Oncologia torácica, as lições da ESMO 2018
Na oncologia torácica, como entender o mecanismo de resistência a osimertinib e a progressão da doença? Que inovações podem ser encontradas nos TKIs-EGFR de terceira geração? E a perspectiva de neoadjuvância apontada pelo CTONG 1103? Essas e outras questões estão na análise dos oncologistas Ramon Andrade de Mello, do Hospital Estadual de Bauru e membro do comitê educacional da ESMO, e Raffaele Califano, oncologista do The Christie Hospital, em Manchester, e membro do comitê científico da ESMO. Assista, com legendas em português.
A imunoterapia tem sido considerada um novo padrão de tratamento para pacientes com câncer de pulmão não pequenas células metastático metastático, e sua aprovação é baseada em estudos randomizados de fase III, cujos critérios de seleção de pacientes podem não representar a população do mundo real. Apresentado na sessão de pôster da ESMO 2018, um estudo buscou avaliar a eficácia da imunoterapia na prática clínica diária de quatro hospitais brasileiros. Os resultados foram apresentados por Carolina Dutra (foto), do CEPON Florianópolis, e mostram que uma parcela significativa da população brasileira com câncer de pulmão não pequenas células metastático não se encaixa nos critérios rígidos de seleção especificados pelos estudos clínicos.
A quimiorradiação definitiva (CRT) é o tratamento padrão para o carcinoma espinocelular anal localizado (SCCA). Como a maioria dos estudos de fase III no SCCA excluem pacientes com HIV, não existe evidência sobre os resultados do tratamento nesses pacientes. Para tentar preencher essa lacuna, pesquisadores brasileiros realizaram uma revisão sistemática e meta-análise sobre os perfis de eficácia e toxicidade de pacientes com SCCA HIV-positivos tratados com CRT definitiva. O trabalho foi apresentado como pôster na ESMO 2018 pelo oncologista Marcos Camandaroba (foto), primeiro autor do estudo. O trabalho foi orientado pela oncologista Rachel Riechelmann.
Estudo liderado por Guilherme Harada (foto), residente (R5) do Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP), buscou investigar se a adição de quimioterapia de indução à quimioradioterapia concomitante seguida de cirurgia, tratamento padrão no câncer de esôfago localmente avançado, aumenta a taxa de resposta patológica completa (pCR). O trabalho foi orientado pelo oncologista Tiago Biachi de Castria.
O oncologista Rogério Agenor de Araújo (foto), do Centro Oncológico do Triângulo (COT), apresentou na sessão de pôster do ESMO 2018 estudo que avalia a associação do tamanho do tumor (T) e do comprometimento linfonodal (N) com metástases em pacientes com câncer de mama atendidos em um hospital público de Minas Gerais.
Pôster apresentado no Congresso da ESMO 2018 pelo oncologista Rogério Agenor de Araújo (foto), do Centro Oncológico do Triângulo (COT), investigou a associação do tamanho do tumor (T) e comprometimento linfonodal (N) com metástases em pacientes com câncer de mama atendidos em um hospital público de Minas Gerais.
Pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) pretende avaliar a eficácia do tratamento neoadjuvante total e o uso de aspirina durante quimiorradioterapia para câncer retal de alto risco. Selecionado para a sessão de pôster da ESMO 2018, na categoria ‘Estudo em andamento’ (Trial in Progress – TiP), o trabalho foi apresentado pela oncologista Juliana Ominelli (foto).
Estudo brasileiro selecionado para apresentação em pôster na ESMO 2018 pretende avaliar a quimioterapia neoadjuvante e cirurgia radical versus quimiorradiação no câncer de colo do útero estádios IB2, IIA2 e IIB. Selecionado na categoria “Estudo em andamento” (do inglês, trial in progress – TiP), o desenho do trabalho foi apresentado por Francisco José Candido dos Reis (foto), médico do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo.
Na sessão de pôster do ESMO 2018, uma revisão sistemática e atualizada da literatura e uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados (RCT) realizada por pesquisadores da BP- A Beneficência Portuguesa de São Paulo, buscou caracterizar o risco de fadiga associada ao uso do inibidor de PARP olaparibe. O estudo teve como primeira autora a pesquisadora Viviane Schutz, e foi apresentado no evento pelo oncologista Rodrigo Mariano (foto).