Novo regime é alternativa no tratamento neoadjuvante do câncer retal
Estudo randomizado de Fase III (CONVERT) realizado por pesquisadores chineses comparou o padrão de quimiorradioterapia (CRT) em pacientes com câncer retal localmente avançado (LARC) sem envolvimento da fáscia mesorretal (MRF) com capecitabina na quimioterapia neoadjuvante com CapeOx nessa população de pacientes. Os resultados apresentados no ESMO 2021 sugerem que o novo regime pode ser uma alternativa potencial para CRT em LARC, com taxas semelhantes de resposta patológica completa e downstage, além de menos metástase à distância perioperatória e menor número de colostomia preventiva em comparação com nCRT. Quem analisa o trabalho é o cirurgião colorretal Rodrigo Oliva Perez (foto), médico do Instituto Angelita e Joaquim Gama.
Estudo randomizado internacional de Fase III apresentou resultados de segurança e eficácia da radioembolização transarterial com ítrio-90 (TARE) em combinação com quimioterapia sistêmica no cenário de segunda linha para metástases hepáticas do câncer colorretal.
Pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado ou metastático com alterações genômicas acionáveis derivam benefício limitado dos tratamentos disponíveis após falha aos inibidores de tirosina quinase (TKIs) e quimioterapia baseada em platina. Estudo multicêntrico com foco nessa população de pacientes apresentou no ESMO 2021 em sessão mini-oral resultados encorajadores do conjugado anticorpo-droga datopotamab deruxtecan (Dato-DXd).
Solange Sanches (foto), do AC Camargo Cancer Center, é autora sênior de estudo que se propõe a avaliar o perfil clínico e prognóstico do câncer de mama metastático com pseudocirrose, aceito para o ESMO Congress 2021.
Selecionado para apresentam na sessão Trials in Progress do ESMO 20201, o estudo DESTINY-Breast12 avalia a eficácia do conjugado anticorpo-droga trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) em pacientes com câncer de mama HER2-positivo avançado/metastático e metástases cerebrais previamente tratados.
A combinação de nivolumabe e quimioterapia continua a demonstrar benefício de sobrevida clinicamente significativo a longo prazo em comparação com a quimioterapia isolada na 1ª linha de tratamento de tumores gastrointestinais do trato alto. Os resultados são do estudo CheckMate 649, selecionado como Late Breaking Abstract no ESMO 2021. A oncologista Arinilda Campos Bragagnoli (foto), do Hospital de Câncer de Barretos, é coautora do trabalho.
Estudo randomizado de Fase 3 (EMPOWER-Lung 3), de 2 partes, avalia o tratamento de primeira linha com o anti PD-L1 cemiplimabe em pacientes com câncer de pulmão avançado, escamoso ou não escamoso, sem mutações acionáveis. Os resultados destacados no ESMO Congress 2021 mostram que cemiplimabe atingiu o desfecho primário de sobrevida global, estatisticamente significativa, e ainda mostrou benefício em outros desfechos avaliados, incluindo melhor sobrevida livre de progressão, taxa de resposta e duração de resposta. Aline Fares (foto), oncologista do Hospital de Base (HB-ONCO), de São José do Rio Preto/SP, comenta os resultados.
Ribociclibe foi o primeiro inibidor de ciclinas a demonstrar benefício de sobrevida global em pacientes na pós-menopausa com câncer de mama avançado receptor hormonal positivo / HER2 negativo (HR + / HER2−) tratadas com terapia endócrina. É o que aponta o ensaio MONALEESA-2, destacado entre os late breaking abstracts do ESMO Congress 2021. "Os resultados apresentados, com benefício de sobrevida global, consolidam ainda mais o papel do ribociclibe na primeira linha para essa população de pacientes, agora no cenário pós-menopausa”, avalia Fabio Franke (foto), oncologista do do Oncosite Centro de Pesquisa Clínica em Oncologia, de Ijuí-RS.
A atualização dos resultados de sobrevida global do estudo Fase II DESTINY-Breast01 foram apresentadas no ESMO 2021, em pôster eletrônico que tem a oncologista Cristina Saura, do Vall d´Hebron Institute of Oncology (VHIO), como primeira autora. O estudo avalia o conjugado anticorpo-droga trastuzumabe duruxtecana (T-DXd) em pacientes com câncer de mama metastático HER2-positivo.
Estudo randomizado de Fase III (ARCHES) apresentou resultados da análise final de sobrevida global e confirmou o benefício clínico de enzalutamida em pacientes com câncer de próstata metastático hormônio sensível. José Maurício Mota (foto), chefe do Grupo de Tumores Geniturinários da Oncologia Clínica do ICESP/FMUSP e oncologista titular da Oncologia D’Or, analisa os resultados.
Estudo selecionado para apresentação em pôster no ESMO 2021 buscou investigar o impacto de biomarcadores farmacodinâmicos em ensaios de fase I em imuno-oncologia para a confirmação da atividade biológica e recomendação da dose para estudos de fase II (RPD2). O oncologista Daniel Vilarim (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital de Base, em São José do Rio Preto/SP, é coautor do trabalho.