Perspectivas no câncer gastrointestinal
Em ano de poucas novidades no panorama GI, promessas no tratamento do colangiocarcinoma foram destaque no programa científico. Os dados apresentados na ESMO 2019 por Ghassan Abou-Alfa (foto), do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, mostraram pela primeira vez que uma terapia-alvo direcionada à mutação do isocitrato desidrogenase 1 (IDH1) pode melhorar os resultados de pacientes com colangiocarcinoma avançado.
Na oncologia torácica, novas evidências reforçam benefício da biópsia líquida. A imunoterapia também volta a apresentar bons resultados, com destaque para os estudos IMpower 110, com o anti PD-L1 atezolizumabe no câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC); e FLAURA, que avaliou o TKI-EGFR de terceira geração osimertinibe no CPNPC com mutação Ex19del / L858R EGFR.
Qual a melhor indicação cirúrgica no câncer do colo do útero? A questão foi tema da II Semana Brasileira da Oncologia, em apresentação de Audrey Tsunoda (foto). Acompanhe a síntese, em artigo com as principais recomendações.
Realizado durante o XXI Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, o curso de oncogenética destacou duas classes de biomarcadores genômicos agnósticos, a instabilidade de microssatélites (MSI, do inglês Microsatellite Instability) e a carga mutacional (TMB, do inglês Tumor Mutational Burden). O assunto foi tema da apresentação de Gabriel Macedo (foto), Coordenador do Programa de Medicina Personalizada do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
O oncologista Fernando Santini (foto), do Hospital Sírio-Libanês, discutiu questões que estão na fronteira da oncologia torácica, como a imunoterapia e terapias-alvo no tratamento adjuvante, além de DNA tumoral circulante como marcador prognóstico. “Provavelmente, o tratamento adjuvante fará parte de um grande plano de tratamento peri-operatório”, descreve Santini, que sintetiza em artigo os principais pontos da apresentação na II Semana Brasileira da Oncologia.
Na última sexta-feira, o rádio-oncologista Elton Leite (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo-ICESP e do Hospital Vila Nova Star-SP, apresentou os primeiros resultados do estudo “Radioterapia hipofracionada de leito prostático com modulação da intensidade do feixe (IMRT): estudo fase 2”, na II Semana Brasileira da Oncologia.
Aspectos controversos no tratamento dos pacientes com adenocarcinoma de esôfago localmente avançado marcaram a apresentação de Tiago Castria (foto), oncologista do ICESP e do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em mesa que contou com nomes de peso no cenário mundial, como Karyn Goodman, radio-oncologista do Monte Sinai, e David Ilson, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center.
A oncologista Clarissa Mathias (foto) acaba de assumir a presidência da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, com prioridades bem definidas. Avançar nos desafios do acesso está certamente entre as metas, reforçando um caminho que já vem pautando as ações da SBOC.
Em apresentação na II Semana Nacional da Oncologia, o mastologista Eduardo Millen (foto), presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional Rio de Janeiro - analisa quando indicar QT Neo e mostra que pacientes podem se beneficiar da conservação da mama e axila, com vantagens em sobrevida global e sobrevida livre de doença.
Em apresentação na II Semana Brasileira da Oncologia, André Mattar (foto), mastologista do Hospital Pérola Byington em São Paulo, discutiu os potenciais benefícios da indicação de mastectomia profilática.
Rachel Riechelmann (foto), Presidente da Comissão Científica do XXI Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, aponta o que foi destaque no programa científico durante a II Semana Brasileira da Oncologia. Acompanhe os podcasts do Onconews no Spotify: