BEGONIA: combinação de durvalumabe com datopotamab-deruxtecan é novo braço de análise
O estudo BEGONIA, um ensaio de Fase 1b/2 que avalia a segurança e eficácia do anti PD-L1 durvalumabe (Imfinzy®, D) em múltiplos braços e plataformas de análise, apresenta na sessão de Poster do ASCO 2021 dados do 7º braço, a combinação do anti PD-L1 com datopotamab-deruxtecan no câncer de mama triplo negativo (TNBC, da sigla em inglês).
Ensaio multicêntrico de fase II que avaliou ixazomibe de manutenção após transplante de células hematopoiéticas alogênicas (aloHCT) no tratamento de pacientes com mieloma múltiplo de alto risco (MM) foi um dos destaques da ASCO na sexta-feira, 4 de junho, na sessão oral dedicada a malignidades hematológicas. O estudo conta com a participação do brasileiro Marcelo C. Pasquini (foto), médico do Medical College of Wisconsin.
Análise que atualizou os dados de segurança do ensaio de Fase III (PEACE III) avaliando a combinação de enzalutamida (ENZA) mais Ra223 versus ENZA isoladamente foi apresentada no ASCO 2021, com dados que reforçam a importância de agentes de proteção óssea (BPA, da sigla em inglês).
Qual o perfil da mulher idosa com câncer de mama no Brasil? Subanálise do estudo AMAZONA III selecionada para integrar o programa científico do ASCO 2021 buscou caracterizar e compreender essa população de pacientes.
No estudo de Fase III, EMPOWER-Lung 1, a monoterapia com cemiplimabe proporcionou benefício de sobrevida significativo e um perfil de segurança aceitável em relação à quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células avançado (CPNPC) e expressão de PD-L1 ≥ 50%. O estudo incluiu pacientes com metástases cerebrais no baseline, uma população geralmente subrepresentada em ensaios clínicos. No ASCO 2021, análise de subgrupo mostra que a monoterapia com cemiplimabe melhorou a sobrevida global, sobrevida livre de progressão e taxa de resposta nessa população de pacientes em comparação com quimioterapia. O oncologista Mauro Zukin (foto), médico da Oncologia D’Or e membro Diretor do GBOT, comenta os resultados.
Destacado como Late Breaking Abstract 1 no ASCO 2021, o estudo OlympiA mostrou que a adição de 1 ano do inibidor de PARP olaparibe após a conclusão da quimioterapia (neo)-adjuvante padrão, cirurgia e radioterapia (se necessário) melhorou significativamente a sobrevida livre de doença invasiva (IDFS) e a sobrevida livre de doença à distância (DDFS) em pacientes com câncer de mama HER2-negativo em estágio inicial com mutações germinativas BRCA1 e BRCA2 e alto risco de recorrência. “Os resultados de sobrevida (IDFS e DDFS) são practice changing nessa população de pacientes com alto risco de recidiva”, avalia Evandro de Azambuja (foto), oncologista do Instituto Jules Bordet, na Bélgica, e coautor do estudo, que teve publicação simultânea na
Selecionado para apresentação em Sessão Plenária do ASCO 2021, o estudo JUPITER-021 (LBA2) demonstrou que a adição da imunoterapia toripalimab à quimioterapia padrão na primeira linha de tratamento do carcinoma nasofaríngeo recorrente ou metastático prolongou a sobrevida livre de progressão em comparação com placebo, com uma mediana de 11,7 vs 8 meses, respectivamente. A oncologista Aline Lauda Chaves (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) e médica da DOM Oncologia, comenta os resultados.
A quimioterapia adjuvante administrada após o tratamento padrão de quimiorradioterapia não melhora a sobrevida de mulheres com câncer cervical localmente avançado e está associada a efeitos colaterais adicionais. É o que mostram os resultados de ensaio internacional de Fase III destacado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), com dados que mudam a prática clínica. A oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), pesquisadora da UFMG e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG), comenta os resultados.
Ensaio multicêntrico de Fase 3 (KEYNOTE-564) avaliou o anti PD-1 pembrolizumabe versus placebo em pacientes com ccRCC confirmado histologicamente, com risco intermediário alto (pT2, Gr 4 ou sarcomatoide, N0 M0; ou pT3, qualquer Gr, N0 M0) e alto risco (pT4, qualquer Gr, N0 M0; ou pT qualquer estágio, qualquer Gr, N + M0), ou M1 NED (nenhuma evidência de doença após tumor primário + metástases de tecidos moles completamente ressecadas ≤1 ano de nefrectomia) (Leibovich et al, 2003 ; Fuhrman et al, 1982). Quem comenta é o oncologista Daniel Vilarim (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital de Base, em São José do Rio Preto, SP.
Selecionado para a Sessão Plenária do ASCO 2021 (LBA4), o estudo VISION demonstrou que a adição de 177Lu-PSMA-617 ao tratamento padrão ou de suporte melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão radiográfica (rPFS) e a sobrevida global (SG) em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) em comparação com o padrão de cuidados isolado. “Os resultados do estudo VISION impactarão de forma significativa a prática médica”, observa o oncologista José Maurício Mota (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica Geniturinária do ICESP/FMUSP e médico da Oncologia D’Or. O oncologista Michael J. Morris, chefe da Seção de Câncer de Próstata no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, é o primeiro autor do trabalho.
Pedro Henrique Perillo, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), é primeiro autor de trabalho apresentado no BBCS 2021 que avaliou a influência da comunicação no diagnóstico do câncer de mama e as repercussões no tratamento, utilizando como parâmetro o Centro Avançado de Diagnóstico de Câncer de Mama (CORA / HC-UFG) em Goiânia-GO.