Josep Tabernero, Chefe do Departamento de Oncologia Médica do Vall d'Hebron Barcelona Hospital Campus e Diretor do Instituto de Oncologia Vall d'Hebron (VHIO), analisa os destaques do panorama GI do ESMO Virtual Congress 2020, em vídeo com participação da oncologista Rachel Riechelmann, diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG). Assista.
Estudo de Fase III destacado no programa científico da ESMO 2020 apresenta nova opção de tratamento de 1L para câncer gástrico ou de junção gastroesofágica HER2 negativo avançado ou metastático. “Nivolumabe associado à quimioterapia mostrou ganho significativo de sobrevida global e livre de progressão nessa população de pacientes”, disse o primeiro autor, Markus Moehler, da Johannes-Gutenberg University Clinic, em Mainz, Alemanha.
Ensaio clínico de Fase I apresentado no ESMO 2020 demonstrou resultados promissores de sotorasib em pacientes com tumores sólidos avançados com mutação KRAS-p.G12C. O trabalho foi publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine (NEJM).
Aaron Kesselheim (foto), professor da Faculdade de Medicina de Harvard e do Brigham and Women’s Hospital, é autor sênior de estudo apresentado no ESMO 2020 comparando endpoints de estudos pivotais nos Estados Unidos e Europa, envolvendo agentes para cânceres raros e não raros.
Aditya Bardia, diretor de medicina de precisão do Massachusetts General Cancer Center apresentou no ESMO 2020 novos dados do ensaio randomizado de Fase III ASCENT, que avaliou sacituzumabe govitecan-hziy em pacientes com câncer de mama triplo-negativo. Em vídeo com participação do oncologista Felipe Ades, Bardia analisa os principais resultados e destaca o novo agente como importante alternativa nesse cenário de tratamento. Assista na TV Onconews.
Os custos e o valor de novos tratamentos contra o câncer muitas vezes são discutidos sem um contexto mais amplo. Estudo selecionado para apresentação oral no ESMO 2020 estimou o custo do câncer e o acesso a medicamentos na Europa em 2018, além de analisar o cenário de 1995 a 2014.
O oncologista Paulo Hoff (Foto) é autor sênior de estudo aceito no programa do ESMO 2020, com resultados do ensaio randomizado de Fase III que comparou 5-FU + oxaliplatina adjuvante versus observação no câncer retal localmente avançado pós-quimiorradioterapia neoadjuvante. A análise final não mostrou benefício da intervenção.
Patrícia Martin Romano, oncologista do Institute Gustave Roussy, detalha a escala ESCAT, que classifica as alterações genômicas com base na acionabilidade clínica de alvos moleculares. “É uma classificação que representa a melhor evidência sobre as alterações genômicas e os tratamentos disponíveis, assim como analisa promessas da genômica no ambiente investigacional”, explica a pesquisadora, primeira autora de estudo destacado no programa do ESMO 2020. Assista em vídeo, com participação do oncologista Rodrigo Guindalini.
Qual o valor prognóstico do linfócito infiltrante do tumor (TIL) em pacientes jovens com câncer de mama triplo negativo? Estudo apresentado no ESMO 2020 por pesquisadores do PARADIGM study group mostrou que em mulheres com idade <40 anos sem tratamento sistêmico prévio e sem comprometimento nodal, TIL pode fornecer informações prognósticas importantes e auxiliar nas decisões do tratamento.
Os médicos especialistas em radioterapia Robson Ferrigno, Bernardo Salvajoli e Daniel Przybysz discutem os resultados practice changing do estudo randomizado LungArt apresentado na Sessão Presidencial do ESMO 2020 (LBA3). “A radioterapia pós-operatória não deve ser o standard of care para o paciente com câncer de pulmão N2”, alertam os especialistas. Também em perspectiva, a análise de estudo multicêntrico com participação brasileira que mostra papel da radioterapia perioperatória em pacientes com câncer de pênis HPV positivo (706M0), além dos resultados da RT no carcinoma de células de Merkel. Assista.
Estudo selecionado para apresentação em poster no ESMO Virtual Congress 2020 buscou avaliar a gravidade da infecção por COVID-19 em pacientes com câncer, determinando os aspectos clínicos e epidemiológicos que estão associados a piores desfechos. O oncologista Marcos Magalhães (foto), do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), é o primeiro autor do trabalho (1770P).
