29042024Seg
AtualizadoSeg, 29 Abr 2024 3pm

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Daichii Sankyo

 

Terapia celular com CAR T bivalente é nova promessa no glioblastoma recorrente

glioblastomaO tratamento com CAR T cells direcionado a duas proteínas de tumores cerebrais pode reduzir o crescimento de tumores sólidos em pacientes com glioblastoma recorrente, como sugerem resultados iniciais de ensaio de fase I publicado por Bagley et al. na Nature Medicine.

O glioblastoma recorrente (rGBM) continua como importante necessidade médica não atendida, com média de sobrevida global inferior a 1 ano. Resultados iniciais dos primeiros seis pacientes com rGBM tratados com células T receptoras de antígeno quimérico bivalente (CAR) entregues por via intratecal em um estudo de fase 1 sugerem segurança e bioatividade. Neste estudo (NCT05168423), a terapia celular teve como alvo o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) e o receptor alfa 2 da interleucina-13 (IL13Rα2). Os endpoints primários foram segurança e determinação da dose máxima tolerada. Endpoints secundários incluíram frequência de falhas e resposta radiográfica objetiva (ORR), de acordo com os critérios modificados de Avaliação de Resposta em Neuro-Oncologia.

Os autores descrevem que todos os seis pacientes inscritos apresentavam doença multifocal progressiva no momento do tratamento. Tanto no nível de dose 1 (1 ×107 células; n = 3) quanto com a dose 2 (2,5 × 107 células; n = 3), a administração de células CART-EGFR-IL13Rα2 foi associada à neurotoxicidade de início precoce, mais consistente com síndrome de neurotoxicidade associada a células efetoras (ICANS, na sigla em inglês) e tratada com altas doses de dexametasona e anakinra (anti-IL1R). Um paciente no nível de dose 2 apresentou toxicidade limitante da dose (anorexia de grau 3, fraqueza muscular generalizada e fadiga).

Em relação à resposta radiográfica, reduções no realce e no tamanho do tumor nos momentos iniciais da ressonância magnética foram observadas em todos os seis pacientes, embora nenhum tenha alcançado ORR. Nas análises exploratórias, Bagley et al. detectaram abundância de células CAR T e liberação de citocinas no líquido cefalorraquidiano em todos os seis pacientes.

“Tomados em conjunto, estes primeiros dados em humanos demonstram a segurança preliminar e a bioatividade das células CART-EGFR-IL13Rα2 em rGBM. Um sinal encorajador de eficácia precoce também foi detectado e requer confirmação com pacientes adicionais, além de um tempo de acompanhamento mais prolongado”, destacam os autores.

Este estudo é promovido pela Universidade da Pennsylvania e está registrado na plataforma ClinicalTrials.gov: NCT05168423.

Referência: Bagley, S.J., Logun, M., Fraietta, J.A. et al. Intrathecal bivalent CAR T cells targeting EGFR and IL13Rα2 in recurrent glioblastoma: phase 1 trial interim results. Nat Med (2024). https://doi.org/10.1038/s41591-024-02893-z


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