Seleção terapêutica e alvos moleculares
A sessão educacional mais comentada na abertura da ASCO este ano enfoca as vias de sinalização e alvos terapêuticos, temas recorrentes em tempos de seleção genética e drogas alvo-moleculares.
Ao longo das últimas décadas, vias de sinalização e alvos específicos têm encontrado cada vez mais lugar na investigação e no tratamento do câncer. No entanto, em meio a tantos caminhos promissores, é preciso reconhecer que muitas questões ainda desafiam a terapia personalizada no tratamento oncológico.
Avanços sem precedentes, da prevenção e diagnóstico ao tratamento-alvo molecular, ajudaram a mudar a história do câncer nos últimos 50 anos e são lembrados na edição de aniversário desta 50ª ASCO. Ao todo, 5.300 abstracts foram submetidos este ano e permitiram selecionar as 2.900 apresentações que se sucedem no McCormick Place, em Chicago, tradicional palco da conferência da ASCO.
De acordo com um grande estudo de base populacional que observou homens com recaída do PSA após cirurgia de próstata ou radioterapia, é possível atrasar a terapia de privação androgênica, também conhecida como terapia hormonal, até o início dos sintomas ou aparecimento de câncer, sem comprometer substancialmente a sobrevida de longo prazo.
Resultados de estudo de fase I de um novo inibidor de tirosina quinase seletivo para EGFR, o AZD9291, apontam para uma nova promessa de tratamento para pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) avançado com mutação do EGFR. O agente faz parte da terceira geração de inibidores de tirosina-quinase-EGFR e em modelos pré-clínicos se demonstrou eficaz nos pacientes com mutação T790 M resistentes ao tratamento padrão.
De acordo com os primeiros resultados de um estudo de fase I liderado por William D. Tap (foto), chefe do serviço de oncologia de sarcoma do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, um novo medicamento alvo, PLX3397, parece extraordinariamente ativo contra uma doença neoplásica rara conhecida como sinovite vilonodular pigmentada (PVNS).