Desigualdades na assistência
Ruffo de Freitas Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, analisa o cenário do câncer de mama no Brasil, perspectivas e desafios. “Favorecer e fortalecer o direito da mulher é reconhecer que vazios de infraestrutura precisam ser enfrentados”, afirma o especialista.
Antonio Carlos Buzaid, chefe geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, fala da paixão pela carreira, do seu interesse por casos difícieis e do desafio humano que marca a rotina da oncologia. O especialista comenta ainda a polêmica do bevacizumabe e analisa os avanços na imunoterapia. "Das terapias sistêmicas, a imunoterapia é a que tem o maior potencial de erradicação da doença", afirma.
O 13º Linfoma Interchange Meeting reuniu em São Paulo grandes nomes da oncohematologia mundial nos dias 10 e 11 de abril. John Gribben (foto), professor da Barts and London School of Medicine e um dos investigadores do estudo CLL-11, falou com exclusividade ao Onconews sobre o obinutuzumabe, que acaba de receber a aprovação da Anvisa para o tratamento da Leucemia Linfocítica Crônica (LLC).
Nada mudou desde a crítica do TCU, em 2010. Eduardo Weltman (foto), presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), vê com preocupação o cenário atual e estima que cerca de 90 mil pacientes com câncer estão sem acesso ao tratamento de radioterapia no Brasil.
Barry Cole, diretor médico da Shoals Hospital Senior Care Center, possui mais de 25 anos de experiência em manejo da dor. O especialista participou da elaboração do documento e falou com exclusividade ao Onconews.
Evânius Wiermann, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), alerta para a necessidade de valorizar políticas de prevenção e diagnóstico precoce do câncer. Segundo o especialista, é preciso superar o subfinanciamento à saúde e descentralizar a assistência oncológica para avançar no enfrentamento da doença.
Nesta entrevista Otávio Clark, da Evidências - Kantar Health, fala do panorama regulatório brasileiro e das desigualdades no acesso ao tratamento oncológico. Ele destaca que mesmo diante de tantos paradoxos, a saúde brasileira continua a atrair os olhares internacionais.
Angelo Maiolino fala da falta de oferta de leitos para transplantes autólogos no sistema público e diz que a dificuldade de acesso ao tratamento na oncohematologia é o retrato da injustiça social brasileira.
Toshio Chiba é nome de referência em cuidados de suporte e em cuidados paliativos. Com a bagagem de quase 20 anos de experiência na especialidade, ele aposta na educação continuada como forma de preparar as novas gerações para esse novo modelo de assistência.
Carlos Gil Moreira Ferreira é um dos grandes nomes da pesquisa brasileira em câncer e aposta que é possível construir um novo modelo. Em tom de otimismo, ele fala de temas que vão da economia da saúde à regulação e discute o próprio modelo nacional de P&D.
O cirurgião oncologista de cabeça e pescoço, Luiz Paulo Kowalski, nome de referência na especialidade, sabe que o estigma da mutilação deixa marcas bem mais profundas que as cicatrizes físicas. Com mais de 280 publicações internacionais listadas no PubMed e pacientes ilustres, como o ex-presidente Lula, ele testemunhou o advento de um novo paradigma na cirurgia oncológica, numa mudança que começou no final dos anos 80, quando a introdução de novos métodos de reconstrução permitiu melhorar os resultados cosméticos.
Ruffo de Freitas Júnior é presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SMB) e forte defensor da oncoplástica, técnica de reconstrução que apesar do amparo legal beneficia menos de 10% das mulheres mastectomizadas para o tratamento do câncer de mama no Brasil. Em entrevista exclusiva ao Onconews, ele fala dos avanços e desafios da oncoplástica brasileira, reforça a necessidade de investir na formação de especialistas e deixa um recado sonoro para a comunidade médica. “Asegurança oncológica deve estar alinhada ao resultado estético para promover melhor qualidade de vida para essas mulheres”, avisa.