez de tempo, treinamento e conhecimento são fatores que inibem a oferta de aconselhamento. Nesta análise, Benjamin e Lythgoe refletem sobre os efeitos do tratamento oncológico na saúde sexual e na fertilidade do paciente de câncer.
Com a crescente incidência de câncer, particularmente entre indivíduos jovens (por exemplo, câncer colorretal), os autores destacam a importância de aumentar o conhecimento e a conscientização de médicos e pacientes sobre os efeitos potenciais do tratamento do câncer na saúde sexual e no potencial reprodutivo.
Para dar relevo ao debate, dois exemplos concretos chamam a atenção para a importância do monitoramento de ensaios clínicos, assim como iluminam o valor dos relatórios de segurança. “Buscamos a orientação da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA sobre o desenho de ensaios clínicos para entender melhor e, se possível, mitigar tais efeitos no futuro”.
Referência:
Sexual health and reproductive toxicity from cancer therapies. Benjamin, David J et al. The Lancet Oncology, Volume 26, Issue 4, 408 – 410 https://doi.org/10.1016/S1470-2045(24)00733-2