Trifluridina/Tipiracil mais bevacizumabe no câncer colorretal metastático refratário
Em uma configuração de mundo real, a combinação de trifluridina / tipiracil (TAS-102) mais bevacizumabe foi eficaz em pacientes com câncer colorretal metastático refratário (mCRC). Os dados são do estudo de Nieves Martínez Lago e colegas do Complejo Hospitalario Universitario A Coruña, Espanha, apresentado no 23º Congresso Mundial de Câncer Gastrointestinal (ESMO-GI).
A quimiorradioterapia pré-operatória seguida de excisão total do mesorreto é o tratamento padrão para o câncer retal localmente avançado, mas apesar dos avanços nos tratamentos neoadjuvantes, a recorrência local ainda é um desafio. Neste estudo, os pesquisadores avaliaram parâmetros clínicos, laboratoriais, radiológicos e histopatológicos que predizem as respostas à terapia neoadjuvante.
A combinação de sorafenibe com metformina e atorvastatina foi muito bem tolerada em pacientes com carcinoma hepatocelular avançado (HCC, da sigla em inglês), como apontam dados apresentados no ESMO-GI 2021 por pesquisadores indianos.
Em pacientes com carcinoma hepatocelular avançado (HCC, da sigla em inglês), lenvatinibe demonstrou maior benefício clínico que sorafenibe em um cenário do mundo real. É o que apontam dados apresentados por Margherita Rimini, do Departamento de Oncologia e Hematologia da Universidade de Modena e Reggio Emilia, na Itália, durante o ESMO GI, o 23º Congresso Mundial de Câncer Gastrointestinal.
A oncologista brasileira Julianne Lima (foto), Clinical Research Fellow do Royal Marsden NHS Foundation Trust, é coautora de estudo destacado em sessão mini-oral no ESMO Congress 2021, com resultados encorajadores da combinação do inibidor de RAF / MEK VS-6766 e do inibidor de FAK defactinib no câncer de ovário seroso de baixo grau. O atual padrão com inibidores de MEK gera SLP de 13 meses contra 7 meses com quimioterapia. Nesse estudo, a SLP foi 23 meses – e em pacientes politratadas”, analisa Julianne.
Um dos destaques da oncoginecologia no congresso europeu, o estudo randomizado de Fase III OReO/ENGOT Ov-38 foi o primeiro a avaliar a re-exposição ao inibidor de PARP (iPARP) olaparibe no câncer de ovário não-mucinoso, em pacientes com recorrência da doença após uma linha anterior de manutenção com iPARP no cenário platina sensível. Mariana Scaranti (foto), oncologista da DASA, comenta os resultados.
Apresentado no ESMO 2021, o estudo de Fase II DESTINY-Gastric02 avaliou pela primeira vez a eficácia do conjugado anticorpo-droga anti- HER2 trastuzumabe-deruxtecan (TDXd) em pacientes ocidentais com câncer gástrico avançado ou adenocarcinoma de junção gastroesofágica (JEG) HER2-positivo tratados previamente com um regime contendo trastuzumabe. “Os resultados mostram uma taxa de resposta bem estabelecida e reforçam a eficácia e segurança em pacientes com uso de TDXd em segunda linha”, avalia o oncologista Rivadávio Antunes de Oliveira (foto), coordenador da residência médica do Hospital do Câncer de Londrina.
O brasileiro Diogo Bastos (foto) é coautor de estudo destacado em sessão mini-oral no ESMO Congress 2021, com dados finais de nivolumabe (NIVO) + rucaparibe em uma coorte de pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) livres de quimioterapia.
Estudo de Fase 1/2 que avaliou adagrasibe em pacientes com tumores sólidos avançados com mutação KRAS G12C sem opções terapêuticas disponíveis mostrou no ESMO 2021 resultados em uma coorte de pacientes com câncer colorretal. Os dados apresentados sugerem atividade clínica promissora em pacientes fortemente pré-tratados. "Mais um estudo que baseia a terapia em informações moleculares como forma de seleção de pacientes, reforçando a tendência de personalização do tratamento", observa o oncologista Alexandre Palladino (foto), chefe da oncologia clínica do Hospital do Câncer I (INCA).
A oncologista Nieves Martinez Chanza, do Jules Bordet Institute, Bélgica, é primeira autora de estudo apresentado em sessão mini-oral no ESMO 2021 com resultados de avelumabe como tratamento neoadjuvante em pacientes com câncer de bexiga músculo invasivo.
Pacientes com câncer não participaram de ensaios clínicos conduzidos para desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19, e havia dúvidas sobre a eficácia e segurança da imunização em indivíduos com sistema imunológico comprometido. Agora, estudos apresentados no ESMO 2021 Congress confirmam a eficácia da imunização nessa população de pacientes.