Câncer de endométrio e contraceptivos orais
Meta-análise publicada online no Lancet concluiu que o uso de contraceptivos orais confere proteção de longo prazo contra o câncer de endométrio. Os resultados do estudo sugerem que nos países desenvolvidos cerca de 400 mil casos de câncer endometrial antes dos 75 anos de idade tenham sido evitados nos últimos 50 anos por contraceptivos orais, incluindo 200 mil na última década. Angélica Nogueira (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), comentou o estudo para o Onconews.
Aspectos relacionados à anatomia e à dose de radioterapia podem ajudar os médicos a prever o risco do paciente de câncer de próstata sofrer sangramento retal como um efeito colateral da terapia, e planejar um tratamento sob medida para evitar o problema. É o que sugere um grande estudo apresentado na 57ª Reunião Anual da Associação Americana de Física Médica (AAPM).
A Bristol-Myers Squibb anunciou aliança com a farmacêutica japonesa Kyowa Hakko Kirin para testar uma combinação de duas imunoterapias do pipeline das empresas. Essa é mais uma estratégia em um aquecido ambiente de mercado.
A imunoterapia só está começando e novos players se posicionam para disputar a liderança da Bristol-Myers Squibb e da Merck. Agora, é a Roche quem se anuncia, com a promessa do atezolizumab, além da francesa Sanofi, que acaba de anunciar a aliança de US$ 1,7 bilhão com a Regeneron Pharmaceuticals para o desenvolvimento de drogas que utilizam o sistema imunológico para combater o câncer.
Uma revisão sistemática publicada pela Cochrane Library avaliou a eficácia da erradicação do H. pylori na redução da incidência de câncer gástrico em indivíduos saudáveis, assintomáticos. Os resultados mostram que a terapia de erradicação teve papel na prevenção do câncer gástrico, mas segundo os autores as evidências são limitadas e de qualidade moderada.
Médicos, organizações de pacientes e imprensa se reuniram dia 27 de julho, em São Paulo, para discutir as propostas da Declaração Para Melhoria da Atenção ao Câncer no Brasil, documento realizado em conjunto com mais de 50 entidades médicas e de apoio ao paciente de todo o país, que se reuniram para alinhar as principais demandas na oncologia nacional.
A edição online do Lancet trouxe os resultados do SQUIRE, estudo aberto, randomizado, de fase 3, que investigou necitumumab com ou sem gemcitabina e cisplatina como primeira linha em pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células escamosas em estadio IV. "O estudo SQUIRE é um marco", afirmou o oncologista Mauro Zukin, diretor técnico do Grupo COI.
Dois estudos prospectivos e randomizados foram publicados online no New England Journal of Medicine a respeito da radioterapia das drenagens linfáticas em câncer de mama. O estudo do Instituto Nacional do Câncer Canadense (NCIC CTG MA.20) e o estudo multi institucional europeu (EORTC 22922/10925). “Os dois estudos trazem dados que devem ser analisados com cautela e não representam uma mudança de conduta na prática atual, principalmente num cenário com esquemas de quimioterapia mais efetivos", afirmou o radio-oncologista Robson Ferrigno (foto), coordenador do Serviço de Radioterapia do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, que analisou os resultados com exclusividade para Onconews.
O FDA aprovou uma nova indicação para o inibidor de proteassoma carfilzomib (Kyprolis®) em Mieloma Múltiplo, agora em combinação com Revlimid (lenalidomida) e dexametasona para o tratamento de pacientes que tenham recebido de uma a três linhas anteriores de terapia.
A Comissão Europeia aprovou o uso de pembrolizumab (Keytruda®), da Merck, para o tratamento de melanoma irressecável ou metastático, tanto para pacientes não tratados, quanto para aqueles que receberam tratamento prévio. O agente é o segundo anti-PD1 aprovado para os 28 estados-membros, ao lado do nivolumab (Opdivo®), da Bristol-Myers Squibb.
Pesquisadores canadenses lançaram o primeiro teste clínico de uma nova terapia experimental que utiliza a combinação de dois vírus para atacar e matar as células cancerosas, e estimular uma resposta imunológica anti-câncer. Pesquisas anteriores sugerem que a abordagem pode ser muito poderosa e ter menos efeitos colaterais do que a quimioterapia convencional e a radioterapia.