EUROCARE 5: Europa expõe desigualdades no tratamento do câncer
Milena Sant, da Fondazione IRCCS Istituto Nazionale dei Tumori, em Milão, Itália, apresentou no congresso europeu uma nova análise de dados a partir do EUROCARE 5, estudo que forneceu informações sobre os pacientes diagnosticados após o ano 2000 na Europa. A análise revelou desigualdades importantes, indicando que a sobrevida é geralmente baixa na Europa Oriental e alta no Norte e Centro da Europa, confirmando as tendências destacadas em estudos anteriores da série EUROCARE.
Desvendar as sequências genéticas das metástases cerebrais pode oferecer alvos inesperados para um tratamento eficaz. Os dados do estudo foram apresentados no Congresso Europeu de Câncer (ECC2015), em Viena, domingo, 27 de setembro, e publicados simultaneamente no Cancer Discovery [1].
Pacientes com tumores neuroendócrinos gastrointestinais avançados (TNEs) têm limitadas opções de tratamento e há poucos oncologistas especializados nesta doença relativamente rara. Agora, o estudo de fase III NETTER-1, multicêntrico, randomizado, internacional, apresentado no Congresso Europeu de Câncer 2015 (ECC2015), mostrou um tratamento inovador que apresentou uma melhoria significativa na duração do tempo de sobrevida livre de progressão de pacientes com TNEs mid-intestinal [1].
Os primeiros resultados da maior comparação internacional do tratamento de pacientes idosos com câncer de mama mostraram que existem diferenças substanciais no uso da cirurgia, terapia hormonal e quimioterapia entre os países europeus.
Mais de 80% das 15 milhões de pessoas diagnosticadas com câncer em todo o mundo em 2015 vão precisar de cirurgia, mas menos de um quarto dos pacientes terá acesso a ela, revela estudo publicado no Lancet Oncology (vol 16, nº 11), apresentado na segunda feira, 28, no Congresso Europeu de Câncer, em Viena. A Comissão responsável pelo mapeamento apresentado na ESMO este ano demonstra que o acesso é pior em países de baixa renda, onde 95% dos pacientes com câncer não recebem cirurgia básica. No entanto, apesar deste déficit mundial no acesso à cirurgia, o tratamento cirúrgico não é visto pela comunidade internacional como um componente essencial no controle global do câncer.