Highlights em câncer de próstata
Em vídeo, os médicos Denis Jardim, Murilo Luz e Flávio Cárcano analisam o que foi destaque no programa científico do primeiro dia do ASCO GU, dedicado ao câncer de próstata. Em perspectiva, estudos que aprofundaram o entendimento da biologia da doença, novas modalidades de exames de imagem, testes moleculares e qualidade de vida. Assista, na TV Onconews.
Anormalidades genômicas na via da ciclina foram observadas em cerca de 10% dos tumores de próstata. É o que mostram os resultados de estudo apresentado no ASCO GU pelo oncologista Denis Jardim (foto), em análise que considerou o perfil genômico de 5.356 tumores de próstata.
Maysa Tamara Vilbert (foto) é primeira autora de estudo apresentado na sessão de pôster do ASCO GU 2020, com resultados que embasaram dois nomogramas para auxiliar a definir a melhor estratégia de primeira linha no câncer de próstata metastático resistente à castração.
Resultados atualizados do estudo STOMP foram apresentados em General Session no primeiro dia do Simpósio ASCO GU 2020. Agora com 5 anos de acompanhamento, os dados mostram que a terapia direcionada a metástases melhora a sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de próstata oligometastático. O trabalho foi apresentado por Piet Ost (foto), radio-oncologista no Ghent University Hospital, Bélgica, e primeiro autor do estudo.
Estudo de fase 3 apresentado em sessão oral no ASCO GU 2020 buscou validar o Decipher, um classificador genômico que estima o risco de metástases à distância do câncer de próstata pós-prostatectomia radical. O radio-oncologista Felix Feng (foto), do UCSF Helen Diller Family Comprehensive Cancer Center, em São Francisco, é o primeiro autor do estudo.
Testes preditivos com base na análise de RNAs não codificantes (sncRNA), isolados de exossomos urinários, podem distinguir entre a presença ou ausência de câncer de próstata, além de discriminar doença de baixo e alto grau. Os resultados foram tema de sessão oral no ASCO GU 2020, em apresentação de Laurence Klotz (foto) , da Universidade de Toronto.
Análise post hoc do estudo TITAN apresentada em sessão oral no Simpósio ASCO GU 2020 mostrou que a adição de apalutamida à terapia de privação androgênica (ADT) reduziu o risco de segunda progressão em pacientes com câncer de próstata metastático hormônio sensível, independentemente da terapia subsequente (hormônio ou taxano).
Aproximadamente 20% dos casos de câncer de próstata resistentes ao tratamento perdem a sinalização do receptor de androgênio e podem se transformar em tumores neuroendócrinos resistentes à castração (CRPC-NE). Estudo destacado no ASCO GU 2020 utilizou uma abordagem de biópsia líquida baseada no DNA tumoral circulante (ctDNA) como ferramenta para identificar alterações genômicas e epigenômicas associadas ao CRPC-NE. O Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão (GBOP) analisa os resultados.
O uso de cabozantinibe pode melhorar a resposta aos inibidores de checkpoint imune em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (CPRCm). É o que mostram os resultados de uma das coortes do estudo COSMIC-021 apresentado por Neeraj Agarwal (foto), oncologista no Huntsman Cancer Institute, da Universidade de Utah, no ASCO GU 2020.